O coordenador da "Task Force" para a elaboração do "Plano de Vacinação contra a covid-19 em Portugal", Francisco Ramos, renunciou, terça-feira, ao cargo, por irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da Comissão Executiva.
O funcionamento da Task Force mantém-se assegurado pelos restantes membros do núcleo de coordenação, revela o Ministério da Saúde. Francisco Ramos era o presidente da Comissão Executiva do Hospital da Cruz Vermelha desde dezembro.
"Ao tomar conhecimento de irregularidades no processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde do Hospital da Cruz Vermelha, do qual sou Presidente da Comissão Executiva, considero que não se reúnem as condições para me manter no cargo de coordenador da task force para a elaboração do Plano de Vacinação Contra a COVID-19 em Portugal. Assim, apresentei ontem, dia 2 de fevereiro de 2021, à Senhora Ministra da Saúde, a renúncia ao cargo", escreve Francisco Ramos num e-mail enviado às redações.
O despacho que determina a criação da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 foi publicado a 26 de novembro do ano passado e Francisco Ramos foi nomeado para a sua coordenação.
Este despacho designava Francisco Ramos como coordenador da 'task force', prevendo um núcleo de coordenação composto por elementos do Ministério da Defesa Nacional, Ministério da Administração Interna, Direção-Geral da Saúde e Autoridade Nacional do Medicamento.
A 16 de dezembro de 2020, o Hospital da Cruz Vermelha elegeu em assembleia-geral o novo Conselho de Administração, integrando dois ex-secretários de Estado da Saúde, Francisco Ramos e Manuel Teixeira, que entraram em funções de imediato.
A assembleia-geral do Hospital da Cruz Vermelha, realizou-se no seguimento da compra pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) de 55% do capital da Sociedade Gestora do Hospital da Cruz Vermelha, formalizada na segunda-feira.
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