Pintou o cabelo, colocou uns óculos grandes e vestiu-se como uma rapariga de 13 anos. A mãe de uma jovem que frequenta o 7.º ano fez-se passar pela filha e foi para a escola. O objetivo era denunciar as falhas de segurança que existem nas escolas públicas dos Estados Unidos.
Para Casey Garcia, tratou-se de uma “experiência social”: entrou na escola dando apenas número de identificação da filha e frequentou várias aulas durante o dia. Nos vídeos que foi gravando ao longo do dia, Garcia que usava uma máscara de proteção contra a covid-19 mostra as interações que teve nos corredores, durante as aulas e, até com o diretor da escola.
Os professores trataram-na como se fosse a sua filha e os colegas deram-lhe indicações para encontrar as salas de aula certas.
Pela hora e almoço, ainda ninguém tinha identificado que a estudante que respondia por Julie nome da filha era, na verdade, a mãe.
Acabou por ser identificada durante a última aula do dia. À CNN, Casey Garcia conta que o professor pediu para lhe falar no final da aula, lhe disse que ela não era Julie e a encaminhou para o gabinete do diretor.
“Eu fiquei porque ninguém se apercebeu que eu lá estava. Esse é o problema”, afirma Garcia.
Dias depois, a polícia foi a casa da mulher para a deter. Foi acusada dos crimes de invasão de propriedade e adulteração de registos governamentais.
O momento foi também gravado e partilhado nas redes sociais.
A direção da escola, situada perto da cidade de El Pazo, no estado norte-americano do Texas, emitiu uma nota a informar a comunidade escolar de que “houve uma quebra na segurança” do estabelecimento.
“Quero garantir-vos que a nossas medidas de segurança estão a ser revistas e avaliadas”, pode ainda ler-se na nota citada pela CNN.
Segundo os advogados de Casey Garcia, a “experiência social” mostrou que “qualquer Tom, Dick ou Harry pode entrar numa escola pública e passar o dia todo sem ser detetado”.
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