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sábado, 17 de dezembro de 2022

DOIS FUNCIONÁRIOS DETIDOS POR TRANSFERIR DROGA DE AVIÕES À CHEGADA A LISBOA


A Polícia Judiciária apreendeu mais de um milhão de doses de cocaína e deteve quatro homens suspeitos de tráfico de droga. Dois trabalhavam numa empresa de "handling" no aeroporto de Lisboa.

A Polícia Judiciária deteve quatro cidadãos, de nacionalidade portuguesa, "sobre os quais recaem fortes suspeitas da prática do crime de tráfico de estupefacientes". Segundo a PJ, "dois dos detidos, funcionários de uma empresa prestadora de serviços de handling no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, retiravam a droga diretamente do porão dos aviões, logo após a sua chegada, desviando-a da fiscalização das bagagens".

"As detenções ocorreram em flagrante delito, no âmbito uma operação conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes", da PJ, com apoio da PSP. A investigação, ainda em curso, identificou "um grupo criminoso que, através de voos de linha aérea regular, se dedicava à introdução de grandes quantidades de produtos estupefacientes em território nacional", esclarece aquela força policial, em comunicado.

"Foi apreendida uma elevada quantidade de cocaína que, caso chegasse nos circuitos ilícitos de distribuição, seria suficiente para a composição de pelo menos um milhão e cem mil doses individuais", avança a PJ. O produto estupefaciente "acabara de chegar a Lisboa, num voo oriundo da América Latina", quando foi apreendida durante esta operação, cuja data não foi revelada.

"Para além da droga, procedeu-se ainda à apreensão de elevada quantidade de dinheiro em notas, três viaturas automóveis de alta cilindrada, telemóveis e diversa documentação com relevância para a prova dos factos em investigação", acrescenta a PJ, sublinhando que os detidos têm idades compreendidas entre os 29 e os 51 anos.

Presentes a primeiro interrogatório judicial, os suspeitos ficaram em prisão preventiva.

sábado, 18 de setembro de 2021

CHEFE DA PSP EM SERVIÇO FOI ASSALTADO QUANDO IA FAZER DEPÓSITO


Um chefe da PSP de Lisboa foi assaltado, na sexta-feira, quando ia depositar dinheiro do Comando Metropolitano. O polícia estava fardado e foi ferido num braço.

Ao que o JN conseguiu apurar, o polícia levaria cerca de 3 mil euros quando, pelas 14.15 horas de sexta-feira, foi assaltado por três homens munidos de uma arma branca, numa rua em Moscavide.

O PSP resistiu e acabou golpeado, sem gravidade, num braço. Os ladrões conseguiram apoderar-se do dinheiro e fugiram num carro que os aguardava.

"A PSP de imediato desenvolveu e prossegue diligências com vista à identificação dos suspeitos, sendo o ilícito comunicado à autoridade judiciária", avança um comunicado da PSP emitido este sábado à tarde.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

DETIDO GANGUE BARRICADO E ARMADO EM TERRAÇO APÓS AMEAÇAS DE RIVAIS


Doze homens foram detidos pela PSP por crimes contra a vida, resistência e coação sobre funcionário e posse de arma de fogo. O grupo armado havia-se barricado após confrontos e ameaças de rivais.

Segundo o comunicado da PSP, o grupo de indivíduos e os rivais dedicavam-se a negócios ilícitos. Os grupos ter-se-ão envolvido em confrontos, daí resultando várias ameaças.

A PSP teve conhecimento de que, na sequência das ameaças, um dos grupos se tinha barricado e posicionado estrategicamente num terraço de um bairro social de Lisboa, com coletes à prova de bala e várias armas de fogo.

A Divisão de Investigação Criminal da PSP delineou então uma estratégia de intervenção para garantir a eficácia da ação surpresa e a segurança dos intervenientes polícias.

Na passada sexta-feira, dia 27 de agosto, graças a uma "rápida e incisiva" ação dos polícias foi possível deter os 12 suspeitos, com idades entre os 17 e os 38 anos, na posse das armas de fogo.

