pub-4886806822608283

Translate

Mostrar mensagens com a etiqueta TENSÃO. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta TENSÃO. Mostrar todas as mensagens

domingo, 19 de fevereiro de 2023

COREIA DO SUL E EUA RESPONDEM A PYONGYANG COM MANOBRAS DE BOMBARDEIROS


Os exércitos sul-coreano e norte-americano responderam, este domingo, ao lançamento de um míssil por Pyongyang no sábado com manobras aéreas envolvendo mais de um bombardeiro, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

O comunicado emitido pelo JCS não especifica o número exato de bombardeiros estratégicos B-1 do Pentágono, mas, com esta ação, os aliados procuram dar uma resposta rotunda à Coreia do Norte, uma vez que Washington muitas vezes utiliza apenas um bombardeiro deste tipo na península quando pretende emitir um aviso ao regime de Kim Jong-un.

Em 2017, no auge da escalada de tensões entre a Coreia do Norte e o antigo presidente dos EUA Donald Trump, o Pentágono enviou dois aviões, tal como fez no início de novembro passado, depois de Pyongyang ter disparado mais de 30 mísseis em três dias.

O Exército norte-coreano realizou no sábado um "lançamento repentino" do míssil e que disparou de um ângulo muito pronunciado, segundo a agência oficial KCNA, que indicou que o míssil balístico intercontinental foi um Hwasong-15, o míssil com segundo maior alcance potencial do seu arsenal e que utilizou pela primeira vez em 2017.

O ensaio "foi organizado de forma repentina sem aviso prévio", com base "numa ordem de emergência emitida na madrugada de 18 de fevereiro". O projétil percorreu 989 quilómetros durante 1.015 segundos (uma hora e seis minutos) e alcançou um apogeu de 5.768,5 quilómetros, dados que coincidem com as revelações no sábado dos exércitos sul-coreano e japonês.

A Coreia do Norte apenas tinha testado o Hwasong-15 uma vez, em novembro de 2017 e em plena escalada de ameaças verbais entre Pyongyang e Donald Trump.

O texto da agência noticiosa norte-coreana também argumenta que "as ameaças militares" da Coreia do Sul e dos EUA "estão a ficar muito sérias, ao ponto de não poderem ser ignoradas". Na sexta-feira, Pyongyang ameaçou com uma resposta "sem precedentes" às manobras militares anuais de primavera que Seul e Washington começaram a preparar para março, e que o regime qualificou de "preparativos para uma guerra de agressão".

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

RABINO APELA A ÊXODO DE JUDEUS DA RÚSSIA: "A CORTINA DE FERRO ESTÁ A VOLTAR"


O ex-rabino-chefe de Moscovo, exilado desde julho, apela à comunidade de judeus na Rússia que deixe o país enquanto pode, antes que seja feita bode expiatório para as dificuldades causadas pela Ucrânia.

"Quando olhamos para a história da Rússia, sempre que o sistema político esteva em perigo, vimos o governo a tentar redirecionar a raiva e o descontentamento das massas para a comunidade judaica. Vimos isso nos tempos czaristas e no fim do regime estalinista", disse Pinchas Goldschmidt, em exclusivo ao jornal britânico "The Guardian".

O líder religioso, rabino-chefe da capital russa entre 1993 e 2022, dá conta de um "aumento do antissemitismo", numa altura em que a Rússia está virada para "um novo tipo de União Soviética". "Passo a passo, a cortina de ferro está a voltar novamente. É por isso que acredito que a melhor opção para os judeus russos é partir", acrescentou.

Goldschmidt renunciou ao cargo e deixou a Rússia em julho depois de se recusar a apoiar a invasão russa da Ucrânia. No mesmo mês, o Kremlin fechou a filial russa da Agência Judaica, uma organização sem fins lucrativos que promove a emigração para Israel. "Pressionaram-se os líderes comunitários para apoiarem a guerra e eu recusei-me a fazê-lo. Pedi demissão porque continuar como rabino-chefe de Moscovo seria um problema para a comunidade por causa das medidas repressivas tomadas contra os dissidentes", explicou.

Os judeus da Rússia emigraram às dezenas de milhares durante os últimos 100 anos, primeiro para a Europa e América e, mais recentemente, para Israel. De acordo com o censo de 1926, havia 2.672.000 judeus na então União Soviética, 59% dos quais na Ucrânia. Hoje, apenas cerca de 165 mil judeus permanecem na Rússia, de uma população total de 145 milhões.

Goldschmidt acredita que 25% a 30% dos que permaneceram no país partiram ou planeavam fazê-lo desde o início da guerra, embora agora haja poucos voos a sair de Moscovo e o preço de um voo para Tel Aviv tenha quadruplicado para cerca de 1800 euros.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

BERLIM PEDE SOLUÇÕES: BARRICADAS NA FRONTEIRA SÉRVIA COM O KOSOVO SÃO "MAU SINAL"


O Governo alemão expressou "grande preocupação" com as novas tensões no norte do Kosovo e pediu "ações construtivas" que levem ao desbloqueio dos postos fronteiriços fechados.

"A retórica nacionalista que ouvimos nas últimas semanas por parte da Sérvia é totalmente inaceitável", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios estrangeiros alemão, que descreveu a presença militar reforçada nas proximidades da fronteira sérvia com o Kosovo como um "mau sinal".

"As barricadas ilegais erguidas pelos sérvios kosovares devem ser retiradas o mais rápido possível", acrescentou o porta-voz.

A polícia do Kosovo encerrou ao trânsito, esta quarta-feira, o posto fronteiriço de Merdare, o terceiro a fechar temporariamente no norte do Kosovo, desde que se iniciou o bloqueio das estradas pelos sérvios kosovares, em 10 de dezembro.

Pristina avisou que, se a missão KFOR da NATO não remover os bloqueios, usará a força para resolver o problema.

