
Chenglong Li, um empresário chinês, foi condenado, esta quinta-feira, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a 25 anos de prisão, pelo homicídio de António Gonçalves, que morreu carbonizado, em 2019, no incêndio do prédio onde vivia, na Rua de Alexandre Braga, que terá sido ordenado pelo empresário.
O tribunal absolveu os portugueses Alberto Abreu, Nuno Marques e Hugo Tavares do crime de homicídio, condenando-os a nove meses de prisão pelo crime de extorsão na forma tentada.
A mulher do empresário, Wen Ni, estava apenas acusada do crime de branqueamento de capitais e foi ilibada em tribunal.
Os cinco estavam acusados dos crimes de homicídio, homicídio tentado, extorsão, incêndio e branqueamento de capitais.
Tudo começou dezembro de 2016, quando Chenglong Li comprou o número 100 da Rua Alexandre Braga por 645 mil euros com o objetivo de revender o imóvel rapidamente e com a maior margem de lucro. E, em novembro de 2018, celebrou um contrato-promessa para vender o edifício por 1,2 milhões de euros.
Esbarrou na família de Maria Mendes Oliveira (que morreu recentemente), que se recusou a sair do prédio, onde residia há cerca de meio século. Apesar das ofertas do empresário, a moradora, à data com 80 anos, e os seus três filhos não quiseram sair.
Após uma primeira tentativa falhada, em fevereiro de 2019, os comparsas do empresário lograram incendiar o edifício, um mês depois, provocando a morte de António Gonçalves.
Foram detidos em junho desse ano pela Polícia Judiciária.
Sem comentários:
Enviar um comentário