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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

VÁRIOS MORTOS EM EXPLOSÕES NAS IMEDIAÇÕES DO AEROPORTO DE CABUL


Um ataque suicida matou, esta quinta-feira, pelo menos 27 pessoas, entre as quais militares americanos, nas imediações do aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Há dezenas de feridos.

Poucas horas depois do aviso de ameaça terrorista emitido pelos EUA, Reino Unido e Austrália, duas explosões junto ao aeroporto de Cabul fizeram, pelo menos, 27 mortos, confirmou o Pentágono. Ainda assim, de acordo com as últimas informações da BBC, o número deverá ser bastante superior, chegando aos 60.

Os EUA já confirmaram que o atentado matou militares americanos. Num comunicado partilhado no Twitter pelo porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, John Kirby, o Pentágono descreve o ataque como "hediondo", endereçando condolências às famílias dos militares mortos em serviço.

O embaixador dos EUA em Cabul afirmou que quatro fuzileiros americanos morreram e três ficaram feridos numa das explosões, segundo o Washington Post.

A ONG italiana Emergency avançou, também no Twitter, que cerca de "60 pessoas feridas no ataque ao aeroporto" chegaram ao seu hospital, na capital afegã.

O ataque terá sido causado por um bombista suicida. A imprensa internacional dá ainda conta de que ocorreu minutos depois de os talibãs terem disparado contra um avião italiano que descolava de Cabul. Um dos portões de entrada do aeroporto (Abbey) foi atingido pela explosão. Trata-se de um dos portões que foram fechados após os avisos de ameaça terrorista.

Inicialmente foi avançada apenas uma explosão, mas o Ministério da Defesa da Turquia explicou que foram registadas duas, informação entretanto confirmada pelo Pentágono. A segunda ocorreu junto ao Baron Hotel, perto do portão Abbey.

O Ministério da Defesa confirmou que os quatro militares portugueses em Cabul estão bem.

Em declarações à RTP na quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, adiantou que os quatro militares estão a trabalhar "dentro do aeroporto", por não existirem condições para saírem do local, tendo como missão "ajudar" os indivíduos que constam nas listas prioritárias a "entrar dentro do aeroporto e a passar para os aviões".

"É uma missão de risco, com certeza que é, porque toda a situação é uma situação extremamente delicada e difícil. Os nossos militares estão preparados e treinados para isso, com todas as qualidades necessárias para desempenhar bem a sua missão", afirmou Gomes Cravinho na altura.

Talibãs "condenam veemente" o atentado

Numa publicação no Twitter, o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, garantiu que o grupo "condena veementemente" o ataque no aeroporto de Cabul, "cuja segurança está nas mãos das forças americanas".

Mujahid frisou ainda que o Emirado Islâmico está a prestar "muita atenção à segurança e proteção do seu povo".

As primeiras fotografias após o atentado foram partilhadas nas redes sociais pelo jornalista Barzan Sadiq, que avançou logo que havia militares americanos entre as vítimas.

"Morreu-me nos braços. Tinha cinco anos"

Um intérprete afegão que trabalhou com as forças americanas testemunhou o caos causado pelas explosões junto ao aeroporto. Num cenário repleto de pessoas feridas, deitadas no chão, "Carl", nome utilizado pela CBS News, viu uma menina de cinco anos ferida, pegou nela ao colo e tentou salvá-la.

"Levei-a para o hospital mas morreu-me nos braços", lamentou. "Isto é de partir o coração. O que está a acontecer é de partir o coração, este país inteiro desintegrou-se", afirmou.

Esta quarta-feira à noite, EUA, Reino Unido e Austrália apelaram aos cidadãos para saírem do aeroporto de Cabul devido a "ameaças terroristas", quando milhares de pessoas continuam a tentar fugir do país.

Os três países emitiram avisos simultâneos. As pessoas que se encontram no aeroporto sobretudo "nas entradas leste e norte devem sair imediatamente", disse o Departamento de Estado norte-americano, citando "ameaças à segurança". A diplomacia australiana alertou para uma "ameaça muito elevada de ataque terrorista", enquanto Londres emitiu um aviso semelhante.

"Se estiver na área do aeroporto, deixe-o para um lugar seguro e aguarde instruções adicionais. Se for capaz de sair do Afeganistão em segurança por outros meios, faça-o imediatamente", indicou o Governo britânico.

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