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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

RÚSSIA PROÍBE FORNECIMENTO DE PETRÓLEO AOS PAÍSES COM TETO DE PREÇO


A Rússia vai proibir, a partir de 1 de fevereiro, a venda de petróleo a países que apliquem o teto de preço fixado este mês em 60 dólares por barril pela União Europeia, G7 e Austrália.

"É proibida a entrega de petróleo e derivados russos a pessoas jurídicas estrangeiras e outras pessoas físicas" caso utilizem o preço limite, de acordo com um decreto assinado hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

O decreto especifica que esta medida está prevista para um período de cinco meses, "até 1 de julho de 2023".

Só "uma decisão especial" do próprio Vladimir Putin poderá permitir a entrega de petróleo russo a um ou mais países que aplicaram o teto de preço nas últimas semanas, indica o mesmo decreto publicado.

No início de dezembro, os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), os países do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais) e a Austrália acordaram, após meses de negociações, um limite máximo para o preço do petróleo russo para exportação em 60 dólares (cerca de 55 euros) por barril.

Na prática, apenas o petróleo vendido pela Rússia a um preço igual ou inferior a 60 dólares pode continuar a ser entregue.

Acima deste limite, as empresas ficam proibidas de prestar os serviços que permitem o transporte marítimo da matéria-prima, nomeadamente seguros.

O objetivo desta medida é privar Moscovo de receitas para financiar a intervenção militar na Ucrânia.

No entanto, o preço do barril de petróleo russo (crude dos Urais) está atualmente a rondar os 65 dólares, pouco acima do limite fixado, o que provoca um impacto limitado de curto prazo desta medida, segundo analistas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o que considera ser uma "posição fraca" dos seus aliados ocidentais nesta matéria.

Por seu lado, os dirigentes russos declararam repetidamente "não aceitar" este mecanismo, ao mesmo tempo que garantem que a medida "não terá impacto" no curso da ofensiva russa contra a Ucrânia.

Em 09 de dezembro, Vladimir Putin ameaçou o Ocidente com uma redução de produção de petróleo russo, "se necessário", criticando o que disse ser uma "decisão estúpida".

A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo e foi, em 2021, o segundo maior fornecedor desta matéria-prima para os países da UE.

Diversos líderes europeus reconhecem que 90% das exportações de petróleo da Rússia para a UE já serão interrompidas até ao final deste ano, em protesto contra a ofensiva russa na Ucrânia.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

KIEV AMEAÇA MOSCOVO COM MAIS ATAQUES EM TERRITÓRIO RUSSO


As autoridades ucranianas advertiram esta segunda-feira que não necessitam de autorização para atacar objetivos em território russo, enquanto na Rússia surgem apelos para o reforço da defesa antiaérea na retaguarda profunda numa admissão dessa capacidade militar de Kiev.

"Atacaremos onde seja necessário, onde tenhamos de atacar o inimigo, porque o inimigo está ali, desde a fronteira até Vladivostoque", declarou na televisão ucraniana o secretário do Conselho nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia (SNBO), Oleksiy Danilov.

"Não pediremos autorização a ninguém" quando estiveram em causa os interesses da Ucrânia, frisou o responsável ucraniano,

E acrescentou: "Não temos a intenção de perguntar onde e como devemos aniquilar o inimigo".

Na sequência dos ataques de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) ucranianos a aeródromos russos situados a centenas de quilómetros da fronteira ucraniana, os 'media' norte-americanos têm referido que Washington autorizou Kiev a utilizar "da forma que entender" o armamento que tem fornecido, tendo apenas exigido o respeito "pelas leis da guerra e as convenções de Genebra".

De acordo com o analista miliar russo Mikhail Khodaryonok, que tem acompanhado as capacidades do Exército ucraniano em alcançar objetivos em território russo, trata-se de uma ameaça real.

"O complexo militar industrial da Ucrânia possui todas as possibilidade e qualidades necessárias para desenvolver mísseis e 'drones' de longo alcance", apontou o analista, citado pela agência noticiosa EFE, para recordar que a Ucrânia possui empresas em Pavlodar e em Kharkiv com capacidade para fabricar mísseis Grom, com alcance até 500 quilómetros.

Uma situação que se poderá tornar mais grave para a Rússia pelo facto de estas empresas terem capacidade para aumentar o raio de ação destes projéteis.

