As conclusões são de um documento que analisa a evolução orçamental da companhia aérea no ano passado, realizado pela UTAO.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) considera que o financiamento de 1.200 milhões de euros do Estado à TAP “comporta um elevado risco de perda de capital para os contribuintes”. Não só por causa da pandemia, mas também devido às dificuldades económicas estruturais do grupo.
O documento que analisa a evolução orçamental do ano passado realça que a TAP “já apresentava prejuízos antes da pandemia” e que as restrições à mobilidade, para combater a covid-19, apenas precipitaram o pedido de apoio ao Estado português.
Os técnicos da UTAO consideram que a injeção de 1.200 milhões de euros não é um encargo temporário e que não servirão apenas para mitigar os efeitos da pandemia. A necessidade de apoio financeiro do Estado vai repetir-se durante um período ainda indeterminado de anos.
No ano passado, a ajuda à TAP valeu quase tanto como as quatro maiores medidas de apoio covid-19 ao emprego e a manutenção da atividade económica. Em 2021, as necessidades de financiamento à TAP podem chegar aos 900 milhões de euros e será o Estado a apoiar, seja por empréstimo direto ou através de garantia. O apoio só acontecerá depois da Comissão Europeia aprovar o plano de restruturação da companhia aérea.
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