
Geneticista britânica preocupada com a falta de eficácia das vacinas perante as mutações da variante de Kent.
A variante do novo coronavírus detetada pela primeira vez na região britânica de Kent está a preocupar os cientistas porque tem grande probabilidade de se tornar a dominante e pode prejudicar a proteção dada pelas vacinas contra a covid-19.
A responsável do programa de vigilância genética do Reino Unido, Sharon Peacock, acredita que a variante Kent "vai dominar o mundo com toda a probabilidade".
Esta variante registada pela primeira vez em setembro de 2020 no sudeste da Inglaterra, já foi detetada em mais de 50 países. A sua rápida propagação nos meses seguintes foi determinante para as novas restrições impostas no Reino Unido em janeiro. Vários outros países europeus implementaram também medidas restritivas à circulação de pessoas.
A diretora do consórcio COVID-19 Genomics UK, que faz sequenciação e análise do genoma do SARS-CoV-2, refere à BBC que as vacinas até agora foram eficazes contra as variantes no Reino Unido, mas receia que as mutações venham a diminuir ou anular a eficácia das vacinas.
"O que é preocupante nesta variante é que já circula há meses está a começar novamente a sofrer mutações o que podem afetar a eficácia das vacinas".
TRÊS PRINCIPAIS VARIANTES QUE PREOCUPAM OS CIENTISTAS
- A variante sul-africana - 20I/501Y.V2 ou B.1.351
- A variante britânica ou Kent - 20I/501Y.V1 iu B.1.1.7
- A variante brasileira - P.1
A variante britânica é mais infecciosa mas não necessariamente mais letal para os seres humanos.
Os cientistas fazem a sequenciação destas variantes, como o Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa.
VACINAS QUE GARANTEM PROTEÇÃO CONTRA A VARIANTE BRITÂNICA
Os responsáveis pelo desenvolvimento de duas das vacinas contra a covid-19 -e fizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford - afirmam que os seus medicamentos são eficazes contra a variante britânica.
Quanto à variante sul-africana, as vacinas já produzidas têm menor eficácia, tendo a África do Sul já decidido que não utiliza a da AstraZeneca.
PORTUGAL COM 14.718 MORTOS E MAIS DE 774 MIL CASOS DE INFEÇÃO
Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza um total de 14.718 mortes e 774.889 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Na quarta-feira foram registadas mais 161 mortes e 4.387 novos casos de covid-19, segundo o balanço diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O pico da terceira vaga da pandemia de covid-19 foi atingido em Portugal a 29 de janeiro com 1.669 casos cumulativos a 14 dias por 100 mil habitantes, estando o país agora numa "tendência decrescente", segundo o especialista André Peralta, da Direção-Geral de Saúde (DGS).
MAIS DE 2,3 MILHÕES DE MORTOS NO MUNDO
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os países mais afetados continuam a ser os Estados Unidos, o México, a Índia Brasil .
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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