Apreendidas 12 armas e 228 munições

Foram ainda apreendidos 5438 euros em dinheiro, 228 munições de vários calibres, 12 armas de fogo duas das quais espingardas e uma automática, sete telemóveis, três coletes à prova de bala, cinco carregadores municiados e um silenciador artesanal.

Os detidos, "todos com um amplo historial de crimes violentos, e normalmente direcionados para a esfera patrimonial, foram presentes no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, em sede de primeiro interrogatório judicial, ficando sujeitos a Termo de Identidade e Residência e alguns com apresentações periódicas", esclarece a PSP.

Estão indiciados de crimes contra a vida, resistência e coação e posse de arma de fogo.

sábado, 28 de agosto de 2021

PSP TEVE DE DISPARAR NO CAIS DO SODRÉ PARA DISPERSAR MULTIDÃO

 


A PSP teve de efetuar dois disparos de balas de borracha, na madrugada deste sábado, para dispersar milhares de pessoas que se encontravam na rua no Cais do Sodré, em Lisboa. A Polícia respondia ao arremesso de pedras de calçada e de garrafas de vidro dirigidas aos agentes.

Na noite de sexta-feira, a PSP implementou um policiamento de forte visibilidade, em conjunto com a Polícia Municipal, em zonas de diversão noturna, designadamente no Bairro Alto e Cais Sodré, "com vista ao controlo de circulação de pessoas nestas artérias e fiscalização das restrições e normas em vigor no âmbito da atual situação de contingência", referiu a Polícia.

Mas a confusão começou após o encerramentos dos estabelecimentos, quando milhares de pessoas decidiram continuar a festa na rua.

"A PSP procurou evitar os ajuntamentos entre grupos de centenas de pessoas no Cais Sodré, tendo sido recebida com o arremesso de pedras de calçada e de garrafas de vidro, e, para fazer cessar estes comportamentos desordeiros e violentos, os meios policiais procederam à dispersão das pessoas, com recurso a meios coercivos de baixa potencialidade letal, incluindo o disparo de duas munições menos letais. Desta ação resultaram ferimentos ligeiros em polícias, que não careceram de tratamento, bem como danos em material policial", sublinha a PSP em comunicado.

Três detidos

No início da operação, durante a qual foram detidas duas pessoas por roubo e uma por agredir um agente, os polícias "procederam ao condicionamento da afluência de pessoas, quando podia estar em causa o acesso de meios de socorro e o espaço de distanciamento físico, procedeu a ações de prevenção criminal e também de fiscalização, em articulação com a Policia Municipal".

No que diz respeito a infrações contraordenacionais registaram-se 10 apreensões de colunas por atividade ruidosa na via pública / produção de espetáculo sem licenciamento, duas infrações a estabelecimentos por venda de bebidas alcoólicas para o exterior em vasilhame, nove autos de consumo de álcool na via pública fora das condições admitidas por lei, dois autos por não-utilização de máscara, duas infrações de venda ambulante com apreensão de dezenas de cerveja, dois autos por funcionamento de estabelecimento fora de horas e dois por funcionamento de atividade de discoteca e respetivo encerramento.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

JOVEM ESPANCA NAMORADA ATÉ À MORTE EM HOSTEL


Um cidadão estrangeiro de 21 anos foi detido por suspeita de ter matado a namorada num hostel em Lisboa. Terá agredido violentamente a companheira que morreu no dia seguinte no hospital.

No sábado à tarde, as autoridades foram chamadas para um episódio de violência doméstica num hostel, em Arroios, Lisboa. Quando chegaram ao local, a vítima, uma cidadã estrangeira de 20 anos, já estava a ser assistida pelos bombeiros.

Segundo fonte da PSP, a jovem tinha várias lesões na cabeça e tronco. Foi alvo de manobras de reanimação e transportada para o Hospital de São José. Todavia, não resistiu aos ferimentos. Morreu no dia seguinte, domingo.

As agressões mortais terão sido causadas pelo companheiro, um homem de 21 anos que residia com ela no hostel. Há registo de, pelo menos, um episódio anterior de violência doméstica entre o casal que estaria a viver em Portugal há cerca de um ano.