"Não existem dificuldades insuperáveis que obstaculizem a reconversão dos Grom em mísseis de alcance médio, capazes de atingir objetivos a 1.000-5.500 quilómetros", alertou em declarações ao diário digital Gazeta.ru, citadas pela EFE.

O especialista em assuntos militares assinalou ainda que a Ucrânia poderia alcançar objetivos em território russo com mísseis de cruzeiro de fabrico soviético do tipo X-55 e X-55SM.

Segundo o perito, a este cenário junta-se a ameaça do fabrico de 'drones' ucranianos, uma possibilidade a curto prazo.

"Na exposição 'Armas e segurança 2021' realizada em Kiev foram apresentados vídeos, fotos, e anunciadas as características técnicas e táticas de um 'drone' multifuncional de assalto ACEO ONE", com um alcance de 1.500 quilómetros, recordou.

Perante estas ameaças, Mikhail Khodaryonok frisou a necessidade de reforçar a defesa antiaérea nas principais bases aéreas da parte europeia da Rússia.

Nessa perspetiva, recomendou a instalação em todos os aeródromos da aviação estratégica russa de um conjunto de mísseis antiaéreos S-400 integrado por duas divisões, uma ou duas baterias antiaéreas Pantsir-S ou Tor-M2 e artilharia antiaérea de baixo calibre para combater os 'drones' de menor dimensão.

"O mais importante, o sistema de radares nas zonas de acesso aos objetivos devem abranger todas as altitudes, em particular as baixas e extremamente baixas, para garantir a ativação oportuna das defesas antiaéreas", assinalou.

Khodaryonok também defendeu que os bombardeiros estratégicos devem ser dispersos por diversas bases aéreas para evitar maiores danos caso um ataque ucraniano consiga atingir essas instalações.

No entanto, e apesar de considerar muito pouco provável que se tornem massivos os ataques em profundidade à Rússia anunciados por Kiev, "caso os 'drones', mísseis de cruzeiro ou balísticos do inimigo não sejam intercetados pela defesa antiaérea, os danos morais deste género de ataques será mais que considerável", concluiu.

No terreno, a situação na linha da frente parece manter-se estabilizada, com as duas partes a acusarem-se mutuamente de atacar objetivos civis.

Hoje, Yaroslav Yanushevych, chefe da administração militar da região de Kherson, parcialmente recuperada pela Ucrânia, indicou que "os ocupantes russos bombardearam 57 vezes o território de Kherson".

"Zonas pacíficas da região foram atacadas com lança-foguetes múltiplos, artilharia e morteiros. Uma pessoa ficou ferida", acrescentou o representante, antes de precisar que os bombardeamentos se centraram em instalações de infraestruturas, edifícios e apartamentos.

Por sua vez, as autoridades russófonas que controlam Donetsk acusaram hoje o Exército ucraniano de ter disparado 50 projéteis de artilharia de calibre 155 milímetros contra várias localidades, e cinco projéteis Grad contra a capital da região.

Perante esta situação, o líder interino de Donetsk, Denis Pushilin, insistiu hoje que os trabalhadores da região devem começar a aderir ao trabalho à distância, decretado no domingo, e manter abertas as portas dos edifícios para que a população possa proteger-se em caso de ataque.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

sábado, 10 de dezembro de 2022

WASHINGTON DENUNCIA "PARCERIA MILITAR EM LARGA ESCALA" ENTRE RÚSSIA E IRÃO


A presidência norte-americana (Casa Branca) denunciou esta sexta-feira o reforço de uma "parceria militar em larga escala" entre Moscovo e Teerão, que em breve poderá permitir aos dois países fabricarem conjuntamente 'drones'.

Numa altura em que o Irão já fornece ao Exército russo 'drones' (aeronaves não-tripuladas) para uso na Ucrânia, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do executivo norte-americano, realçou que, em troca, a Rússia "ofereceu ao Irão um nível sem precedentes de apoio militar e técnico" e que este relacionamento está a transformar-se numa "parceria de defesa completa".

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA vincou ainda que este desenvolvimento é "prejudicial" para a Ucrânia, para os países vizinhos do Irão e para "a comunidade internacional".

Segundo os serviços de informação norte-americanos, Moscovo e Teerão planeiam em particular lançar a produção conjunta de 'drones suicidas' na Rússia, acrescentou John Kirby, sem dar mais detalhes sobre o andamento deste projeto.

O Irão pondera também vender "centenas" de mísseis balísticos à Rússia, referiu, insistindo numa informação que os norte-americanos já tinham tornado pública.

