O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse, esta quinta-feira, que se dependesse de si não haveria Carnaval no Brasil em 2022 devido à pandemia de covid-19.
"Por mim, não teria Carnaval, só que tem um detalhe, quem decide não sou eu. Segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), quem decide são governadores e prefeitos. Não me quero aprofundar nessa que poderia ser nova polémica", disse Bolsonaro numa entrevista à rádio Sociedade da Bahia.
Questionado sobre uma possível nova onda de infeções pelo coronavírus que causa a doença covid-19 no Brasil, país onde os índices de mortes e novos casos provocados pela doença têm caído nos últimos meses devido à grande adesão da população às vacinas, o Presidente brasileiro respondeu afirmativamente.
"Outra onda, sim, está vindo. Não sei se outra cepa (estirpe) e vírus ou se acabou validade da vacina, os problemas estão aí. É uma realidade que temos que enfrentar, não adianta se esconder nem culpar ninguém por essa tragédia", afirmou Bolsonaro.
Embora se declare contra a realização do Carnaval, que gera muitas divisas ao país com turismo interno e externo em cidades importantes como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, capital da Bahia, o Presidente brasileiro continua a dizer ser contra medidas restritivas de circulação na pandemia.
"Estou vendo que alguns países da Europa, sim, estão retomando medidas de lockdown. Se tivermos outro lockdown em estados e municípios pelo Brasil, vão quebrar a economia de vez em nosso país. Essa é nossa preocupação", concluiu.
Mais de 60 cidades do interior e do litoral de São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, já anunciaram o cancelamento dos eventos públicos de Carnaval por causa da pandemia. Este ano não houve celebrações oficiais do Carnaval no país.
A diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, disse, na última terça-feira, que o mundo vive uma quarta onda de casos de covid-19 e fez um alerta sobre o Carnaval no Brasil.
O Brasil já registou mais de 613 mil mortes e pelo menos 22 milhões de infeções por covid-19 desde o início da pandemia.
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