Belgrado colocou o exército no nível de alerta de combate mais alto, na terça-feira, perante o aumento das tensões e depois de culpar Pristina pela escalada dos protestos da minoria sérvia do Kosovo.

A Sérvia não reconhece a independência do Kosovo, proclamada pela maioria kosovar albanesa em 2008, após a guerra de 1998/99, e na sequência da repressão de Belgrado ao movimento separatista albanês kosovar, na década de 1990.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

RÚSSIA DIZ QUE PARTE DAS MANOBRAS MILITARES ESTÁ A CHEGAR AO FIM


O ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, anunciou esta segunda-feira que as manobras conjuntas militares na Rússia e na Bielorrússia estão, em parte, a finalizar, apesar de o Ocidente temer a iminência de uma invasão da Ucrânia.

"Há alguns exercícios em curso. Uma parte está terminada, outra está a ser concluída. Outros ainda em curso, tendo em conta a dimensão destes exercícios que foram planeados e iniciados em dezembro", explicou Shoigu, durante uma reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, que foi transmitida por estações televisivas nacionais.

Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksi Reznikov, considerou "positiva" uma conversa telefónica com o seu homólogo bielorrusso, Vitkor Khrenin, onde foram discutidas as manobras militares conjuntas na Rússia e na Bielorrússia, perto das fronteiras da Ucrânia.

"Vi um sinal positivo e um primeiro passo para uma cooperação frutífera", disse o ministro ucraniano.

Entretanto, começaram a chegar à Lituânia, país membro da NATO, os primeiros reforços militares alemães, no âmbito da consolidação de tropas da Aliança Atlântica na Europa de Leste, face à ameaça de uma invasão russa da Ucrânia.

Um avião de transporte militar com algumas dezenas de soldados alemães a bordo, dos 350 prometidos recentemente, chegou a Kaunas, a segunda maior cidade do país báltico.

A Alemanha já tem cerca de 550 soldados estacionados na Lituânia e lidera neste país o batalhão multinacional da NATO.

As forças adicionais serão apoiadas por 100 veículos militares, explicou o comandante do grupo de batalha, Daniel Andrae.

A Lituânia, membro da União Europeia com 2,8 milhões de habitantes, tem fronteiras comuns com a Rússia e a Bielorrússia.

Como parte de intensas negociações diplomáticas desencadeadas pela crise nas fronteiras ucranianas, o chanceler alemão, Olaf Scholz, aterrou hoje em Kiev, para negociações, antes de uma visita a Moscovo.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

PRESIDENTE ALEMÃO CULPA RÚSSIA POR "RISCO DE GUERRA" NA EUROPA


A Rússia tem a "responsabilidade" pelo risco de uma guerra na Ucrânia, declarou o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, este domingo, num momento de crescente temor por parte de europeus e norte-americanos de uma invasão russa ao país vizinho.

"A minha responsabilidade é para com todos os que vivem no nosso país. É verdade que sou apartidário, mas não sou neutro quando se trata da causa da democracia. Quem lutar pela democracia ter-me-á do seu lado. Quem a atacar, ter-me-á como um oponente", disse Steinmeier no discurso de aceitação.

Social-democrata próximo do chanceler Olaf Scholz, o presidente alemão tentou dissipar as dúvidas sobre a posição do país. Nas últimas semanas, a Alemanha foi criticada pela Ucrânia e por vários dos seus parceiros ocidentais por ser muito complacente com Moscovo.

"Estamos no meio de um risco de conflito militar, de uma guerra na Europa Oriental e é a Rússia que tem essa responsabilidade", frisou. "A paz não pode ser dada como certa, deve ser trabalhada repetidamente, com diálogo, mas se necessário também com clareza, com dissuasão", acrescentou.

O reeleito Presidente alemão enviou na ocasião uma mensagem direta ao seu homólogo russo, Vladimir Putin: "Não subestime a força da democracia".

Frank Walter Steinmeier recebeu o apoio dos Verdes na terça-feira passada e já contava com a aprovação do seu partido, o SPD, e dos liberais do FDP. Juntamente com os Verdes, formam a atual maioria que sucedeu aos conservadores de Angela Merkel no poder. Em maio de 2021, anunciou sua candidatura a um novo mandato para "ajudar a curar as feridas" infligidas pela pandemia à população alemã.

Também Olaf Scholz, advertiu, este domingo, que as sanções ocidentais contra a Rússia podem ter efeito "imediato", no caso de uma invasão à Ucrânia. "No caso de uma agressão militar contra a Ucrânia, que poria asua soberania e a sua integridade territorial em risco, isso levaria a sanções duras, que preparámos cuidadosamente e que poderemos aplicar imediatamente com os nossos aliados na Europa e na NATO", declarou.

Mais ajuda económica, mas sem armas

A Alemanha planeia aumentar a ajuda económica à Ucrânia, mas mantêm a recusa em entregar armas de guerra, disse, este domingo, uma fonte do governo alemão, na véspera da visita do chanceler Olaf Scholz a Kiev. Berlim está a examinar "se ainda há oportunidades bilaterais de contribuir para um apoio económico", disse a mesma fonte à agência de notícias France Presse, numa altura em que aumentam os receios sobre uma possível ofensiva russa.

Desde a anexação da Crimeia em 2014 por Moscovo que a Alemanha tem sido o país que mais tem prestado ajuda financeira bilateral à Ucrânia, com dois mil milhões de euros, aos quais se soma uma linha de crédito de 500 milhões de euros, tendo já sido usados cerca de dois terços. O apoio da União Europeia junta-se a esta ajuda bilateral.

Numa entrevista à rádio pública alemã, o embaixador da Ucrânia em Berlim, Andrij Melnyk, pediu que seja feito o anúncio de um plano de ajuda "de vários milhões" de euros durante a visita de Olaf Scholz na segunda-feira a Kiev, antes da viagem no dia seguinte a Moscovo. Os dois países continuam em desacordo na questão do fornecimento de armas "letais", que Berlim continua a recusar, refugiando-se na política seguida nesta área desde o período nazi, que consistia em não exportar armas para zonas de conflito.

