A pesca da sardinha vai arrancar 15 dias mais cedo este ano. As duas datas em cima da mesa são 13 ou 17 de maio.
A quota está, por agora, fixada em 10 mil toneladas até 31 de julho, mas a expectativa é que possa ultrapassar as 20 mil, quase duplicando as capacidades de captura de 2020. É preciso recuar a 2013 para ver valores tão altos.
"Vem aí uma nova avaliação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), mas, pelo que temos visto, houve uma boa recuperação do recurso, para qual houve sacrifícios grandes do setor, mas que tiveram bons resultados. As expectativas são positivas", afirmou, esta manhã, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, à margem da inauguração do novo polo da marina da Póvoa de Varzim.
Com 10 mil toneladas para pescar até 31 de julho (em 2020, foram 6300), pescadores e tutela acordaram já, explicou, antecipar em 15 dias o início da faina, que se iniciará a 13 ou a 17 de maio e não a 1 de junho, como aconteceu em 2020.
Contas feitas e sabendo-se que o valor fixado a partir de 1 de agosto é, habitualmente, igual ou maior ao estipulado para o período até 31 de julho, a quota da sardinha poderá, este ano, atingir ou mesmo ultrapassar as 20 mil toneladas.
Em queda livre desde 2010, a quota da sardinha atingiu, em 2018, o mínimo histórico de 7,9 mil toneladas. Em 2020, ficou-se pelas 12.705 toneladas, bem abaixo das pretensões dos pescadores, que reclamavam um aumento maior face aos "excelentes resultados" dos cruzeiros científicos. Em novembro, o último cruzeiro científico IBERAS0920, concluía que, desde 2005, que não nascia tanta sardinha na costa ocidental da Península Ibérica. O stock cresceu 66% entre 2019 e 2020.
Do lado das organizações do setor pediam-se 30 mil toneladas para 2021. A quota não deverá chegar a tanto, mas é muito provável que ultrapasse as 20 mil toneladas, valores que o setor já não via desde 2013.
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