Novo relatório da ONU revela que os programas de armamento nuclear da Coreia do Norte estão a ser financiados por milhões de criptomoedas roubadas em ataques informáticos.
Segundo as descobertas dos investigadores, entre 2020 e 2021, através de ciberataques foram roubados mais de 44 milhões de euros em ativos digitais, que são, neste momento, uma "importante fonte de receitas" para o programa nuclear e de mísseis balísticos de Pyongyang. Alguns deles atingiram pelo menos três bolsas de criptomoedas na América do Norte, Europa e Ásia.
A Coreia do Norte, que havia sido sancionada e proibida em 2006 pelo Conselho de Segurança da ONU de realizar testes nucleares e lançar mísseis balísticos, continua, no entanto, a fazê-lo e a "procurar material, tecnologia e 'know-how' para estes programas no exterior, nomeadamente através de meios cibernéticos e de pesquisas científicas conjuntas".
Durante um ano, Pyongyang "demonstrou uma maior capacidade de lançamento rápido, alta mobilidade (inclusive no mar) e uma maior resiliência dos seus mísseis", destaca o relatório.
Depois de, na sexta-feira, os Estados Unidos, comunicarem que os norte-coreanos teriam realizado pelo menos nove testes no último mês, este domingo, anunciaram que o seu representante especial na Coreia do Norte se irá reunir com as autoridades japonesas e sul-coreanas no final desta semana para discutir a situação.
O relatório menciona ainda que situação humanitária na Coreia do Norte continua a piorar e isso dever-se-á, muito provavelmente, ao resultado da decisão do país em fechar as suas fronteiras durante a pandemia. A escassez de informações da Coreia do Norte dificulta a perceção da influência e do transtorno causado pelas sanções internacionais na vida da população.
Sem comentários:
Enviar um comentário