Kiev encaminhou uma lista de exigências a Berlim, mas para segunda-feira "ainda não se deve esperar nada" sobre o assunto, sublinhou a fonte do governo alemão.

Segundo a imprensa alemã, esta lista inclui sistemas de mísseis antiaéreos, sistemas antidrones, sistemas de rastreamento eletrónico, equipamentos de visão noturna e munições, não estando excluído que alguns destes equipamentos, considerados não letais, possam ser aceites. Nesta lista estão "certos elementos que podemos examinar", sublinhou a fonte alemã, frisando que é necessário ver se estão "disponíveis no momento".

COREIA DO NORTE ACUSA EUA E NATO DE AMEAÇAREM SEGURANÇA DA RUSSIA


A diplomacia norte-coreana defendeu, este domingo, os interesses da Rússia na crise da Ucrânia, acusando os Estados Unidos e a NATO, que descreveu como um produto da Guerra Fria, de representarem, uma ameaça à segurança na região.

"É um facto bem conhecido que a ameaça militar dos Estados Unidos a Moscovo está a aumentar gradualmente devido à implantação de sistemas de defesa antimísseis na Europa Oriental, o fortalecimento da presença militar da NATO nas regiões fronteiriças com a Rússia e a expansão contínua da NATO para o leste após o colapso da União Soviética", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

Na nota, divulgada na página do ministério na Internet, Pyongyang lamenta os "persistentes rumores lançados pelos Estados Unidos sobre uma 'invasão russa da Ucrânia' como pretexto para "enviar milhares de tropas para a Europa Oriental" e "aumentar o grau de tensão em torno da Ucrânia". A ação norte-americana é classificada por Pyongyang tão "surpreendente quanto selvagem". Da mesma forma, o ministério denuncia que a NATO não passa de "um produto da Guerra Fria, impulsionada pela agressão e pelo desejo de dominar".

Pyongyang destaca que as tentativas de "pressionar Moscovo" apenas provocarão "uma reação mais forte da Rússia" que, assinala, está "pronta para lutar pela sua segurança".

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho. Os EUA alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer "a qualquer momento" e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente. Desde então, dezenas de governos, incluindo o de Portugal, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia.

A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança. Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997. Os EUA e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

ESTADOS UNIDOS NÃO ENVIARAM TROPAS "PARA INICIAR GUERRA"


Os Estados Unidos, que enviaram três mil soldados para a Europa, não mandaram essas tropas "para iniciar uma guerra" contra a Rússia na Ucrânia, disse este domingo o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

"O Presidente (Joe Biden) vem dizendo há vários meses que os Estados Unidos não estão a enviar tropas para iniciar uma guerra ou travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia", disse Sullivan à Fox TV, sublinhando que as tropas estão a ser enviadas "para defender o território da NATO".

Jake Sullivan também estimou na NBC que "uma escalada militar e uma invasão da Ucrânia poderá vir a acontecer".

"Acreditamos que os russos desenvolveram capacidades para lançar uma grande operação militar na Ucrânia e estamos a trabalhar duro para preparar uma resposta", disse.

"O Presidente Biden reuniu os nossos aliados, reforçou e tranquilizou os nossos parceiros no flanco leste, forneceu apoio material aos ucranianos, ofereceu aos russos um caminho diplomático" para sair da crise, frisou o responsável.

Por seu turno, a presidência ucraniana considerou hoje que a possibilidade de encontrar uma "solução diplomática" para a crise com a Rússia é "consideravelmente maior" do que as de uma "escalada" militar.

Os serviços de informação dos Estados Unidos estimam que Moscovo já tem 70% dos recursos necessários para uma invasão em larga escala da Ucrânia e pode ter capacidade suficiente, ou 150 mil homens, para lançar uma ofensiva em duas semanas.

Os serviços de informação, no entanto, não estabeleceram se o presidente russo Vladimir Putin tomou a decisão de partir para a ofensiva ou não, mas avançaram que este quer ter todas as opções possíveis, desde a invasão parcial do enclave separatista de Donbass à invasão total.

A Rússia tem em curso diversos exercícios militares em várias regiões, incluindo a 150 milhas (cerca de 240 quilómetros) a sudoeste da Irlanda, um país com um acordo de parceria com a NATO.

Estes exercícios realizam-se num momento de elevada tensão entre os países ocidentais e a Rússia devido à presença de dezenas de milhares de tropas russas perto das fronteiras da Ucrânia.

O Ocidente acusa a Rússia de pretender invadir de novo a Ucrânia, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia, em 2014, mas Moscovo nega qualquer intenção bélica, dizendo que só quer garantir sua segurança.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

RESGATE DE CRIANÇA DE UM POÇO EM MARROCOS DEIXA PAÍS EM SUSPENSO



Têm-se multiplicado os esforços para resgatar uma criança de cinco anos que caiu a um poço, com cerca de 32 metros de profundidade, na terça-feira passada, nos arredores da cidade de Chefchaouen, norte de Marrocos. O país acompanha as operações através das televisões e nas redes sociais, onde se multiplicam as mensagens de esperança.

O menino estava, ao que foi possível apurar, acompanhado pelo pai que realizava reparações naquele poço, no momento do acidente.

Apesar da altura significativa da queda, as imagens capturadas por uma câmara que fizeram chegar ao interior do poço mostram que Reyan está vivo e consciente, apresentando apenas alguns ferimentos ligeiros na cabeça.

As equipas de resgate, lideradas pela Proteção Civil de Marrocos, estão, neste momento, e com recurso a cinco escavadoras, a cavar um túnel paralelo ao poço, numa tentativa de contornar a sua estreiteza, que tem vindo a dificultar e a estender a duração as operações. Até ao momento, foram perfurados cerca de 19 metros de um novo poço.