A investigação ficou a cargo da Polícia Judiciária. O detido deverá ser apresentado a tribunal ainda durante esta segunda-feira.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

OBRAS DEIXAM CASAS COM PORTA A UM METRO DE ALTURA DO PASSEIO. MILITARES DE GNR TÊM DE ENTRAR PELAS TRASEIRAS


Quem passa na Calçada da Ajuda, em Lisboa, depara-se com uma situação insólita. As obras ali realizadas deixaram cinco casas com a porta a mais de um metro de altura do chão da rua e, sem degraus, é impossível aceder pela entrada principal. Os militares da GNR, quem as utiliza, têm agora de entrar pelas traseiras.

A Calçada da Ajuda esteve fechada durante um ano e meio para obras. Estas ainda não estão concluídas, mas havia urgência em abrir aquela rua. "Era muito importante conseguirmos abri-la porque o seu fecho causava transtornos na circulação de automóveis e de pessoas, ficava muito estrangulado o acesso à parte alta da freguesia. Como as casas não são para uso diário, os responsáveis pela obra decidiram que não era prioritário avançar com aquela parte", explica o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques.

Mas houve mais motivos para apressar a empreitada. Há cerca de dois meses, o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Câmara de Lisboa visitaram a nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, concluída depois de ter ficado inacabada há mais de dois séculos. Na altura, a Calçada da Ajuda ainda estava a ser intervencionada, mas, em dia de inauguração, "compôs-se a rua".

"Como a abertura contou com a presença de várias individualidades importantes, tiveram vergonha de deixar aquilo mal acabado e decidiram dar uma pintura nos rodapés, mas a obra não estava nem está concluída. Se deixassem com aparência de obra ou uma parede por pintar, toda a gente percebia que ainda se tratava de uma empreitada em curso", explica ainda Jorge Marques.

As cinco casas fazem parte da Unidade de Segurança e Honras de Estado e são usadas por militares da GNR. Duas estão a ser utilizadas neste momento, mas a GNR garante que o congestionamento não está a ter impacto porque conseguem entrar nas habitações pelas traseiras.

"As casas são usadas maioritariamente para trocar de roupa ou para os militares poderem pernoitar lá aquando da realização de um curso, e realizam-se vários cursos, naquelas instalações da GNR. Não são habitacionais, ninguém vive lá permanentemente", esclarece a GNR.

A Direção Geral do Património Cultural (DGPC) confirma que "a intervenção não está concluída" e diz que vai emendar o erro. "Falta corrigir as soleiras das portas e fazer pequenas intervenções no interior das casas para repor cotas de acesso. Estes trabalhos não têm repercussão física e formal na Calçada da Ajuda, a não ser na dimensão dos vãos, e vão ser executados em breve, sem colocar em causa o trânsito na Calçada da Ajuda", explica.

As cinco casas são propriedade do Estado, mas estão sob tutela da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), "entidade à qual foi solicitada autorização para se proceder à alteração dos vãos resultantes das novas cotas do arruamento, após a alteração do trainel da Calçada", esclarece ainda. Já a conclusão do projeto de construção do Museu do Tesouro Real na nova ala poente do Palácio Nacional da Ajuda está prevista para novembro.

Ainda segundo a DGPC "o encerramento temporário da Calçada da Ajuda estava a causar grandes constrangimentos nesta zona da cidade" e a sua reabertura "foi indispensável para repor a circulação pedonal e viária (incluindo elétrico) através desta via essencial da freguesia e da cidade, sendo aguardada ansiosamente por grande parte da população local".

A requalificação da Calçada da Ajuda custou mais de 30 milhões de euros.

sábado, 12 de junho de 2021

CÂMARA DE LISBOA ARRISCA MULTA DE 80 MILHÕES DEVIDO À PARTILHA DE DADOS


A Câmara Municipal de Lisboa (CML) terá cometido quatro violações à lei da Proteção de Dados, puníveis cada uma com uma coima até aos 20 milhões de euros.

Em declarações ao jornal Público, Elsa Veloso, advogada especialista em Privacidade e Proteção de Dados, constatou que a partilha de dados pessoais de três ativistas russos pela Câmara de Lisboa às autoridades daquele país pode custar uma multa de 80 milhões de euros.

