O Governo já sabia que a Câmara Municipal de Lisboa tinha enviado dados pessoais de ativistas russos à embaixada russa. A denúncia é feita pelos próprios ativistas: apontam que a queixa que fizeram devido à prática da autarquia foi enviada há três meses para o Ministério da Administração Interna e para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Depois de descobrirem que as suas informações pessoais (nome, morada, número de telemóvel) tinham sido partilhados pela CML com a diplomacia russa, os cidadãos enviaram uma queixa, a 18 de março, para estes dois ministérios, para a Comissão Nacional de Proteção de Dados, e também para o Gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Segundo explica a RTP, a CML foi a única entidade que respondeu, mais de um mês depois do envio da queixa. A autarquia informou os ativistas de que tinham pedido à embaixada russa para apagar os dados em questão.
Confrontando pela RTP, o Ministério da Administração Interna disse apenas que a queixa foi enviada às entidades com competência na matéria, mas não refere quais eram essas entidades. Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu ao canal público que até agora ainda não encontrou qualquer registo do e-mail com a exposição da queixa. Acontece que o e-mail foi, de facto, enviado para a secretaria-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, pelas 18h21 do dia 18 de março.
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