"O diâmetro do poço é inferior a 45 centímetros", disse o chefe da equipa de resgate, Abdelhabi Temrani, à estação de televisão AL Oula, acrescentando que os socorristas estão a realizar trabalhos no poço há mais de 24 horas.

A par das operações de resgate e de forma a assegurar a sobrevivência do menino, as autoridades estão a enviar máscaras de oxigénio, comida e água para o interior da estrutura. No local, já se encontra uma equipa médica preparada para atuar face a qualquer eventualidade.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

VÍDEO: ESTADOS UNIDOS PEDEM À COREIA DO NORTE PARA CESSAR DISPAROS DE MÍSSEIS


Os Estados Unidos pediram esta segunda-feira que a Coreia do Norte "cesse as suas atividades ilegais e desestabilizadoras", depois de Pyongyang ter disparado dois novos mísseis balísticos.

Durante uma conversa telefónica com os seus colegas japoneses e sul-coreanos, o enviado norte-americano para as questões da Coreia do Norte, Sung Kim, também pediu a Pyongyang para que responda favoravelmente à oferta de "diálogo", sem condições, formulada por Washington.

Sung Kim reiterou o "compromisso inabalável" dos Estados Unidos "na defesa dos seus aliados", de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

A Coreia do Norte disparou hoje dois novos projéteis provavelmente, mísseis balísticos, de acordo com Seul naquele que foi o quarto teste de armas desde o início do ano.

Pyongyang acelerou os testes de armas nas últimas semanas, com o regime de Kim Jong-Un a tentar fortalecer as capacidades militares do país, que está sujeito a pesadas sanções internacionais, enquanto recusa ofertas de diálogo dos Estados Unidos.

O enviado norte-americano observou que os testes norte-coreanos, "violando várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU", foram "os mais recentes de uma série de disparos de mísseis balísticos" este mês.

Sung Kim reafirmou, perante Seul e Tóquio, que os Estados Unidos querem trabalhar "pela desnuclearização completa da península coreana", segundo o comunicado do Departamento de Estado.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

BIDEN GARANTE: EUA "RESPONDERÃO ENERGICAMENTE" A UMA INVASÃO RUSSA À UCRÂNIA


O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu, este domingo, ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que os EUA e os seus aliados "responderão energicamente" se a Rússia invadir a Ucrânia, anunciou a Casa Branca.

Num comunicado de imprensa assinado pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, lê-se que "o Presidente Biden deixou claro que os EUA e seus aliados responderão vigorosamente se a Rússia invadir a Ucrânia". Biden e Zelensky mantiveram este domingo uma conversa telefónica, conforme tinha sido anunciado na sexta-feira.

Joe Biden, que multiplica as advertências a Vladimir Putin e defende a "diminuição da tensão", voltou a alertar o Presidente russo contra uma tentativa de invasão da Ucrânia durante uma conversa telefónica com Vladimir Putin na quinta-feira. "Deixei claro para o Presidente Putin que adotaríamos sanções duras e aumentaríamos a nossa presença na Europa", numa posição concertada com os aliados da NATO, disse Joe Biden na sexta-feira.

Relativamente à conversa telefónica entre os presidentes norte-americano e ucraniano, Jen Psaki disse ainda que Biden expressou apoio aos esforços diplomáticos, incluindo as conversas programadas para os próximos dias 09 e 10 de janeiro, em Genebra, entre responsáveis norte-americanos e russos. Em Kiev, Zelensky disse ter ficado satisfeito "com o apoio indefetível" dos EUA.

Na sexta-feira, a Casa Branca disse que Joe Biden iria "reafirmar o apoio norte-americano à independência e integridade territorial da Ucrânia". No mesmo dia, Volodymyr Zelensky disse numa mensagem na rede social Twitter que estava impaciente para discutir com Biden "os meios de coordenar" ações no "interesse da paz na Ucrânia e da segurança na Europa".

Kiev e os seus aliados ocidentais acusam Moscovo de ter concentrado dezenas de milhares de soldados junto das suas fronteiras em antecipação a uma possível invasão. Os EUA e a Rússia têm agendadas conversações sobre a Ucrânia nos dias 10 e 11 de janeiro em Genebra. As delegações dos dois países deverão ser lideradas, respetivamente, pela secretária de Estado Adjunta dos EUA, Wendy Sherman, e pelo homólogo russo, Sergei Riabkov.

No dia 12 de janeiro está prevista uma bilateral entre a Rússia e a NATO e, no dia seguinte, está agendada uma reunião no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Os EUA, acusados com frequência de abordarem questões internacionais sem considerarem as posições dos seus aliados ocidentais, insistem precisamente numa coordenação estreita com os europeus e os ucranianos.

Mais de 100 mil soldados russos estarão concentrados perto das fronteiras da Ucrânia, da qual a Rússia já anexou parte do território, a península da Crimeia, em 2014.

Moscovo nega qualquer intenção bélica e diz ter sido ameaçada por "provocações" de Kiev e da NATO, tendo apresentado, no início de dezembro, propostas exigindo que a Aliança Atlântica renuncie a vir a admitir a Ucrânia e outros países da área de influência soviética como membros e retire os seus destacamentos militares na Europa Central e Oriental.

A Rússia também é considerada pelo Ocidente como mentora dos separatistas pró-russos envolvidos no conflito que há quase oito anos persiste no leste da Ucrânia.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

EUA PREPARADOS PARA "RESPONDER" A UMA INVASÃO RUSSA DA UCRÂNIA


O Presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhará na quinta-feira ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que os Estados Unidos estão preparados para a diplomacia, mas também para "responder" se a Rússia invadir a Ucrânia, indicou, esta quarta-feira, a Casa Branca.

"Estamos preparados para fornecer à Ucrânia mais ajuda para defender o seu território e responder a uma potencial ocupação russa nas próximas semanas", declarou um alto responsável da Administração norte-americana, numa conferência de imprensa telefónica.

