Na segunda-feira, Bagdade foi atingida por mísseis que caíram perto da embaixada norte-americana, naquele que foi o terceiro ataque numa mesma semana contra interesses ocidentais no Iraque.
Em retaliação, na madrugada de sexta-feira, as Forças Armadas norte-americanas mataram 22 combatentes num ataque aéreo contra milícias pró-iranianas, acusando-as de estarem envolvidas no lançamento de mísseis contra Bagdade.
Agora, o Governo iraniano pede ao Iraque para identificar os autores do ataque a Bagdade.
"Realçamos a necessidade de o Governo iraquiano identificar os autores desses incidentes", disse o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, num comunicado.
"Os mais recentes ataques são suspeitos e podem ter sido planeados com o objetivo de minar as relações Irão-Iraque e a estabilidade do Iraque", disse Zarif.
O chefe da diplomacia iraniana reuniu-se hoje com o seu homólogo iraquiano, Fouad Hussein, numa visita a Teerão, na sequência dos ataques dos EUA contra milícias pró-iranianas no leste da Síria, perto da fronteira com o Iraque.
Zarif condenou o ataque dos Estados Unidos contra as forças iraquianas, lembrando que essa iniciativa foi "ilegal" e violou a soberania do Iraque.
Os Estados Unidos indicaram que o Irão será considerado "responsável pelas ações dos seus apoiantes que ataquem interesses norte-americanos" no Iraque.
Os ataques com mísseis em Bagdade não foram reivindicados, mas Washington atribuiu-os ao Kataeb Hezbollah, uma fação da coligação paramilitar liderada por Hashd al-Chaabi, com ligações ao regime iraniano.
Os ataques e retaliações ocorrem no meio de uma escalada de tensão entre os EUA e Teerão, que mantêm divergências sobre o programa nuclear iraniano.
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