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terça-feira, 1 de novembro de 2022

GRANDE ASTEROIDE DETETADO NO CAMINHO DA TERRA É "POTENCIALMENTE PERIGOSO"


Um asteroide de cerca de 1,5 quilómetros de tamanho foi detetado, pela primeira vez, na proximidade da Terra, anunciaram na segunda-feira cientistas.

O asteroide, denominado 2022 AP7, "está no caminho da Terra, o que o torna num asteroide potencialmente perigoso", disse um astrónomo do Instituto Carnegie para a Ciência, Scott Sheppard.

A ameaça não é imediata, uma vez que se encontra "muito longe" da Terra, mesmo ao atravessar a órbita do planeta, sublinhou.

Mas, como qualquer asteroide, a trajetória vai ser lentamente modificada devido às forças gravitacionais exercidas sobre ele, nomeadamente pelos planetas, o que torna qualquer previsão a longo prazo muito difícil, adiantou o cientista.

Este é o "maior objeto potencialmente perigoso descoberto nos últimos oito anos", de acordo com um comunicado de imprensa do NOIRLab norte-americano, que opera vários observatórios.

Este asteroide próximo da Terra leva cinco anos a circundar o Sol, e está agora a vários milhões de quilómetros da Terra, no ponto mais próximo.

O risco é portanto hipotético, mas, em caso de colisão, um asteroide deste tamanho teria "um impacto devastador na vida tal como a conhecemos", explicou Scott Sheppard.

A poeira lançada para a atmosfera bloquearia a luz solar, arrefecendo o planeta e causando uma extinção em massa.

A descoberta foi feita através do telescópio Victor M. Blanco, no Chile, com os resultados publicados na revista científica The Astronomical Journal.

Cerca de 30 mil asteroides de todos os tamanhos, incluindo mais de 850 a medir um quilómetro ou mais, foram catalogados nas proximidades da Terra, sem que nenhum represente uma ameaça para o planeta durante os próximos 100 anos.

De acordo com Scott Sheppard, existem "entre 20 e 50" grandes Objetos Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) por detetar.

"A maioria deles está em órbitas que tornam a deteção difícil", acrescentou.

Para se preparar para uma descoberta mais grave, a agência espacial norte-americana NASA realizou uma missão de teste no final de setembro: uma nave espacial foi lançada contra um asteroide não perigoso, provando ser possível alterar a trajetória.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

RÚSSIA TESTA MÍSSIL EM SATÉLITE E AMEAÇA ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL


A Rússia destruiu um satélite com o teste de um míssil. Os destroços, espalhados a alta velocidade, ameaçaram os astronautas da Estação Espacial Internacional, que se refugiaram nos "salva-vidas" espaciais.

A Rússia testou um míssil e apontou a um satélite antigo a vaguear em desuso pelo espaço. O sucesso da experiência resultou na destruição do engenho, espalhando milhares de pedaços e obrigando os astronautas da Estação Espacial Internacional (EEI) a procurar refúgio.

A velocidade as que os estilhaços viajam pode destruir as paredes da EEI. Confrontados com o teste russo, os astronautas refugiaram-se nas cápsulas que os transportaram até à estação, que funcionam como um "bote salva-vidas" cósmico atracado à EEI, que orbita atualmente a cerca de 260 quilómetros da Terra, com sete astronautas: quatro americanos, um alemão e dois russos.

"Com um longa e documentada história na exploração espacial, é impensável que a Rússia tenho colocado em risco a vida não só de americanos e parceiros internacionais da EEI, mas também os próprios cosmonautas russos", disse Bill Nelson, administrador da agência espacial norte-americana, NASA.

A Roscosmos, agência espacial russa, minimizou o incidente. "A órbita dos objetos, que forçaram a tripulação a refugiar-se no interior da nave espacial, de acordo com procedimentos normais, deslocou-se para lá da EEI. A estação está livre de perigo".

A experiência deixou também em risco os astronautas a bordo da estação especial chinesa, Tiangong3, ou "Palácio Celeste 3", que recebeu, em julho, os primeiros "taikonautas", termo com origem na palavra chinesa "taikong", que significa cosmos ou espaço, usado para definir os cosmonautas chineses.

O Departamento de Estado dos EUA considerou "imprudente" o teste russo, que destruiu o Kosmos-1408. O satélite espião, de uma tonelada, foi lançado em 1982 e estava desativado há muitos anos.