A Casa Branca também revelou que a chamada telefónica que se realizará na quinta-feira entre Biden e Putin para falar sobre a situação na Ucrânia ocorrerá a pedido expresso de Moscovo.

"Esta chamada foi agendada depois de a parte russa a ter pedido", indicou o alto responsável norte-americano.

Alguns minutos antes, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Emily Horne, tinha anunciado esse telefonema e recordado que Biden continua a manter conversas e consultas com os seus aliados para encontrar uma resposta comum para o aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia.

Na conferência de imprensa, a Casa Branca adiantou que Biden "deixará claro" a Putin que os Estados Unidos estarão sempre ao lado dos seus aliados na região numa clara referência à Ucrânia e que não aceitarão nada sobre países terceiros amigos sem que estes participem nas conversações.

A conversa telefónica de Biden e Putin decorre 23 dias depois da videoconferência que mantiveram, na qual o chefe de Estado norte-americano advertiu de que responderá a um eventual ataque da Rússia à Ucrânia com fortes medidas económicas, que poderão incluir "a suspensão" de um gasoduto russo, além do reforço da defesa no flanco oriental da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).

Putin, por seu lado, insistiu então, e nos dias posteriores, que é a NATO, e não a Rússia, a responsável pela atual tensão militar em torno da Ucrânia.

Há seis dias, na sua conferência de imprensa anual, o Presidente russo exigiu garantias "imediatas" de segurança aos Estados Unidos e à NATO, advertindo-os para não "empatarem" durante décadas as negociações que arrancarão em princípios de 2022 em Genebra.

A conversa acontecerá duas semanas antes das negociações entre os dois países, agendadas para 10 de janeiro, em Genebra, sobre tratados de controlo de armas nucleares e sobre a situação na fronteira russo-ucraniana, onde o Ocidente acusa Moscovo de reunir tropas para um possível ataque.

Num sinal de que as conversações de 10 de janeiro serão duras, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, já descartou quaisquer "concessões".

Os Estados Unidos, por seu turno, já tinham avisado que alguns pedidos russos eram "inaceitáveis".

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

BIDEN AFIRMA QUE EUA ESTÃO PRONTOS PARA DEFENDER TAIWAN EM CASO DE ATAQUE


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, na quinta-feira, que o país está preparado para defender militarmente Taiwan, em caso de ataque da China, que considera a ilha parte do território.

"Sim, temos um compromisso nesse sentido", declarou Joe Biden, durante um encontro, transmitido pela cadeia de televisão CNN, com eleitores em Baltimore.

A Casa Branca afirmou à imprensa que a política norte-americana em relação a Taiwan "não mudou", na sequência das declarações de Biden, na quinta-feira.

As duas maiores economias do mundo opõem-se frontalmente em muitas questões, mas a situação taiwanesa é frequente considerada como a única capaz de desencadear um confronto armado.

Na quarta-feira, o próximo embaixador dos Estados Unidos em Pequim, o diplomata de carreira Nicholas Burns, disse que "não se deve confiar" na China em relação a Taiwan, e recomendou aumentar a venda de armas à ilha para reforçar as defesas.

Burns falava na comissão de Negócios Estrangeiros do Senado norte-americano, que deve confirmar a nomeação do diplomata, que tinha já denunciado as recentes incursões chinesas na zona de identificação aérea taiwanesa como "repreensíveis".

Os Estados Unidos reconhecem a República Popular da China desde 1979, mas fornecem armas a Taiwan para a defesa da ilha.

A ilha é governada de forma autónoma desde 1949, data em que as forças nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram depois de terem sido derrotados pelas tropas comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.

Pequim considera Taiwan como uma das suas províncias e ameaçou recorrer à força, caso a ilha proclame formalmente a independência.

No entanto, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou recentemente a vontade de conseguir uma reunificação pacífica.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

MAIOR DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA DE SEMPRE: CHINA ENVIA 52 AVIÕES DE COMBATE PARA TAIWAN


A China enviou, esta segunda-feira, 52 aviões de combate em direção a Taiwan, na maior demonstração de força já registada, prosseguindo três dias de contínuo assédio militar à ilha autogovernada.

A incursão aérea envolveu 34 caças de combate J-16 e 12 bombardeiros H-6, entre outras aeronaves, de acordo com o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan. A Força Aérea taiwanesa destacou jatos e monitorizou os movimentos dos aviões de combate chineses através do seu sistema de defesa aérea.

A China reclama como seu território a democraticamente governada ilha de Taiwan, afirmando que recuperará o controlo da mesma pela força, se necessário for, recusando-se a reconhecer o Governo da ilha e tentando incessantemente isolar a administração independente do Presidente Tsai Ing-wen.

Especialistas têm classificado os voos de aviões de combate e outras manobras militares de Pequim como "área de guerra cinzenta" ou qualquer tipo de ação militar que não seja o combate direto, e muitos dizem não acreditar que a demonstração de força e a retórica agressiva, muita da qual repetitiva, conduza à guerra.

Taiwan e a China separaram-se durante uma guerra civil em 1949, e Pequim opõe-se ao reconhecimento internacional de Taiwan como Estado independente e à participação da ilha como Estado membro em organizações internacionais.

Taiwan anunciou a 23 de setembro que se candidatou a aderir ao acordo de comércio livre da Parceria Transpacífica (TPP), uma semana após a China ter apresentado a sua própria candidatura para adesão ao acordo comercial.

A 01 de outubro, o Dia Nacional da China, o Exército de Libertação Popular enviou 38 aviões de combate para aquela zona e, no dia 02, mais 39, número que era, até agora, o máximo já enviado num só dia, desde que Taiwan começou a divulgar dados sobre o número de aviões militares, em setembro de 2020. No dia 03, a China enviou mais 16 aviões de combate.

As mais recentes manobras da Força Aérea chinesa elevam o total para 814 sobrevoos de aviões de combate.

