Uma epidemiologista britânica afirmou esta segunda-feira que o uso de máscara e o distanciamento social poderão durar vários anos, até um regresso à normalidade. Mary Ramsay acredita que as medidas sanitárias mais básicas se vão manter até que todos os países tenham um programa de vacinação contra a covid-19 eficaz.
“As pessoas habituaram-se às medidas mais básicas, conseguem viver com elas e a economia continua a funcionar. (…) Acredito que viveremos com elas nos próximos anos, ou pelo menos até a vacinação estar avançada e os números caírem, altura em que poderemos regressar à normalidade gradualmente”, afirmou à BBC.
A especialista lembra que é importante não desconfinar demasiado rápido e que o levantamento de qualquer restrição deve ser discutido e estudado com atenção.
No início do mês, já o diretor-geral da Saúde de Inglaterra tinha admitido que o uso de máscara, assim como uma testagem massiva e a vacinação, iriam permitir manter o vírus sob controlo mesmo depois do verão.
Também o conselheiro científico do Governo britânico, Patrick Vallance, avisou que as máscaras vão continuar a ser essenciais, especialmente no inverno, quando houver um aumento do número de infetados. O objetivo do seu uso é reduzir a transmissão ao máximo.
METADE DOS ADULTOS DO REINO UNIDO JÁ RECEBEU A PRIMEIRA DOSE DA VACINA
Metade dos adultos do Reino Unido já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19. No Reino Unido já foram administradas mais de 26 milhões de primeiras doses. No sábado, o Reino Unido conseguiu um recorde com mais de 873 mil vacinas administradas num só dia. Uma boa notícia para a imunidade de grupo.
AS QUATRO ETAPAS DO DESCONFINAMENTO EM INGLATERRA
A primeira etapa começou com o regresso às aulas de escolas e universidades, a 8 de março, data em que também passaram a ser permitidos encontros sociais entre duas pessoas ao ar livre.
A segunda etapa chega a 12 de abril, lojas, cabeleireiros, bibliotecas e ginásios vão poder abrir, e bares e restaurantes vão poder servir em esplanadas, e a 17 de maio serão autorizadas cinemas, teatros, salas de teatro e concertos e eventos com até 30 pessoas.
A quarta e última etapa está prevista para 21 de junho, quando o Governo espera remover as restrições de contacto social, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos públicos, como festivais.
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