A advogada afirmou que a autarquia lisboeta cometeu quatro violações à lei geral de Proteção de Dados, puníveis cada uma com uma coima até aos 20 milhões de euros.

Em primeiro lugar, Elsa Veloso explicou que a CML não tem base legal, como sejam “o consentimento dos titulares dos dados” ou uma “obrigação jurídica”, para o fazer. E também não cumpriu o principio das finalidades, que obriga a explicar as razões para as quais estão a ser recolhidos os dados.

No entender da advogada, a câmara liderada por Fernando Medina também não cumpriu com o principio da minimização, ou seja, podia ter transmitido menos dados, informando “apenas da manifestação sem dar a morada, nome completo e profissão dos organizadores”.

Além disso, sublinha, “não é possível transmitir dados para países fora da União Europeia que não têm acordo de adequação da lei, como é o caso da Rússia e as embaixadas são considerados territórios externos à UE”.

Por fim, a lei obriga a CML a ter um encarregado da proteção de dados. A autarquia tem esta pessoa, que “está em funções há três anos e devia ter comunicado a violação da proteção de dados em 72 horas”.

Entretanto, em declarações ao semanário Novo, o gabinete de Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, explicou que as autarquias estão obrigadas a cumprir o regime geral de proteção de dados europeu, o que significa que a CML pode mesmo ter violado essa lei ao partilhar os dados dos ativistas russos.

“Ao abrigo da lei da tutela do Estado sobre a Autarquias Locais, as autarquias não estão obrigadas a reportar ao Governo os seus procedimentos. Contudo, as autarquias, tal como todas a entidades públicas e privadas, estão obrigadas ao cumprimento do quadro legal instituído, designadamente ao Regime Geral de Proteção de Dados (RGPD), em vigor desde 25 de maio de 2018 na União Europeia e que prevalece sobre quaisquer leis nacionais.”

Segundo o jornal online Observador, este esclarecimento do Governo esvazia, em parte, as declarações do secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, que esta sexta-feira saiu em defesa de Medina, argumentando com uma “lei de 1974 totalmente desatualizada”.

“O sucedido também resulta de uma lei de 1974, totalmente desatualizada, e por isso o Governo está a trabalhar no sentido de promover uma nova proposta de projeto de lei para promover uma atualização da lei relativa ao direito de manifestação”, declarou.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados já confirmou que abriu um processo de averiguações à partilha de dados pessoais dos três ativistas.

Câmara de Lisboa também partilhou dados de ativistas com Israel, China e Venezuela.


quinta-feira, 13 de maio de 2021

GNR DETEVE GRUPO QUE SIMULAVA ACIDENTES EM ESTACIONAMENTOS PARA ENGANAR IDOSOS


A GNR deteve cinco pessoas suspeitas de vários crimes de burla, na região da Grande Lisboa. O grupo simulava acidentes em parques de estacionamento, tendo como vítimas preferenciais condutores mais velhos, a quem extorquiam centenas de euros.

"Os suspeitos escolhiam as vítimas em estacionamentos de superfícies comerciais, geralmente condutores que aparentassem idade mais avançada", informou a GNR, em comunicado.

Depois de estacionarem, as vítimas "eram abordadas pelos suspeitos, que as acusavam de terem batido nas suas viaturas enquanto faziam a manobra de estacionamento". Na sequência da conversa, "os suspeitos simulavam chamadas telefónicas para oficinas, com falsos orçamentos de 300 a 400 euros, para o suposto arranjo da viatura, levando-as a entregar o dinheiro para colmatar os danos", adiantou a GNR.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 23 e os 57 anos, são suspeitos de roubo e dano, simulação de acidentes e burlas, nas zonas de Loures e Lisboa.

No âmbito da investigação, o Comando Territorial de Lisboa, deu seguimento a 12 mandados de busca, seis domiciliárias e seis em veículos, tendo sido possível apreender diversos artigos, entre os quais, sete veículos, cinco televisões, objetos de ouro, 5770 euros em numerário e diversos documentos diversos documentos relacionados com a atividade ilícita.