O número de incursões na zona de defesa aérea de Taiwan levou a uma declaração do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, no fim de semana, a advertir a China de que a sua atividade militar perto de Taiwan é um erro de cálculo e está a minar a paz e a estabilidade regionais.

"Instamos Pequim a cessar a sua pressão e coerção militar, diplomática e económica sobre Taiwan", lia-se na declaração.

Os últimos voos ocorreram em grupos separados, com incursões diárias e noturnas. Os voos noturnos são dignos de nota, segundo os analistas, porque são mais difíceis, devido à visibilidade reduzida.

"Eles têm o tipo de confiança necessária para operar durante a noite", observou Chen-Yi Tu, investigador do Instituto de Investigação de Defesa Nacional e Segurança, em Taiwan.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

PRESIDENTE DA UCRÂNIA ADMITE UMA GUERRA DE "GRANDE ESCALA" COM A RÚSSIA


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zlensky, disse, esta sexta-feira, que o atual conflito entre Kiev e Moscovo pode conduzir a uma guerra de "grande escala" entre a Rússia e a Ucrânia.

"Suponho que sim", respondeu o chefe de Estado quando questionado sobre as tensões com Moscovo durante o Forúm Yes Brainstorming 2021 que decorre em Kiev.

Zelensky disse que uma guerra de grande escala com a Rússia "seria a pior coisa que pode vir a acontecer" mas sublinhou que "por desgraça é uma possibilidade".

"Creio que seria o maior erro da Rússia", acrescentou.

Por outro lado, o chefe de Estado ucraniano disse que gostaria de se reunir com o homólogo russo, Vladimir Putin, no quadro do um novo encontro do Quarteto da Normandia para encontrar soluções sobre a situação no leste da Ucrânia.

A última reunião diplomática com o formato do quarteto decorreu em dezembro de 2019.

Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, lamentou de imediato as palavras de Zelensky sobre a possibilidade de uma guerra acrescentando que não queria fazer comentário sobre "cenários apocalípticos".

O Quarteto da Normandia é formando pela Rússia, Ucrânia, França e Alemanha.

O Grupo de Contacto, outro formato diplomático sobre a situação na região, é composto pela Ucrânia, Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

O conflito no leste da Ucrânia entre o Exército da Ucrânia e as milícias pró russas eclodiu na primavera de 2014 e provocou até hoje a morte de 14 mil pessoas.

Gasoduto Nord Stream 2.

As declarações de Zelensky ocorrem no mesmo dia em que foi anunciada a conclusão do polémico gasoduto franco-alemão Nord Stream 2.

Pouco tempo antes das declarações de Zelensky em Kiev, o porta-voz do chefe de Estado da Ucrânia afirmava à France Presse que o país se vai "bater" contra a exploração do gasoduto.

"O presidente (Volodymyr Zelensky) sempre disse que a Ucrânia se irá bater contra esse projeto político russo, durante e após a construção e depois de começar a distribuição", disse Segiy Nikirof, porta-voz do chefe de Estado ucraniano.

A empresa Gazprom anunciou esta sexta-feira que o gasoduto Nord Stream 2, entre a Rússia e a Alemanha, está "totalmente concluído".

O projeto chegou a ser adiado devido às ameaças de sanções norte-americanas e das tensões geopolíticas.

O gasoduto submarino no Mar Báltico deve duplicar as entregas de gás russo à Alemanha.

Para os Estados Unidos e detratores europeus do projeto, o gasoduto vai fazer aumentar de forma duradoura a dependência energética europeia em relação à Rússia.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Vladimir Putin, insistiram ao longo dos últimos anos que o Nord Stream era um projeto puramente comercial, sem qualquer caráter político.

O novo gasoduto, com uma capacidade de transporte de 55 mil milhões de metros cúbicos de gás anualmente, tem uma extensão 1.230 quilómetros sob o Mar Báltico estabelecendo a mesma rota que o Nord Stream 1, a operar desde 2012.

Nos últimos anos, o projeto foi criticado por Washington, assim como pela Ucrânia que vê a posição geopolítica fragilizada com o funcionamento do gasoduto entre a Rússia e a Alemanha.

A posição dos Estados Unidos mudou com a Administração do presidente Joe Biden, que alcançou um compromisso entre Washington e Berlim sobre o assunto.

Para a Ucrânia, o gasoduto pode vir a privar Kiev de, pelo menos, 1,5 mil milhões de dólares anuais que recebe pelo trânsito de gás russo através de território ucraniano e que se destina ao bloco europeu.

Em agosto, a chanceler alemã disse na Ucrânia que Berlim iria "fazer tudo" para prorrogar o contrato de trânsito russo-ucraniano que formalmente expira em 2024.

Na mesma altura, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a Merkel para considerar o Nord Stream 2 como uma "arma geopolítica perigosa".

quarta-feira, 12 de maio de 2021

CESSAR-FOGO NÃO É OPÇÃO PARA ISRAEL E HAMAS REFORÇA ATAQUES


Confrontos em Jerusalém já fizeram cerca de 60 mortos. Netanyahu avisa que isto é "apenas o início".

A cada dia que nasce, uma nova ronda de ataques é preparada por Israel e pelos grupos armados palestinianos na Faixa de Gaza para medir forças no que já é o maior conflito entre as duas partes desde a guerra de 2014. Com quase 60 mortes em apenas três dias, incluindo 14 crianças, e com algumas cidades do Estado hebreu em ebulição com protestos violentos, os receios de uma "guerra em grande escala" continuam a crescer.

A fogueira só precisava de combustível e os confrontos de segunda-feira na cidade sagrada de Jerusalém, aliados à ameaça de expulsão de civis palestinianos de Jerusalém Oriental em benefício dos colonos israelitas, foram o cenário perfeito para a escalada militar. O grupo armado palestiniano Hamas lançou, na terça-feira, centenas de "rockets" contra Telavive, Dimona e Lod cidade árabe israelita onde foi decretado o estado de emergência após distúrbios noturnos e que agora está sob recolher obrigatório e ameaçou atacar "novos alvos".