Moscovo está a preparar-se ainda, segundo Washington, para fornecer ao Irão equipamentos "sofisticados", como helicópteros, sistemas de defesa antiaérea e aeronaves de combate, disse John Kirby.

Referindo-se aos relatos de que os pilotos iranianos começaram a treinar na Rússia nos caças russos Su-35, Kirby apontou que "o Irão pode receber os aviões (de combate) no próximo ano", o que "aumentaria significativamente" as capacidades aéreas de Teerão.

A embaixadora do Reino Unido nas Nações Unidas, Barbara Woodward, também emitiu uma declaração a acusar Teerão e Moscovo: "A Rússia nega esses planos. Mas eles também negaram que iriam invadir a Ucrânia, então não acreditamos neles".

Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, por sua vez, denunciou as "transações sórdidas" entre Moscovo e Teerão.

John Kirby destacou ainda que Washington espera que o Irão "mude de rumo", assegurando que utilizará "todos os meios à disposição para expor e interromper estas atividades".

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional adiantou que os Estados Unidos vão sancionar "três entidades com sede na Rússia" particularmente ativas na "aquisição e uso de 'drones' iranianos".

Os Estados Unidos estão também a considerar "outras medidas de controlo de exportação", alegadamente para "restringir o acesso do Irão a tecnologias sensíveis".

Estas acusações dos EUA e do Reino Unido surgem horas antes de uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, centrada na questão do fornecimento de armas para ambos os lados.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia foi lançada a 24 de fevereiro e justificada por Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

RÚSSIA ADMITE QUE É VULNERÁVEL A ATAQUES NA CRIMEIA


A Rússia admitiu esta quinta-feira que é vulnerável a ataques na Crimeia, a península ucraniana que anexou em 2014, uma admissão que ocorre após vários ataques, atribuídos à Ucrânia, contra alvos russos distantes da frente de batalha.

Nos últimos dias, várias bases militares russas, incluindo duas localizadas a cerca de 500 quilómetros da Ucrânia, e até a capital russa, foram alvo de drones de ataque.

Hoje um drone foi abatido pela frota russa em Sebastopol, na Crimeia, disseram as autoridades locais, um sinal dos riscos que continuam sobre a península anexada que Kiev jurou retomar.

Esses ataques, combinados com uma série de retiradas russas na Ucrânia, parecem testemunhar o facto de que, nove meses após o início da ofensiva, a Rússia está a lutar para consolidar as suas posições, mas também para proteger as suas bases na retaguarda, longe da frente de batalha.

Na Crimeia "há riscos, porque o lado ucraniano continua a seguir a sua linha de organização de ataques terroristas", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O facto de o drone ter sido abatido "mostra que contramedidas eficazes estão a ser tomadas", disse.

A frota russa do Mar Negro, baseada no porto de Sebastopol, foi atingida no final de outubro pelo que as autoridades chamaram de ataque "massivo" de drones, que danificou pelo menos um navio.

Neste outono, a ponte que liga a península da Crimeia à Rússia foi parcialmente destruída por uma enorme explosão que Moscovo atribuiu às forças ucranianas.

É neste contexto que as autoridades instaladas por Moscovo na Crimeia anunciaram a construção de fortificações e trincheiras, sobretudo desde que as forças ucranianas tomaram parte da região de Kherson, que faz fronteira com a península, em novembro.

Com as linhas de frente correndo o risco de congelar com o inverno, os ucranianos estão a recorrer cada vez mais a drones para atacar as bases russas na retaguarda, enquanto os russos estão a bombardear as infraestruturas de energia ucranianas, deixando os civis no frio e na escuridão.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiï Reznikov, indicou que o Exército ucraniano tinha integrado "sete modelos de drones fabricados na Ucrânia" durante o mês anterior, contra apenas "um ou dois" por ano antes da ofensiva russa.

Num sinal de que as autoridades russas estão atentas à Crimeia, os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram hoje a detenção de dois residentes de Sebastopol, suspeitos de terem transmitido informações sobre alvos militares à Ucrânia.

Em comunicado, o FSB indica que um dos suspeitos foi recrutado em 2016 por Kiev e transmitiu, desde o ataque maciço do Kremlin contra a Ucrânia no final de fevereiro, "informações sobre a localização das instalações do Ministério da Defesa russo".