"O teste gerou, até ao momento, 1500 pedaços de destroços orbitais rastreáveis e centenas de milhares de partículas mais pequenas que agora ameaçam os interesses de todas as nações", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

"Os destroços resultantes deste teste vão manter-se em órbita, deixando satélites e voos espaciais tripulados em risco anos a fio", observou o secretário da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace. A Rússia "demonstrou um completo desrespeito pela segurança e sustentabilidade do espaço", acrescentou aquele governante britânico, citado pela BBC.

"Um atitude "irresponsável e perigosa" que expõe as "enganosas e hipócritas afirmações da Rússia quando diz opor-se à presença de armas no espaço", consideram os americanos. "Vamos trabalhar com os nossos aliados para encontrar uma resposta à irresponsabilidade dos russos", acrescentou Ned Price.

domingo, 24 de outubro de 2021

TURISMO ESPACIAL É UM LUXO QUE PODE SAIR CARO AO PLANETA TERRA


Três milionários levaram, este ano, civis em passeios que vulgarizaram. Impacto do turismo espacial divide especialistas. Beneficiamos de avanços tecnológicos desenvolvidos para foguetões, mas há quem chame a atenção para a poluição que os voos implicam.

Abrir o espaço ao viajante comum é o objetivo do turismo espacial, um fenómeno com cada vez maior relevância mediática. Num ano histórico, os multimilionários Jeff Bezos, Richard Branson e Elon Musk levaram várias pessoas ao espaço em seis voos.

Há quem acredite que as viagens que ultrapassam a Linha Karman, a fronteira espacial que se localiza a 100 quilómetros da Terra, são "apenas uma face" de uma revolução mais alargada e que pode trazer uma série de benefícios que nem todos reconhecem no dia a dia. Mas há também vozes críticas que se ouvem nas mais diversas frentes.

Uma das mais recentes foi a do príncipe William, que disse, à BBC, que os empreendedores deveriam focar-se em salvar o planeta. Antes, Bill Gates considerou, no programa de televisão da CBS "The Late Late Show", que ainda há "muito que fazer na Terra". Até na área da astronomia há quem fale do fenómeno com hesitação. Como o astrofísico britânico Martin Rees que, num artigo de opinião no "The National News", afirma que "o espaço não oferece uma saída para todos os problemas da Terra", lembrando que "não existe um planeta B".

Mónica Truninger, socióloga no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde também estuda o turismo espacial, diz que os voos espaciais estão a poluir as camadas mais pristinas da atmosfera da Terra, uma vez que o aumento dos lançamentos agrava a poluição atmosférica ao ponto de agravar o buraco da camada de ozono.

A "nova moda", como refere a presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia, Maria Amélia Martins-Loução, "acarreta gastos movidos apenas pela vaidade, quando esse montante poderia ser usado para famílias no limiar da pobreza, gastos de energia de combustíveis fósseis quando há metas internacionais a cumprir e aumenta o lixo.

"É como acender charutos a notas de mil"

Além disso, as tecnologias podem ser usadas para objetivos geoestratégicos. "Não são inócuas nem apolíticas. O uso da tecnologia tem sempre um lado perverso. Podem ser colocadas ao serviço do complexo industrial militar para ações de militarização e armamento", continua Mónica Truninger.

LAZER ESTAPAFÚRDIO

"É como acender charutos a notas de mil", considera Luísa Schmidt, investigadora de Sociologia do Ambiente no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. "É um turismo de tal modo exorbitante em termos de custos que parece uma obscena brincadeira daqueles milionários. É quase uma obscenidade estar a ver cá em baixo na Terra. Não é necessário, nem é aceitável", afirma, acrescentando que a exploração do espaço deve ser feita apenas por cientistas e não como forma de lazer.

Numa altura em que um bilhete para o espaço pode custar até 500 mil dólares, a especialista acusa os milionários de criarem um novo mercado para os "hiper-ricos" e de não estarem interessados em aumentar o conhecimento. "Parece-me mais uma coisa de lazer estapafúrdico do que algo que contribua para o bem da humanidade", conclui.

O astrónomo Miguel Gonçalves acusa os críticos de terem um "pensamento demasiado populista, demasiado estreito e desconhecedor daquilo que é a tecnologia espacial". Segundo o apresentador do programa da RTP "A Última Fronteira", todos os dias, usamos objetos e técnicas que surgiram ou tiveram melhorias graças à tecnologia espacial. "Sempre que há um evento ou um veículo disruptor da área da exploração ou da tecnologia aeroespacial, traz benefícios que a sociedade em geral desconhece", explica.

Muitos sistemas de travões usados nos carros surgiram da tecnologia dos vaivéns, que também permitiu melhorar os combustíveis "mais amigos do ambiente do que há umas décadas". Da mesma forma, as tecnologias de segurança dos tripulantes poderão ter repercussão naquilo que é a segurança automóvel.