Os detidos foram presentes, no dia 11 de maio, ao Tribunal Judicial de Santarém, onde foi decretada prisão preventiva para dois dos suspeitos, tendo sido aplicada aos restantes a medida de coação de apresentações periódicas em posto policial, esclarece a GNR, em comunicado, no qual refere, ainda, que a ação contou com o reforço da Unidade de Intervenção (UI) e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).

quinta-feira, 6 de maio de 2021

PADRE CONDENADO POR DESVIAR DINHEIRO DAS ESMOLAS PARA COMPRAR 19 CARROS


O padre suspeito de ter usado dinheiro de esmolas e das contas bancárias de duas paróquias na Grande Lisboa para comprar, entre outros bens, 19 carros foi condenado, esta quinta-feira, a quatro anos e meio de prisão com pena suspensa e a pagar várias indemnizações por um crime de abuso de confiança de forma agravada e de furto qualificado.

O padre António Teixeira foi esta quinta-feira condenado em tribunal por ter desviado arte sacra e esmolas da diocese de Santo Condestável, em Lisboa, para comprar carros e custear outras despesas pessoais. O arguido estava acusado pela prática de quatro crimes: um de furto qualificado, dois crimes de abuso de confiança e um de branqueamento de capitais. Foi absolvido de dois: um crime de abuso de confiança agravado respeitante à Paróquia dos Remédios de Carcavelos e de branqueamento de capitais.

Imagens de Santa Luzia, Nossa Senhora da Conceição e do menino Jesus, castiçais, salvas de prata, cálice cerimonial adornado com safiras, rubis e esmeraldas, entre outras imagens do séc. XVII estão entre as mais de 20 peças da igreja da paróquia do Santo Condestável, que António Teixeira vendeu a antiquários sem o conhecimento da diocese. O tribunal considerou que "não há qualquer dúvida que as peças de arte sacra não pertenciam ao padre, mas à paróquia de Santo Condestável", tendo condenado o arguido pela prática deste crime. "O motivo para a venda das imagens religiosas não tinha qualquer justificação na medida em que as contas das paróquias se mostravam suficientes para garantir as obras", explicou o juiz Paulo Registo.

O arguido foi ainda condenado pelo crime de abuso de confiança na forma agravada por ter feito chegar centenas de milhares de euros à sua esfera particular através de transferências bancárias com origem nas contas das fábricas das duas igrejas, por um lado, e de depósitos nas suas contas pessoais de esmolas dos fiéis, por outro. O tribunal "não encontrou justificação" para o arguido manter 20 000 euros na sua conta, nem para efetuar transferências de "30 000, 15 000, 22 000 e 25 000 euros". "O tribunal considerou que houve uma apropriação do padre destes montantes".

O padre viu ainda ser-lhe decretado o pagamento de indemnizações à igreja e aos comerciantes de antiguidades, no valor de 178 955 euros. A maior indemnização, à Fábrica da Igreja Paroquial de Santo Condestável, tem o valor de 112 965 euros.

O tribunal considerou a acusação de branqueamento de capitais "improcedente ou não provada" e absolveu o arguido da prática deste crime. O coletivo de juízes entendeu que a compra dos 19 automóveis não configurou lavagem de dinheiro.

"De acordo com a versão da acusação, a dissimulação do dinheiro prendia-se com a transferência do dinheiro de umas contas para outras contas e a aquisição dos veículos automóveis. O tribunal não efetuou a mesma leitura dos factos que foi efetuada pelo Ministério Público, ou seja, não considerou que houvesse intenção de esconder ou dissimular ou branquear o dinheiro", disse o juiz Paulo Registo na leitura da sentença.

O padre foi ainda absolvido de um crime de abuso de confiança agravado respeitante à Paróquia dos Remédios de Carcavelos. O tribunal deu como provada a transferência das contas do arguido para as contas da paróquia e desta para a conta do arguido. O tribunal considera que "esta não é uma atuação regular e há necessidade de evitar transferências de umas contas para as outras", mas não conseguiu provar que o arguido se apoderou das quantias mencionadas na acusação.

Entre 2011 e 2017

O juiz admitiu que "o tribunal teve em conta o percurso de vida e a conduta muito ativa e assertiva do arguido no sentido de resolver muitos problemas da paróquia, que afligem os paroquianos, quer em atos de cariz mais social, como o apoio a toxicodependentes e a prostitutas".

