A União Europeia admite a criação de um passaporte covid-19, um documento que evite as quarentenas para cidadãos a circular na Europa.
O primeiro-ministro, António Costa, rejeitou a expressão "passaporte sanitário" e adiantou que a União Europeia (UE) está a ponderar a criação de "um documento que ajude a dispensar a realização de quarentenas" a quem viajar pelo espaço europeu, particularmente no verão.
Pode ser um documento que prove "a vacinação das pessoas, a imunidade natural por ter tido a doença ou a realização de um teste com um resultado negativo", explicou António Costa, em declarações após o fim da reunião do Conselho Europeu, que versou duas linhas de preocupação, uma da defesa e outra do combate à covid-19.
A chanceler alemã, Angela Merkel, tinha afirmado, quinta-feira, que os parceiros europeus se preparavam para instaurar "para o verão" um passaporte de vacinação do novo coronavírus que poderia tornar "possíveis" as viagens no interior do espaço da UE.
Em conferência de imprensa que se seguiu à reunião virtual de líderes da União Europeia (UE), a chanceler explicou que todos os países da União estão de acordo com o desenvolvimento de um sistema que permita compatibilizar os diversos passaportes de vacinação que estão a ser elaborados pelos 27 Estados-membros.
Esta sexta-feira, António Costa confirmou essa intenção, de criar um chamado "documento verde" que permita a circulação de cidadãos dos estados-membros no espaço europeu.
Os líderes europeus acordaram, ainda, a criação de um mecanismo conjunto que permita detetar identificar novas variantes de covid-19. "Um esforço articulado de cooperação entre as diferentes entidades de investigação e autoridade de saúde dos diferentes estados-membros", disse António Costa.
"Um passo muito importante", segundo António Costa. "Fundamental para que todos estejam prevenidos para o aparecimento de novas variantes", acrescentou o primeiro-ministro de Portugal, o país que preside, atualmente, a União Europeia.
Não há pedidos de russos ou chineses para aprovar vacinas na Europa
Questionado pelos jornalistas, Costa disse que, até agora, não chegou à Agência Europeia do Medicamento (EMA) qualquer pedido de aprovação de vacinas russas ou chinesas.
"A Agência Europeia do Medicamento está naturalmente apta para, de forma não discriminatória, qualquer pedido de avaliação de vacina que lhe seja pedida", disse António Costa, revelando que "há processos neste momento em curso que estão em análise na EMA e que até já foram aprovadas por outras instituições".
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