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domingo, 13 de fevereiro de 2022

PRESIDENTE ALEMÃO CULPA RÚSSIA POR "RISCO DE GUERRA" NA EUROPA


A Rússia tem a "responsabilidade" pelo risco de uma guerra na Ucrânia, declarou o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, este domingo, num momento de crescente temor por parte de europeus e norte-americanos de uma invasão russa ao país vizinho.

"A minha responsabilidade é para com todos os que vivem no nosso país. É verdade que sou apartidário, mas não sou neutro quando se trata da causa da democracia. Quem lutar pela democracia ter-me-á do seu lado. Quem a atacar, ter-me-á como um oponente", disse Steinmeier no discurso de aceitação.

Social-democrata próximo do chanceler Olaf Scholz, o presidente alemão tentou dissipar as dúvidas sobre a posição do país. Nas últimas semanas, a Alemanha foi criticada pela Ucrânia e por vários dos seus parceiros ocidentais por ser muito complacente com Moscovo.

"Estamos no meio de um risco de conflito militar, de uma guerra na Europa Oriental e é a Rússia que tem essa responsabilidade", frisou. "A paz não pode ser dada como certa, deve ser trabalhada repetidamente, com diálogo, mas se necessário também com clareza, com dissuasão", acrescentou.

O reeleito Presidente alemão enviou na ocasião uma mensagem direta ao seu homólogo russo, Vladimir Putin: "Não subestime a força da democracia".

Frank Walter Steinmeier recebeu o apoio dos Verdes na terça-feira passada e já contava com a aprovação do seu partido, o SPD, e dos liberais do FDP. Juntamente com os Verdes, formam a atual maioria que sucedeu aos conservadores de Angela Merkel no poder. Em maio de 2021, anunciou sua candidatura a um novo mandato para "ajudar a curar as feridas" infligidas pela pandemia à população alemã.

Também Olaf Scholz, advertiu, este domingo, que as sanções ocidentais contra a Rússia podem ter efeito "imediato", no caso de uma invasão à Ucrânia. "No caso de uma agressão militar contra a Ucrânia, que poria asua soberania e a sua integridade territorial em risco, isso levaria a sanções duras, que preparámos cuidadosamente e que poderemos aplicar imediatamente com os nossos aliados na Europa e na NATO", declarou.

Mais ajuda económica, mas sem armas

A Alemanha planeia aumentar a ajuda económica à Ucrânia, mas mantêm a recusa em entregar armas de guerra, disse, este domingo, uma fonte do governo alemão, na véspera da visita do chanceler Olaf Scholz a Kiev. Berlim está a examinar "se ainda há oportunidades bilaterais de contribuir para um apoio económico", disse a mesma fonte à agência de notícias France Presse, numa altura em que aumentam os receios sobre uma possível ofensiva russa.

Desde a anexação da Crimeia em 2014 por Moscovo que a Alemanha tem sido o país que mais tem prestado ajuda financeira bilateral à Ucrânia, com dois mil milhões de euros, aos quais se soma uma linha de crédito de 500 milhões de euros, tendo já sido usados cerca de dois terços. O apoio da União Europeia junta-se a esta ajuda bilateral.

Numa entrevista à rádio pública alemã, o embaixador da Ucrânia em Berlim, Andrij Melnyk, pediu que seja feito o anúncio de um plano de ajuda "de vários milhões" de euros durante a visita de Olaf Scholz na segunda-feira a Kiev, antes da viagem no dia seguinte a Moscovo. Os dois países continuam em desacordo na questão do fornecimento de armas "letais", que Berlim continua a recusar, refugiando-se na política seguida nesta área desde o período nazi, que consistia em não exportar armas para zonas de conflito.

Kiev encaminhou uma lista de exigências a Berlim, mas para segunda-feira "ainda não se deve esperar nada" sobre o assunto, sublinhou a fonte do governo alemão.

Segundo a imprensa alemã, esta lista inclui sistemas de mísseis antiaéreos, sistemas antidrones, sistemas de rastreamento eletrónico, equipamentos de visão noturna e munições, não estando excluído que alguns destes equipamentos, considerados não letais, possam ser aceites. Nesta lista estão "certos elementos que podemos examinar", sublinhou a fonte alemã, frisando que é necessário ver se estão "disponíveis no momento".

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