Já os militares israelitas, que reforçaram a presença na fronteira com Gaza, realizaram centenas de ataques aéreos e reclamaram a morte de quatro comandantes do Hamas e de uma dezena de militantes do grupo armado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu que vai continuar a intensificar a força dos ataques. "Disse, ontem (terça-feira), que essas pessoas das trevas, esses terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica têm sangue nas mãos. Assassinámos comandantes no quartel-general do Hamas, incluindo o comandante da Cidade de Gaza. Este é apenas o início. Vamos atingi-los com ataques com os quais eles nunca sonharam."


Um custo pago por civis

Por seu lado, o ministro da Defesa, Benny Gantz, avisou que "Israel não está a preparar um cessar-fogo" e que não está prevista uma "data para o fim das operações militares". "Não daremos ouvidos a sermões de moral contra o nosso dever de proteger os cidadãos de Israel."

A medição de forças e o amontoar de mortos e feridos elevou a preocupação internacional, com apelos a ambas as partes para acabar com a violência.

O coordenador das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, alertou para o perigo de um conflito de grande escala, afirmando que os "líderes de ambos os lados têm de assumir a responsabilidade". "O custo da guerra em Gaza é devastador e está a ser pago por civis."

Por sua vez, em vez de pôr água na fervura, a Alemanha reconheceu que Israel "tem o direito de se defender dos ataques" do Hamas e condenou "firmemente os persistentes ataques contra as cidades israelitas".

Do lado dos Estados Unidos, um dos países que têm mostrado apoio a Israel ao longo dos últimos anos, o secretário de Estado, Antony Blinken, reiterou o pedido para o fim da violência, insistindo na "necessidade de israelitas e palestinianos poderem viver em segurança e proteção." No entanto, reconheceu aos israelitas o direito de se defenderem.

Judeus querem proteção

O Conselho Central de Judeus da Alemanha pediu melhor proteção das instituições judaicas no país, depois de bandeiras israelitas terem sido queimadas diante de duas sinagogas em Bona e Munster, em ligação com os confrontos armados israelo-palestinianos. "Cresce a ameaça para a comunidade judaica. Esperamos solidariedade em relação a Israel e à comunidade judaica dos cidadãos alemães em particular", adiantou o Conselho Central. "Israel e os judeus no seu conjunto estão sujeitos ao ódio e à incitação (ao ódio), nomeadamente, nas redes sociais".

1200 "rockets" a partir da Faixa de Gaza
Cerca de 1200 "rockets" foram lançados a partir de Gaza desde o início dos confrontos, na segunda-feira. Pelo menos 200 caíram dentro do território de Gaza.

Vandalismo judaico
Dezenas de judeus de extrema-direita iniciaram, ontem, protestos violentos em duas cidades de Israel, atacando e vandalizando empresas de árabes.

Declaração travada
O Conselho de Segurança da ONU realizou nova reunião de urgência sobre o conflito israelo-palestiniano, sem conseguir, mais uma vez, acordar numa declaração devido à oposição dos Estados Unidos.

terça-feira, 11 de maio de 2021

DUAS ESRAELITAS MORTAS POR ROCKETS DISPARADOS A PARTIR DE GAZA


Duas mulheres israelitas que estavam num edifício antigo na cidade de Ashkelon (sul de Israel) morreram esta terça-feira na sequência de tiros de 'rocket' disparados a partir da Faixa de Gaza, informaram os serviços de socorro locais.

"Duas mulheres morreram. Uma tinha 65 anos de idade e a outra 40 anos. Ainda não podemos anunciar as suas identidades", afirmou, em declarações à agência France-Presse (AFP), um porta-voz dos serviços nacionais de emergência Magen David Adom (MDA, equivalente israelita à Cruz Vermelha).

Segundo a AFP, o porta-voz atribuiu a morte destas duas mulheres aos vários 'rockets' lançados a partir do enclave palestiniano que visaram cidades da zona sul de Israel, como Ashkelon e Ashdod.

A agência espanhola EFE indicou, por sua vez, que estas duas mulheres serão possivelmente as primeiras mortes em Israel desde o intensificar da escalada de violência e de tensão, registado desde segunda-feira, com o enclave palestiniano.

Na segunda-feira, a violência aumentou com o lançamento de 'rockets' da Faixa de Gaza contra Israel e ataques aéreos israelitas contra este território palestiniano.

Dados referidos pela EFE apontam que cerca de 250 projéteis terão sido disparados a partir de Gaza em menos de 24 horas.

As duas mulheres estavam "num edifício antigo" sem abrigo antiaéreo e as unidades de paramédicos encontraram as vítimas "presas nos escombros" do prédio, que foi atingido por tiros de 'rocket', segundo um porta-voz da United Hatzalah (serviço médico de emergência voluntário com sede em Jerusalém), citado pela agência espanhola.

Em retaliação aos disparos de 'rockets', Israel respondeu com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que causaram pelo menos 26 mortos, incluindo nove crianças, desde segunda-feira.

Os últimos acontecimentos estão a ser classificados como uma das piores escaladas da tensão entre israelitas e palestinianos desde 2019.

Em pleno segundo dia das hostilidades no enclave palestiniano da Faixa de Gaza, o chefe do Estado-Maior do exército israelita convocou, entretanto, um reforço de tropas no sul do país.

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, ordenou a mobilização de 5000 soldados de reserva para expandir a atual campanha e "aprofundar a defesa interna".

Israel realizou hoje novos ataques aéreos em Gaza, atingindo a casa de um comandante do Hamas, movimento islamita que controla o enclave, e dois túneis construídos na fronteira com o Estado hebreu, enquanto grupos armados palestinianos no território disparavam dezenas de 'rockets' contra Israel.

A escalada no conflito foi provocada por semanas de tensões na contestada Jerusalém.