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os atos terão sido praticados entre 2011 e 2017, período em que António Teixeira administrou as paróquias de Nossa Senhora dos Remédios, em Carcavelos, Cascais (julho de 2011 a julho de 2015) e do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa (outubro de 2015 a janeiro 2017).

Em ambas, o padre terá, alegadamente, feito chegar centenas de milhares de euros à sua esfera particular, de duas formas: através de transferências bancárias com origem nas contas das fábricas das duas igrejas, por um lado, e de depósitos nas suas contas pessoais de esmolas dos fiéis, por outro. Neste caso, estarão em causa donativos em numerário no valor de 160 850 euros em Carcavelos e de 26 500 euros em Campo de Ourique.

No total, o sacerdote terá desviado quase 420 mil euros, cuja origem terá depois tentado esconder com a compra de 19 carros, de 2011 a 2017. Entre estes, estão 12 Volkswagen e três Mercedes. A quantia terá ainda sido gasta em "despesas genéricas": compras de supermercado, roupa, refeições, seguros, portagens, carregamentos de telemóvel e serviços de televisão e Internet.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

VIOLA AMIGA INCONSCIENTE DEPOIS DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DELA


Um jovem de 21 anos foi detido pela PJ por fortes indícios de um crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência. A vítima é uma amiga do suspeito que tinha ficado inconsciente na sua festa de aniversário, este mês.

Em meados deste mês, a vítima organizou, na sua residência, em Lisboa, uma festa entre amigos para celebrar o aniversário. Ficou embriagada, perdendo a capacidade de reação e acabando por adormecer.

Os convivas acabaram por abandonar a casa da vítima. Porém, o suspeito, sabendo que a anfitriã se encontrava prostrada e sem qualquer capacidade de reação, regressou à habitação e abusou sexualmente da mesma.

Devido à agressão sexual que sofreu, a jovem necessitou de ser observada em urgência hospitalar, informa a Polícia Judiciária.

O detido, de 21 anos, foi apresentado a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

HOMEM DE 60 ANOS ACUSADO DE VIOLAÇÃO IMPORTUNAVA MENORES PERTO DE ESCOLA


Um homem de 60 anos foi acusado pelo Ministério Público de Lisboa de um crime de abuso sexual de menores, dois crimes de importunação sexual e um crime de violação, na forma tentada.

Os factos ocorreram em quatro ocasiões distintas, três delas no ano 2019 e uma já em 2020, e tiveram lugar num parque público dos Olivais, relata uma nota da Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.

Segundo a acusação, o arguido abordava menores nas proximidades da escola que frequentavam, constrangendo-as nessas abordagens a manter consigo contacto físico sexual, contra as suas vontades.

Numa das ocasiões, o arguido procurou manter atos sexuais com uma vítima, tentando despi-la, o que apenas não conseguiu porque esta se debateu e fugiu.

O arguido encontra-se sujeito à medida de coação de prisão preventiva. A investigação foi dirigida pelo Ministério Público da 2.ª secção do DIAP de Lisboa.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

CADÁVER ENSANGUENTADO ENCONTRADO EM LISBOA


O cadáver de uma pessoa, com cerca de 60 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira, na via pública, junto ao bairro de Alvalade, em Lisboa. Há suspeitas de homicídio e a PJ investiga.

O cadáver foi encontrado, cerca das 10.50 horas, por uma patrulha da PSP, depois de ter sido alertada por uma pessoa que tinha visto manchas de sangue no chão. A mulher que contactou a PSP também colocou o alerta num grupo de Facebook.

Para já, existem suspeitas que a vítima tenha sido várias vezes esfaqueada e abandonada no local, onde faleceu.

No local, situado na Mata de Alvalade, junto da rua Professor Veiga Beirão, estão elementos da esquadra do Campo Grande e da Polícia Judiciária de Lisboa que estão a recolher vestígios.

A vítima já terá sido identificada pela PJ.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

INCÊNDIO EM APARTAMENTO CAUSA FERIMENTOS EM OITO MORADORES


Um incêndio num apartamento no Bairro da Boavista, em Lisboa, provocou ferimentos por inalação de fumos em oito moradores, esta noite de quinta-feira.

