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quarta-feira, 16 de novembro de 2022

ESPANCADOS E ELETROCUTADOS. DESCOBERTA SALA DE TORTURA RUSSA EM KHERSON


As autoridades ucranianas revelaram ter encontrado uma sala de tortura num centro de detenção juvenil, em Kherson, onde dezenas de homens terão sido detidos, eletrocutados, espancados e alguns deles mortos.

A reconquista da cidade de Kherson significa liberdade para os sobreviventes e deixa a olho nu os horrores cometidos pelas tropas de Moscovo ao longo de oito meses de invasão.

Segundo as autoridades ucranianas, os soldados russos apoderaram-se de um centro de detenção juvenil, em meados de março, e transformaram-no numa prisão para todos aqueles que se recusaram a colaborar com a Rússia ou que foram acusados de atividade partidária a favor da Ucrânia.

Alguns ucranianos, que viviam perto das instalações, contaram ao jornal "The Guardian" que começaram a ouvir gritos seis semanas depois de terem visto os soldados russos a tomarem o edifício. As testemunhas disseram ainda que começaram a ver pessoas a chegarem ao local com sacos na cabeça e alguns corpos a serem retirados.

"Eram espancados, completamente desorientados", disse Ira, dona de um quiosque instalado perto do centro de detenção. "Eles vinham aqui, pediam indicações e nós dávamos-lhes dinheiro para o autocarro", acrescentou.

As testemunhas afirmaram ainda que nunca viram os rostos dos homens responsáveis pelo centro, porque usavam balaclavas e estavam vestidos de preto da cabeça aos pés.

Espancados e torturados

Vitaliy Serdiuk, reformado, foi levado para o centro de detenção em agosto. Foi espancado durante quatro dias porque o filho era soldado ao serviço no exército ucraniano. Até hoje, a sua mulher, Elena, admite nunca mais ter saído de casa com medo de represálias.

Já Zhenia Dremo, programador, foi levado para o centro de detenção, por não ter cigarros para dar aos soldados russos, ao ser abordado num posto de controlo.

"Eles só me bateram um pouco, tive sorte, mas os meus companheiros de cela foram fortemente espancados", confessou. De acordo com relatos do ucraniano, os soldados russos "prenderam uma vara elétrica aos testículos [de um colega de cela] e a outra ao pénis". Depois, durante duas horas, Dremo foi obrigado a assistir e a ouvi-lo gritar. "Até hoje tenho pesadelos", acrescentou.

Durante o tempo que esteve detido, o programador só viu as oito pessoas com quem partilhava cela, apesar de mudarem regularmente. Zhenia Dremo conta ainda que ouviu que havia 23 celas naquele edifício, sugerindo que cerca de 180 pessoas podem ter estado no centro de detenção em algum momento do domínio russo.

"Havia também mulheres lá", indicou. "Havia pelo menos duas celas femininas. Tínhamos uma amiga, Anna, que estava lá dentro. Ela não foi violada, mas eles raparam-lhe a cabeça", afirmou.

A retirada das forças russas de Kherson, a única capital regional que as tropas de Moscovo conseguiram controlar, ocorreu seis semanas depois de Vladimir Putin ter anexado a região e três outras províncias ucranianas, prometendo que estas regiões permaneceriam russas para sempre.



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