O Exército ucraniano aproximou-se da Crimeia graças a uma contraofensiva vitoriosa que lhe permitiu retomar a cidade estratégica de Kherson, no sul do país, em meados de novembro.

Nesta área, onde o grosso das forças dos dois campos é separado pelo rio Dnieper, a situação permanece tensa, com ataques russos regulares à cidade de Kherson.

Oleksiï Kovbassiouk, morador da região atravessa o rio apesar dos riscos e das baixas temperaturas para ajudar os habitantes presos na margem esquerda, ocupada pelos russos, a fugir.

"Já tive dois buracos de bala no meu barco", disse ele à agência noticiosa AFP.

Também hoje, o Kremlin acusou de "russofobia" a revista americana Time, que na quarta-feira nomeou o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky como personalidade do ano de 2022, bem como "o espírito ucraniano" contra Moscovo.

Embora Moscovo tenha sofrido vários reveses dolorosos desde o verão, o que forçou o Kremlin a mobilizar várias centenas de milhares de reservistas, o Presidente russo, Vladimir Putin, parece estar a preparar a opinião pública para um conflito que provavelmente durará.

A intervenção na Ucrânia é "um longo processo", reconheceu na quarta-feira, assegurando que "o aparecimento de novos territórios" que Moscovo afirma ter anexado foi um "resultado significativo para a Rússia".

O líder do Kremlin também pareceu relativizar o risco do recurso às armas nucleares. "Não enlouquecemos", disse ele, acrescentando que a arma definitiva só seria usada em caso de "retaliação".

Essas declarações foram condenadas por Washington, que qualificou de "irresponsável" essa "conversa fiada" sobre armas nucleares.

Hoje Putin participou numa rara cerimónia pública no Kremlin, de condecoração de soldados destacados na Ucrânia com a Ordem dos Heróis da Rússia.

"Quero dizer a todos que estão na linha de frente que para mim, para todos os nossos concidadãos, vocês são todos heróis", disse.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

RÚSSIA JÁ DISPAROU 16 MIL MÍSSEIS, A MAIORIA CONTRA ALVOS CIVIS


As Forças Armadas russas já lançaram 16 mil ataques com mísseis contra a Ucrânia desde o início do conflito, que começou há mais de nove meses, a maioria contra alvos civis, revelou, esta segunda-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov.

Segundo o mais recente balanço fornecido pelo responsável pela pasta de Defesa na Ucrânia, a grande maioria das ofensivas russas, pelo menos 12.300 dos ataques, teve como alvo áreas urbanas e localidades em território ucraniano.

O ministro da Defesa ucraniano sublinhou, com base nestes dados, que cerca de 97% dos ataques russos atingiram alvos civis.

De todos os ataques com mísseis, cerca de 500 foram direcionados contra instalações militares, outros 250 contra infraestruturas de transporte e mais de 220 foram direcionados contra instalações energéticas.

"A Ucrânia vencerá e levará os criminosos de guerra à justiça", referiu ainda Oleksii Reznikov, citado pela agência de notícias ucraniana UNIAN.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

PUTIN ORDENA ENVIO DE MAIS ARMAMENTO "DE QUALIDADE"AO EXÉRCITO RUSSO


O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou esta quinta-feira o fornecimento de mais armamento "de qualidade" às tropas que combatem na Ucrânia, quando se cumprem nove meses do início da campanha militar desencadeada por Moscovo.

"É importante não apenas aumentar o volume e a variedade dos fornecimentos, mas também melhorar a sua qualidade", disse Putin durante uma reunião do Conselho Coordenador destinado a garantir as necessidades das Forças Armadas.

Putin pediu a melhoria do funcionamento do mecanismo de comunicação entre os militares, os produtores e os fabricantes, com o objetivo de introduzir correções nos pedidos quando seja necessário.

"Não há necessidade de introduzir medidas extraordinárias. Mas temos de pôr em marcha um trabalho preciso, de qualidade, bem coordenado. Isso é sempre útil, mas neste caso é simplesmente necessário garantir oportunamente tudo o que seja necessário para as nossas Forças Armadas durante a operação militar especial", indicou, utilizando a designação dada pelo Kremlin à invasão da Ucrânia.

Neste sentido, considerou que os soldados no terreno devem receber o armamento e equipamento em datas e quantidades previamente determinadas.

Os serviços de informações norte-americano e britânico indicam desde há alguns meses que o Exército russo enfrenta escassez de efetivos, armamento e munições na Ucrânia.