"Permite colocar satélites que indicam os locais onde ainda é possível investir e ter melhores colheitas"

Na vertente científica, a vulgarização destes voos pode permitir que, dentro das cápsulas, possam ser levadas experiências que, de outra forma, não teriam como chegar ao espaço e que podem contribuir para a área da farmacêutica e da medicina.

"ESTÁ A MATAR A FOME"

Apesar de serem "missões algo lúdicas", permitem estudar os efeitos da microgravidade no corpo de "um leque mais alargado e diversificado de pessoas do que os ultrasselecionados e saudáveis astronautas", explica Rui Moura, engenheiro geólogo e professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Com mais lançamentos, também pode ser reforçado o sistema de satélites, fundamental para as tecnologias de comunicação terrestre e com provadas implicações científicas, como a deteção de problemas e anomalias na atmosfera ou na superfície terrestre. "Investir no espaço está a matar a fome de milhares. E a permitir colocar satélites que indicam aos povos onde está a água que pode ser extraída no subsolo, onde estão os locais onde ainda é possível investir e ter melhores colheitas", enumera.

Para Rui Moura, só com o turismo espacial é possível "tornar os voos um modelo de negócio que permita sustentar um meio mais económico de lançamento para o bem da ciência e de todos". Mónica Truninger, por seu lado, acredita que "esperar por esse desenvolvimento é demasiado arriscado e inconsciente", uma vez que a "urgência climática não dá tréguas".

Os especialistas são unânimes ao considerarem o muito que há a fazer pela Terra. Para Rui Moura, é preciso fomentar o conhecimento e arranjar soluções energéticas sustentáveis para distribuição equilibrada e socialmente justa para todos.

Luísa Schmidt, além do combate às alterações climáticas, às desigualdades e à pobreza, propõe que os milionários deveriam pagar mais impostos, para que o dinheiro fosse investido na exploração do conhecimento sobre o fundo do mar. Já Maria Amélia Martins-Loução diz ser preciso tornar mais eficiente a produção de alimento, financiar medidas de restauro ecológico de áreas degradadas e de conservação da biodiversidade e aumentar os reservatórios de dióxido de carbono.

500 mil dólares

Uma viagem suborbital pode custar 500 mil dólares. Os custos anunciados inicialmente, de 250 mil dólares, subiram em virtude da procura.

Críticas antigas

Nos lançamentos das missões Apollo, houve manifestações contra o dinheiro usado na exploração espacial.

Experiência lusa

Uma experiência científica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto vai ao espaço na New Shepard, da Blue Origin, em 2022.


Nome: Richard Branson

Data: 11 de Julho

No início deste ano, a Virgin Galactic, de Richard Branson, lançou um avião espacial até à borda do espaço por duas vezes, em maio e julho. O milionário britânico de 70 anos foi um dos tripulantes.


Nome: Jeff Bezos

Data: 20 de Julho

Em julho, a Blue Origin levou Jeff Bezos e três outras pessoas à Linha Karman. Em outubro, o foguetão fez do ator William Shatner, o capitão Kirk de "Star Trek", a pessoa mais velha a ir ao espaço.


Nome: Elon Musk

Data: 15 de Setembro

A SpaceX, de Elon Musk, voou na chamada missão "Inspiration 4" e transportou quatro astronautas amadores para a órbita, onde permaneceram durante três dias dentro da nave espacial Dragon.

domingo, 11 de julho de 2021

VIDEO: A VIAGEM DE RICHARD BRANSON AO ESPAÇO


A missão foi transmitida em directo na internet. Viagem ao espaço demorou cerca de uma hora e levou seis tripulantes.

O SpaceShipTwo da Virgin Galactic já aterrou no SpacePort America, no Novo México, depois de ter viajado até ao limite do espaço este domingo. A viagem histórica foi bem-sucedida e, depois de o avião foguete ter largado a nave-mãe, o bilionário Richard Branson e outros cinco passageiros chegaram a sentir gravidade zero durante aproximadamente quatro minutos. No fim da viagem, o bilionário sorriu e aplaudiu.

A nave levou os seis tripulantes para um voo suborbital a 85,9 quilómetros de altitude, acima do que a NASA considera ser o limite do espaço. Após hora e meia de atraso devido às condições meteorológicas, o avião espacial da Virgin descolou perto das 8h40 (15h40 em Lisboa). A viagem de regresso culminou cerca das 9h40 (16h40 em Lisboa).

Desde que a nave deixou o solo até ao momento em que pousou novamente nele, a viagem de Richard Branson durou uma hora.​ O lançamento do foguetão VSS Unity foi a quarta missão tripulada além da atmosfera terrestre, mas a primeira com passageiros.

