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segunda-feira, 22 de março de 2021

CERVEJARIA GALIZA FECHA DEFINITIVAMENTE


O processo de insolvência da Cervejaria Galiza terminou e apagou quaisquer expectativas dos trabalhadores. Isto porque, o mecanismo do direito de preferência acionado pelo senhorio fez com que a proposta de uma empresa, com uma massa insolvente de cerca de 250 mil euros e que se comprometia em manter pelo menos 20 postos de trabalho, caísse.

Nuno Coelho, do Sindicato de Hotelaria do Norte, explicou ao JN que o desfecho do processo "decorre da lei" e que o "administrador de insolvência teve de fazer uma proposta ao senhorio de utilizar o direito de preferência ao senhorio", que acabou por ser aceite.

De acordo com António Ferreira, representante dos trabalhadores, o proprietário terá agora movido uma ação por considerar que "a casa lhe deveria ter sido entregue quando o estabelecimento fechou". Dependendo do que for decidido pelo tribunal, caso o espaço seja entregue "a custo zero", os trabalhadores podem não receber indemnização.

Isto porque, os 250 mil euros de massa insolvente seriam distribuídos em tribunal pelos credores, incluindo os próprios trabalhadores.

"A recuperação do espaço pelo senhorio deixou uma incógnita sobre os trabalhadores que agora se veem sem perspetiva nenhuma", acrescentou António Ferreira.

É certo que o senhorio, caso assim o entenda, "poderá dar continuidade" ao negócio e mantê-lo ligado ao setor da restauração, esclareceu Nuno Coelho. No entanto, este é um momento "de muita incerteza".

Encerramento coercivo

Os trabalhadores foram surpreendidos há cerca de dois anos por uma tentativa de encerramento coercivo do estabelecimento pela gestora da empresa, com uma dívida de dois milhões de euros ao Estado.

Foram os próprios funcionários que, em jeito de protesto, asseguraram o funcionamento da Cervejaria Galiza e assumiram as despesas. O estabelecimento encerrou em julho de 2020, após o administrador de insolvência ter decidido, em conjunto com os trabalhadores, "encerrar o estabelecimento, por não haver condições para o manter aberto".

A decisão foi tomada após ter sido decretada a insolvência da Sociedade Atividades Hoteleiras Galiza Portuense, proprietária da Cervejaria Galiza, na sequência do requerimento apresentado por um dos fornecedores, a empresa Sociedade Real Sabor, no qual reclamava o pagamento de 11 951 euros.

Durante o processo foram apresentadas propostas de duas empresas interessadas em investir no negócio.

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