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, considerou na quarta-feira que a Rússia enfrenta uma "penúria significativa" de munições para a sua artilharia, em grande medida devido aos problemas logísticos que enfrenta e que poderão limitar no futuro as suas operações no terreno.

Austin também garantiu que as tropas russas possuem cada vez manos mísseis de precisão e que a sua indústria de Defesa enfrenta graves dificuldades para fabricar com rapidez novo armamento teleguiado.

Diversos peritos europeus citados por diversos 'media' têm considerado que a retirada russa do terço norte da região de Kherson foi motivada, mais que o avanço do inimigo ou problemas de abastecimento, pela escassez de munições, que apenas chegariam para mais um mês de combates.

No caso dos mísseis de cruzeiro Iskander, que provocaram elevados danos na infraestrutura militar e civil ucraniana, a Rússia apenas disporia de mais 120 unidades.

Perante a impossibilidade de garantir avanços significativos no campo de batalha, o Exército russo optou por desencadear bombardeamentos massivos contra a infraestrutura energética ucraniana e quando se aproxima o inverno, com Kiev a pedir ao ocidente o urgente envio de baterias antiaéreas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

TESTE DE MÍSSIL BALÍSTICO VAI FAZER INIMIGOS DA RÚSSIA "PENSAREM DUAS VEZES"


O Exército russo anunciou, esta quarta-feira, que realizou, com sucesso, o primeiro teste de um disparo do míssil balístico intercontinental Sarmat, uma arma de nova geração e muito longo alcance que servirá, segundo o presidente Vladimir Putin, de alerta aos inimigos do país.

"Trata-se de uma arma única, que reforçará o potencial militar das nossas Forças Armadas, vai garantir a segurança da Rússia contra as ameaças externas e vai fazer aqueles que ameaçam o nosso país com uma retórica desenfreada e agressiva pensarem duas vezes", declarou Putin, após o anúncio televisivo do teste balístico. "Ressalto que na criação do Sarmat foram usados apenas conjuntos, componentes e peças de produção nacional", acrescentou.

Segundo Putin, o míssil balístico intercontinental pesado de quinta geração Sarmat é capaz de "derrotar todos os sistemas antiaéreos modernos".

Esta arma faz parte de uma série de outros mísseis apresentados em 2018 como "invisíveis" por Vladimir Putin. Entre eles estão os mísseis hipersónicos Kinjal e Avangard.

Vida vai "mudar para melhor"

Putin afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia vai alcançar os seus objetivos militares na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e isso vai permitir que as pessoas regressem às suas vidas normais.

Falando numa reunião no Kremlin destinada a promover a Rússia como uma terra de oportunidades, Putin disse que Moscovo foi forçada a iniciar uma "operação militar" na Ucrânia por causa da "tragédia" que está a ocorrer em Donbass. "Eu disse isso no início o objetivo desta operação é ajudar o nosso povo que vive em Donbass", afirmou. "Vamos agir de forma consistente e garantir que a vida se torne gradualmente normal, mude para melhor"; assegurou.

Revisão da Organização Mundial do Comércio para combater sanções "ilegais"

Putin ordenou uma revisão da posição de Moscovo dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC) para combater sanções "ilegais" impostas pela sua operação militar na Ucrânia. Segundo o líder russo, os governos ocidentais violaram as regras da OMC ao impor restrições de importação politicamente motivadas a produtos russos, como aço e outros metais.

A Rússia é um dos maiores exportadores mundiais de produtos brutos, como aço laminado. "As medidas hostis em relação aos produtores de metais da Rússia foram tomadas para atender a interesses políticos imediatos", disse Putin.

"Instruo o governo a realizar uma revisão abrangente da legitimidade das ações tomadas pelos nossos parceiros comerciais ocidentais e a preparar uma estratégia atualizada para as nossas ações dentro da Organização Mundial do Comércio", continuou.

O presidente russo instruiu ainda os ministros a encontrar formas de estimular a procura doméstica por aço russo para manter as fábricas a funcionar e preservar empregos.

sexta-feira, 4 de março de 2022

ZELENSKY ALVO DE TRÊS TENTATIVAS DE ASSASSINATO


Dois grupos de mercenários tinham instruções para eliminar o presidente e outros altos dirigentes ucranianos, mas espiões russos anti-guerra fizeram gorar os planos.