“É um lindo dia para ir para o espaço”, escreveu no Twitter Richard Branson, de 70 anos, que viveu a aventura mais ousada face ao desejo antigo de voar no espaço, publicando ainda uma foto com o colega bilionário e rival do turismo espacial Elon Musk. Branson, que levou consigo outros cinco funcionários da Virgin Galactic Holding Inc, tem divulgado a viagem como o princípio de uma nova era no turismo espacial, com a empresa determinada a começar as viagens comerciais no próximo ano. E já terá centenas de passageiros ricos com reservas de bilhetes que custam cerca de 250 mil dólares (cerca de 210 mil euros).

O papel oficial de Branson neste voo foi o de avaliar “a experiência do astronauta privado” e melhorar a viagem de futuros clientes. Juntou-se a uma tripulação que inclui Beth Moses, instrutora principal da Galactic, Colin Bennett, engenheiro de operações principal, e Sirisha Bandla, vice-presidente de assuntos governamentais. Os dois pilotos foram Dave Mackay e Michael Masucci.  O fundador da Virgin esteve para não realizar este voo até ao final do verão, mas trocou de ideias assim que o bilionário Jeff Bezos, fundador da gigante tecnológica Amazon, programou embarcar na primeira viagem ao espaço da Blue Origin em 20 de Julho, coincidindo com o 52.º aniversário da chegada de Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua.

Mercado lucrativo 

Este é um mercado que pode valer milhares de milhões, mas primeiro é crucial demonstrar a segurança das viagens. Um protótipo mais antigo da nave da Virgin Galactic caiu no deserto californiano em 2014, causado a morte do piloto e assustando potenciais clientes. A participação de Branson, de 71 anos, no voo desta tarde condiz com a imagem que gosta de cultivar, de aventureiro e explorador. Mas tem outra curiosidade, a antecipação em relação ao seu rival Jeff Bezos, fundador da Amazon e da empresa Blue Origin, que também tenciona viajar até ao espaço ainda este mês no que já foi descrita como a corrida espacial dos bilionários.

Ao contrário das viagens espaciais tradicionais, em que os astronautas circulam pela Terra e flutuam no espaço por dias, os voos da Virgin Galactic são viagens curtas, para cima e para baixo. Mas a nave irá percorrer mais de 50 milhas acima da Terra, algo que o governo dos EUA considera marcar a fronteira do espaço sideral. Na aventura do turismo espacial destaca-se ainda mais um concorrente, o empresário Elon Musk que tem investido milhares de milhões de dólares neste negócio de levar pessoas ao espaço. A viagem foi anunciada poucos dias depois de a Virgin Galactic ter recebido luz verde do regulador de segurança aérea dos EUA, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), para levar as pessoas ao espaço.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

ASTRONAUTA ITALIANA VAI SER A PRIMEIRA MULHER EUROPEIA A COMANDAR ESTAÇÃO ESPACIAL


A astronauta italiana ​​​​​​​Samantha Cristoforetti será em 2022 a primeira mulher europeia a comandar a Estação Espacial Internacional (EEI), anunciou esta sexta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo um comunicado da ESA, trata-se da segunda missão da astronauta na EEI ao serviço da ESA e "a sua experiência levará a tornar-se na primeira mulher europeia a comandar a Estação".

A ESA adianta que o papel atribuído a Samantha Cristoforetti que seguirá para a EEI em 2022 a bordo de uma nave da SpaceX com os astronautas norte-americanos Kjell Lindgren e Bob Hines resulta de um "acordo de princípio" estabelecido em 19 de maio pelos cinco parceiros da EEI (as agências espaciais europeia, americana, russa, japonesa e canadiana).

A data exata de lançamento da missão ainda está por definir.

Samantha Cristoforetti, de 44 anos, faz parte do corpo ativo de sete astronautas da ESA e é a única mulher, tendo sido selecionada na campanha de recrutamento de 2008-2009.

"Espero usar a minha experiência no espaço e na Terra para liderar uma equipa particularmente brilhante em órbita", afirmou a astronauta italiana, citada pela ESA, num comentário à sua nomeação como comandante da Estação Espacial Internacional em 2022.

Antes de Samantha Cristoforetti, a EEI apenas teve como comandantes quatro astronautas europeus, todos homens. O belga Frank De Winne foi o primeiro, em 2009.

A ESA tem em curso uma nova campanha de recrutamento de astronautas, com a qual pretende aumentar o número de mulheres no espaço e ter um efetivo reforçado para futuras missões à Lua ou mesmo a Marte.