O prédio foi evacuado enquanto os bombeiros combateram o incêndio, dado como extinto meia hora depois do alerta. Cinco cães foram resgatados nas operações de combate às chamas.

Os feridos, sete adultos e um jovem com 15 anos, foram assistidos no local e cinco foram transportados para o Hospital São Francisco Xavier. Os restantes recusaram transporte para o hospital.

O incêndio deflagrou às 20.15 horas no terceiro andar do lote B da Rua das Acácias, naquele bairro lisboeta. Ao local acorreram os bombeiros Sapadores de Lisboa, INEM e PSP com 27 operacionais e 12 viaturas. O incêndio foi dado como extinto cerca de meia hora depois do alerta.

domingo, 3 de janeiro de 2021

SINDICATO DENUNCIA "GRAVES IRREGULARIDADES" COM CADÁVERES DE VÍTIMAS DE COVID-19

 


Os corpos de doentes que morreram de covid-19 estão a permanecer várias horas nas enfermarias do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, um atentado à dignidade de doentes e familiares, denuncia um sindicato, que pede respostas ao Governo.

"Graves irregularidades na manipulação de cadáveres de doentes COVID-19 falecidos no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) atentam contra a dignidade dos doentes com infeção por SARS-CoV-2 e seus familiares. Além das deficientes condições de trabalho já amplamente denunciadas, também esta situação mostra a falta de competência do Conselho de Administração (CA) do CHULC em assegurar resposta à pandemia em todas as suas vertentes", denuncia o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), em comunicado hoje divulgado.

O sindicato acusa o CA do centro hospitalar de não ter preparado devidamente a segunda vaga da pandemia, o que culminou no "tratamento desumano dos seus utentes, além do desprezo pelas condições de trabalho de médicos e profissionais de saúde", uma situação que o sindicato entende merecer "a maior atenção e uma pronta resposta por parte do Ministério da Saúde, que tem ignorado a situação".

De acordo com a estrutura sindical, "tem sido frequente o atraso na recolha do corpo, muito além do tolerável" e "não raramente, os cadáveres permanecem largas horas na enfermaria onde faleceram, muitas vezes ao lado de doentes internados", acrescentando ter conhecimento de que esta não é uma situação recente, a qual é do conhecimento do CA, e agravada pela "a suspensão da recolha de cadáveres durante o período noturno".

"Esta situação constitui uma violação inaceitável das boas práticas em caso de falecimento. Dela resulta uma compreensível perturbação significativa para os doentes que permanecem internados com um cadáver no quarto e uma gravíssima ausência total de dignidade na manipulação dos corpos dos doentes falecidos, mostrando uma atitude desumana para com doentes e os seus familiares", criticou o sindicato.

Acrescenta ainda que à sobrecarga que se começa a sentir nos hospitais devido ao período de festividades junta-se a falta de camas para internamento provocada pelo atraso na libertação das camas ocupadas por cadáveres, permanecendo os utentes nas urgências por um "tempo excessivo".

"O SMZS tem vindo a denunciar um conjunto de más práticas por parte do CA do CHULC, que tem mantido a assistência covid-19 e não-covid-19 dependente do recurso a trabalho extraordinário dos médicos, sem garantir o respeito pelo descanso compensatório e a contratação dos recursos humanos adequados à situação", refere ainda o comunicado.

Portugal contabiliza pelo menos 7.118 mortos associados à covid-19 em 427.254 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 07 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

O Governo decidiu manter as medidas previstas para o Natal, mas agravou as do período do Ano Novo, com recolher obrigatório a partir das 23:00 de 31 de dezembro, e a partir das 13:00 nos dias 01, 02 e 03 de janeiro.

É também proibido circular entre concelhos entre as 00:00 de 31 de dezembro e as 05:00 de 04 de janeiro.

"QUEM O AVISA" SAIBA ONDE VÃO ESTAR OS RADARES EM FEVEREIRO

QUEM O AVISA. FEVEREIRO - OPERAÇÕES DE CONTROLO DE VELOCIDADE - RADAR AVEIRO 04/fev/25   08h00   AVENIDA EUROPA . Aveiro 06/fev/25   08h00  ...