Volodymyr Zelensky foi alvo de três tentativas de assassinato na semana passada. Segundo o jornal britânico The Times, há dois grupos de mercenários no terreno com a missão de aniquilá-lo: o Wagner Group, organização paramilitar apoiada pelo Kremlin, e elementos das forças sanguinárias chechenas. As tentativas terão sido frustradas por elementos anti-guerra dos serviços de inteligência russa.

Citando uma fonte próxima do Wagner Group, o jornal adianta que os mercenários não só sofreram pesadas baixas como foram surpreendidos pela rapidez e precisão com que os homens de Zelensky anteciparam os seus movimentos. Uma das tentativas aconteceu no sábado, nos arredores de Kiev, e resultou na eliminação de um grupo de assassinos chechenos.

Oleksiy Danilov, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, afirmou aos canais televisivos nacionais que a informação sobre o plano para matar Zelensky partiu de vários agentes do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (sucessor dos serviços secretos da antiga União Soviética, KGB) que "não querem fazer parte desta guerra sangrenta". "Graças a isso, o grupo de elite de Kadyrov (presidente da Chechénia) foi eliminado quando veio para cá para matar o nosso presidente", acrescentou.

Poucos dias após o início da invasão da Ucrânia pelo exército russo, já corriam notícias na Imprensa internacional de que Moscovo tinha dado ordens aos grupos de assassinos com vista a assegurar uma vitória clara. A operação tinha por base uma lista com os nomes de 24 figuras a eliminar em poucos dias, com Zelensky à cabeça.

No dia 28, o jornal "The Times" dava conta da presença de pelo menos 400 homens em Kiev com ordens para matar o presidente e os membros do Governo. Pertencem ao Wagner Group e viajaram para a capital a partir de África há cinco semanas. "Basta um deles ter sorte e todos vamos para casa com uma recompensa", disse a fonte próxima da organização.

O Warner Group está associado a uma série de conflitos, desde a guerra na Síria aos confrontos na região ucraniana de Donbass, nos anos de 2014 e 2015, tendo neste caso ajudado as forças separatistas à autoproclamação da independência de Donetsk e Lugansk, que Vladimir Putin reconheceu dias antes da mais recente invasão à Ucrânia.

Acusado de crimes de guerra, o grupo e vários dos seus membros, incluindo o fundador, Dmitry Uktin, seguem a ideologia neonazi. Uktin atribuiu-lhe o nome em referência a Richard Wagner, tido como o compositor preferido de Hitler. Outra fonte citada pelo jornal britânico, desta feita do meio diplomático, avançou que a força de elite russa Spetsnaz estaria mais bem preparada do que estes mercenários para levar a cabo a missão de assassinar os altos dirigentes ucranianos, só que seria mais difícil ocultar a ligação dos crimes ao Kremlin.

Os militares chechenos incluídos nestas tentativas de assassinato são conhecidos por serem uns impiedosos sanguinários e a sua presença na Ucrânia tem sido relatada nos últimos dias. Inclusivamente, fontes oficiais do país disseram que mataram Magomed Tushayev, o homem à frente desse exército, no sábado passado, num combate no norte de Kiev. Informação que o presidente da Chechénia negou.

No passado, Tushayev foi acusado de matar chechenos da comunidade LGBT.

terça-feira, 20 de abril de 2021

PRESIDENTE FILIPINO DIZ QUE NÃO HESITARÁ EM ENVIAR NAVIOS DE GUERRA AO MAR DA CHINA


O presidente filipino, Rodrigo Duterte, afirmou que não hesitará em mobilizar navios de guerra no Mar da China para a reivindicação de seu país sobre as potenciais reservas de petróleo na área em disputa, em particular com o gigante asiático.

"Não me importam muito os conflitos pela pesca. Não acredito que existam peixes suficientes para justificar uma disputa", afirmou Duterte.

"Mas quando começarmos a perfurar, quando começarmos a recuperar o que o Mar da China tem em suas entranhas, nosso petróleo, então neste momento vou mobilizar meus navios para respaldar a reivindicação", disse.

O presidente das Filipinas, no entanto, destacou a vontade de "continuar sendo amigo da China e compartilhar o que existe".

Duterte, que depois de chegar ao poder em 2016 se aproximou da China, é criticado por sua passividade ante a presença chinesa na região.

A tensão aumentou no mês passado, quando foram detectados centenas de navios chineses perto do disputado recife de Whitsun, que os filipinos chamam de recife Julián Felipe, na área das ilhas Spratly, cuja soberania é reivindicada por vários países, incluindo China e Filipinas.