Estão abertas vagas para quatro a seis astronautas permanentes e para 20 astronautas de reserva, incluindo pela primeira vez um astronauta com alguma deficiência física. O processo para a apresentação de candidaturas termina em 18 de junho e os "eleitos" deverão ser conhecidos em outubro do próximo ano.

A Estação Espacial Internacional é um laboratório científico e a "casa" de astronautas na órbita da Terra, de onde está a uma altitude de cerca de 400 quilómetros.

Samantha Cristoforetti foi a primeira pessoa a fazer um café expresso com "vista" para o planeta, na EEI, onde esteve pela primeira vez entre 2014 e 2015 (cerca de seis meses).

quinta-feira, 11 de março de 2021

ATIVIDADE VULCÂNICA EM PLANETA EXTRASSOLAR ESTÁ A FORMAR NOVA ATMOSFERA


Astrónomos detetaram indícios de atividade vulcânica num planeta extrassolar que estará na origem da formação de uma nova atmosfera, divulgou esta quinta-feira a Agência Espacial Europeia, que opera o telescópio Hubble, com que foram feitas as observações.

O planeta GJ 1132b, que tem densidade, tamanho e idade semelhantes à Terra, orbita muito próximo uma estrela anã vermelha e perdeu rapidamente a sua atmosfera primária, constituída por hélio e hidrogénio, quando era um planeta gasoso.

Em muito pouco tempo, o planeta tornou-se rochoso e está a formar uma nova atmosfera, que substitui a anterior, rica em hidrogénio, cianeto de hidrogénio, metano e amoníaco.

Os astrónomos teorizam que o hidrogénio da primeira atmosfera "foi absorvido pelo manto de magma derretido do planeta" e que agora está a ser lentamente libertado pela atividade vulcânica para formar uma nova atmosfera.

Para o astroquímico Paul Rimmer, da universidade britânica de Cambridge, que participou no estudo, "esta segunda atmosfera vem do interior do planeta", pelo que "é uma janela para a geologia de outro mundo".

A equipa científica atribui ao aquecimento das marés o facto de o manto do planeta se manter o quente suficiente para permanecer líquido durante muito tempo e alimentar a atividade vulcânica.

O aquecimento das marés, fenómeno que acontece em Io, uma das luas de Júpiter, ocorre por atrito, quando a energia da órbita e da rotação de um planeta ou lua é dissipada sob a forma de calor no interior do planeta ou lua.

No caso do planeta GJ 1132b, existe pelo menos um outro planeta no mesmo sistema estelar que exerce sobre ele uma atração gravitacional.

Os resultados do estudo serão publicados na revista da especialidade The Astronomical Journal.

domingo, 24 de janeiro de 2021

SPACE X LANÇA 143 SATÉLITES E CINZAS HUMANAS NUM FOGUETE


A SpaceX enviou, este domingo, um recorde de 143 satélites num único foguete, como parte do novo programa de carga partilhada entre empresas a um custo mais baixo, entre as quais a funerária Celestis, que mandou cápsulas de cinzas humanas.

A denominada missão Transporter-1, a partir de Cabo Canaveral, deu hoje início ao programa de redução de custos SmallSat Rideshare, segundo o qual um pequeno satélite de uma empresa pode viajar até ao espaço em outras naves espaciais em vez de comprar um foguete completo a um preço muito mais elevado.

O preço por enviar 200 quilos de carga para uma órbita heliossíncrona é de um milhão de dólares (cerca de 821 mil euros, à taxa de câmbio atual).

Depois da tentativa fracassada no sábado, devido a más condições meteorológicas, a SpaceX lançou hoje com êxito o foguete Falcon 9 com 133 satélites pequenos, entre eles um contentor cheio de restos humanos cremados da Celestis, e 10 mais do programa Starlink Internet da empresa.

O recorde anterior foi registado há quatro anos, com o foguete PSLV da Índia, com 104 satélites.

A missão Transporter-1 acontece a quatro dias depois do lançamento de mais 60 satélites da rede Starlink da SpaceX, com os quais a empresa pretende fornecer Internet de alta velocidade em qualquer parte do mundo.

O objetivo da SpaceX é colocar 1584 satélites na órbita terrestre a 549 quilómetros acima da Terra, uma distância menor que a habitual para estes dispositivos comerciais.

A SpaceX foi fundada em 2002 pelo empresário Elon Musk, presidente executivo da Tesla.

MORREU PINTO DA COSTA, O PRESIDENTE MAIS TITULADO DO MUNDO

                               Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado aos 87 anos. Foi presidente do FC Porto por mais de 40 anos, ten...