Os ataques aéreos e o disparo de 'rockets' foram precedidos de confrontos entre palestinianos e a polícia israelita em Jerusalém Oriental, sobretudo na Esplanada das Mesquitas, local sagrado para muçulmanos e judeus.

Nos confrontos na cidade contestada e em toda a Cisjordânia ficaram feridos mais de 700 palestinianos, dos quais quase 500 foram tratados em hospitais, indicou a agência norte-americana Associated Press (AP).

sábado, 24 de abril de 2021

MAIS DE 30 MÍSSEIS DISPARADOS DE GAZA CONTRA ISRAEL


Mais de 30 mísseis foram disparados esta madrugada desde a Faixa de Gaza contra Israel, após confrontos em Jerusalém entre um grupo de judeus de extrema-direita, palestinianos e polícias, levando a um ataque de "retaliação" pelo exército israelita.

Segundo a agência de notícias Efe, que cita fontes palestinianas, o ataque contra Israel não fez "quaisquer danos ou ferimentos", enquanto do ataque contra alvos no Hamas no enclave não resultaram feridos, mas "foram registados danos materiais graves".

Os 36 foguetes disparados esta manhã representam o maior número de lançamentos desde fevereiro de 2020 e ocorrem num "quadro de tensão crescente" na área, depois de vários confrontos registados durante a última semana entre palestinianos e israelitas em Jerusalém.

Até agora nenhuma fação palestiniana em Gaza reivindicou os disparos, mas, descreve a Efe, "diferentes grupos armados emitiram uma declaração conjunta avisando Israel que pagaria um preço pela repressão das manifestações em Jerusalém".

A violência em Jerusalém começou há 10 dias, depois de a polícia israelita ter proibido multidões de pessoas na Porta de Damasco, na Cidade Velha, durante o mês santo muçulmano do Ramadão, algo que enfureceu a população palestiniana de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel e desencadeou uma série de confrontos.

O ataque vindo de Gaza aconteceu depois de uma "noite particularmente violenta", da qual resultaram 120 feridos e 50 detidos, após "fogo cruzado envolvendo um grupo de judeus de extrema-direita cantando "Morte aos Árabes", palestinianos e polícias", noticia a agência AFP.

A polícia e os jovens palestinianos "brincaram ao gato e ao rato" perto da Porta de Damasco, após a oração final de sexta-feira por dezenas de milhares de adoradores na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão, durante o mês muçulmano do Ramadão.

Os palestinianos atiraram garrafas de água e pedras à polícia, que usaram granadas atordoantes para tentar dispersar a multidão, enquanto eram registados mais incidentes em vários bairros palestinianos em Jerusalém Oriental.

Também na sexta-feira à noite, centenas de palestinianos reuniram-se na passagem de Qalandiya, que liga Israel e a Cisjordânia, e incendiaram vários objetos, atiraram pedras e cocktails Molotov no Túmulo de Raquel, um local sagrado judeu em Belém na Cisjordânia ocupada, havendo igualmente protestos em Ramallah, a sede da Autoridade Palestiniana.

Em retaliação, o exército israelita bombardeou, esta manhã alvos, do Hamas na Faixa de Gaza.

"Aviões de combate e helicópteros atingiram alvos militares do Hamas na Faixa de Gaza, incluindo infraestruturas subterrâneas e lança-foguetes", disse o exército israelita numa declaração, que detalhava que o ataque era uma retaliação pelo lançamento de projéteis a partir do enclave durante a madrugada.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

IRÃO PEDE A IRAQUE PARA IDENTIFICAR AUTORES DE ATAQUES CONTRA EUA EM BAGDADE


O Irão pediu este sábado ao Iraque para identificar os autores dos recentes ataques à embaixada dos Estados Unidos e aos interesses ocidentais no seu território, denunciando que a intenção deles era perturbar as relações Irão-Iraque.

Na segunda-feira, Bagdade foi atingida por mísseis que caíram perto da embaixada norte-americana, naquele que foi o terceiro ataque numa mesma semana contra interesses ocidentais no Iraque.

Em retaliação, na madrugada de sexta-feira, as Forças Armadas norte-americanas mataram 22 combatentes num ataque aéreo contra milícias pró-iranianas, acusando-as de estarem envolvidas no lançamento de mísseis contra Bagdade.

Agora, o Governo iraniano pede ao Iraque para identificar os autores do ataque a Bagdade.

"Realçamos a necessidade de o Governo iraquiano identificar os autores desses incidentes", disse o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, num comunicado.

"Os mais recentes ataques são suspeitos e podem ter sido planeados com o objetivo de minar as relações Irão-Iraque e a estabilidade do Iraque", disse Zarif.

O chefe da diplomacia iraniana reuniu-se hoje com o seu homólogo iraquiano, Fouad Hussein, numa visita a Teerão, na sequência dos ataques dos EUA contra milícias pró-iranianas no leste da Síria, perto da fronteira com o Iraque.

Zarif condenou o ataque dos Estados Unidos contra as forças iraquianas, lembrando que essa iniciativa foi "ilegal" e violou a soberania do Iraque.

Os Estados Unidos indicaram que o Irão será considerado "responsável pelas ações dos seus apoiantes que ataquem interesses norte-americanos" no Iraque.

Os ataques com mísseis em Bagdade não foram reivindicados, mas Washington atribuiu-os ao Kataeb Hezbollah, uma fação da coligação paramilitar liderada por Hashd al-Chaabi, com ligações ao regime iraniano.

Os ataques e retaliações ocorrem no meio de uma escalada de tensão entre os EUA e Teerão, que mantêm divergências sobre o programa nuclear iraniano.

BURLÃO EM PORCHE FURTADO TROCOU "ROLEX" FALSO POR VERDADEIRO E 7 MIL EUROS

                                       Um homem de 25 anos foi detido pela PSP em Barcelos por suspeita dos crimes de burla qualificada e ab...