Anúncio é da diretora da Organização Mundial de Saúde para África, Matshidiso Moeti.
Por outro lado, chama a atenção, "estamos já a assistir a um aumento de novos casos na África Austral, com um aumento de 48% de novos casos de infeção na última semana, em comparação com a semana anterior".
Esta tendência sucede a um período de 18 semanas de declínio sustentado de novos casos, com uma ligeira curva ascende apenas na África do Sul.
"Sabemos que a vacina é a nossa melhor proteção, mas enquanto muitos países desenvolvidos apresentam taxas de vacinação na ordem dos 60%, apenas pouco mais de 7% da população africana se encontra com a vacinação completa, apesar do aumento recente da receção de vacinas pelo continente", volta a sublinhar a responsável.
A conferência de imprensa desta semana teve como foco o estado de vacinação entre os profissionais de saúde no continente, a grande maioria dos quais não se encontra vacinada, estando, por conseguinte, exposta à infeção severa de covid-19.
"Isto coloca em causa não apenas a saúde destes funcionários como dos pacientes ao seu cuidado", sublinha Moeti.
Os dados da OMS, com base em informação recolhida em 25 países africanos, apontam para que apenas pouco mais de 1 em 4 funcionários de saúde (27%) estão totalmente protegidos.
Este número difere da taxa de proteção acima dos 80% no caso dos funcionários de saúde em países com economias mais desenvolvidas, ilustra a diretora regional da OMS.
"À medida que o continente ultrapassa os constrangimentos no acesso às vacinas, é crucial que estes problemas sejam solucionados", sublinha.
O mau registo na vacinação dos funcionários de saúde é parcialmente atribuído ao mau funcionamento dos sistemas, em especial nas áreas rurais.
"A desconfiança em relação às vacinas é também um desafio a ultrapassar. Estudos recentes concluíram que apenas 40% dos funcionários de saúde tinham a intenção de ser vacinados no Gana, e menos de 50% na Etiópia", exemplifica Matshidiso Moeti.
A preocupação sobre a segurança das vacinas e sobre os efeitos secundários foram identificadas como as principais razões de hesitação.
1 comentário:
Digam o que disserem não acredito que o ser humano se vá ver livre da Pandemia nos (muitos) anos mais próximos. Vacina-se e logo a seguir surge uma nova variante e a vacina já não controla. Estamos perdidos.
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Feliz fim-de-semana. Abraço e/ou beijinho.
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