Pequim, que reivindica a quase totalidade do Mar da China Meridional, rico em recursos naturais, se recusou durante semanas a retirar os navios que, segundo Manila, entraram ilegalmente em sua zona econômica exclusiva.

A China afirmou que eram embarcações que se refugiaram do mau tempo.

Os navios da Marinha das Filipinas organizaram "patrulhas de soberania" na região.

A China afirma ter sido o primeiro país a descobrir e dar nome às ilhas do Mar da China.

A Corte Permanente de Arbitragem (CPA), tribunal com sede em Haia, decidiu em 2016 a favor das Filipinas, ao afirmar que a China não tem um direito histórico sobre este mar estratégico.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

SEIS COMBATENTES MORTOS NA SÍRIA POR MÍSSEIS LANÇADOS POR ISRAEL


Ao menos seis combatente pró-Irã morreram nesta sexta-feira em um ataque de mísseis lançados por Israel contra suas posições na província de Hama, oeste da Síria.

Os combatentes mortos na região de Masyaf são todos paramilitares estrangeiros que lutam ao lado das forças do presidente Bashar al-Assad, afirmou o diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

Os mísseis atingiram posições de milícias apoiadas pelo Irã em Masyaf e um centro de pesquisas do regime sírio.

O exército israelense afirmou que não comenta notícias da mídia estrangeira.

De acordo com governo dos Estados Unidos, o centro atingido pelo ataque fabricaria gás sarin, uma afirmação desmentida pelas autoridades sírias, que repetem que o país não tem armas químicas.

A agência estatal síria informou que a defesa aérea síria intercetou mísseis lançados por Israel contra a província de Hama. 

"Nossa defesa aérea intercetou um ataque sobre a região de Maysaf", na província de Hama, fundamentalmente rural, afirmou a a agência.

A TV pública síria divulgou imagens em que aparecia, segundo ela, a força aérea respondendo ao ataque israelense.

No Líbano foram ouvidos aviões de guerra israelenses sobrevoando o país  vizinho à Síria - pouco antes dos bombardeios, constataram correspondentes da AFP.

Israel realizou centenas de bombardeios na Síria desde que começou a guerra civil, em 2011, contra forças iranianas, forças do movimento xiita Hezbollah e tropas do governo sírio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ESTAMOS EM RISCO DE UMA NOVA GUERRA MUNDIAL ALERTA O CHEFE DO EXÉRCITO BRITÂNICO

 


A actual incerteza mundial e a aguda crise económica por causa da pandemia do coronavírus podem provocar uma nova guerra mundial, alerta o chefe das forças armadas britânicas. Segundo o general Nick Carter, a escalada de tensões regionais é um terreno fértil para erros de cálculo que nos colocam mais perto de um conflito generalizado.

“Penso que vivemos num momento em que o mundo é um lugar cheio de incertezas e ansiedades e, claro, com a dinâmica da concorrência global que faz parte das nossas vidas, acho que o verdadeiro risco, com tantos conflitos regionais a acontecer neste momento, podemos assistir a uma escalada que resulte em erros de cálculo”, disse o chefe das Forças de Defesa em entrevista à Sky News.

Questionado sobre se acreditava mesmo que havia um verdadeiro perigo de uma nova guerra mundial, o general Carter respondeu: “O que estou a dizer é que o risco existe e temos de estar conscientes desses riscos”.

O chefe das Forças Armadas britânicas desde 2018 sublinhou que é sempre importante lembrar os riscos, “porque quando nos esquecemos do horror da guerra, o maior risco é que as pessoas pensem que a guerra é uma coisa razoável para fazer”.

“Temos de nos lembrar que a história pode não se repetir, mas tem um ritmo e olhando para trás, para o último século, antes das duas guerras, penso que é indiscutível que havia uma escalada que levou a erros de cálculo que redundaram, no fim, numa guerra de uma escala que esperamos nunca mais ver”, acrescentou o general.



"QUEM O AVISA" SAIBA ONDE VÃO ESTAR OS RADARES EM FEVEREIRO

QUEM O AVISA. FEVEREIRO - OPERAÇÕES DE CONTROLO DE VELOCIDADE - RADAR AVEIRO 04/fev/25   08h00   AVENIDA EUROPA . Aveiro 06/fev/25   08h00  ...