Um doente com covid-19 foi supostamente assassinado esta quinta-feira num hospital de Atenas pelo companheiro de quarto numa unidade de cuidados intensivos, depois de este, aparentemente, ter desligado o ventilador que assegurava as funções respiratórias para acabar com o ruído.
A vítima mortal, de 76 anos, foi encontrada morta de manhã por enfermeiros do Hospital da Cruz Vermelha de Atenas, dedicado exclusivamente a pacientes infetados com o novo coronavírus.
Os enfermeiros, depois de confirmarem o óbito, chamaram a polícia por se terem apercebido de sinais de sabotagem nos cabos do ventilador que assegurava a respiração da vítima.
A polícia acabou por deter o homem, um cidadão albanês de 60 anos, que estava internado no mesmo quarto e cujas impressões digitais foram encontradas nos equipamentos de ventilação.
Embora o suspeito não tenha confessado o crime, a polícia admite que a razão principal passe pelo facto de o ruído produzido pelas máquinas o ter incomodado, levando-o a desligar o equipamento.
Segundo a imprensa grega, o suspeito, que continua hospitalizado para tratamento apesar de detido, tem antecedentes criminais por agressões físicas e esteve envolvido num caso de assédio sexual a menores em 2019.
Na Grécia, existem atualmente 776 pacientes em unidades de cuidados intensivos, o maior número desde o início da pandemia.
No último mês, a pressão sobre os hospitais gregos tem vindo a aumentar, sobretudo nas unidades de cuidados intensivos de Atenas, onde a situação pandémica está mais gravosa.
Desde o início da pandemia, a Grécia acumulou 288.230 casos de covid-19 e 8680 mortes.
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