Joana Lima intermediou reuniões entre investidores interessados na OMNI.
Os investidores brasileiros que queriam comprar a companhia aérea proprietária do avião apanhado com droga no Brasil - a OMNI - receberam a ajuda da deputada socialista Joana Lima para terem uma reunião com a Parvalorem.
O voo carregado de droga, que transportou João Loureiro entre S. Paulo e Salvador, voava para o Brasil com frequência. Só desde outubro esteje no Brasil três vezes: a informação de voo consultada pela SIC indica que o Falcon de matrícula CS-DTP esteve em S. Paulo em outubro, em dezembro voou para Salvador e em janeiro voltou a S. Paulo, daí voou para Salvador.
O Falcon de três motores é propriedade da OMNI - uma firma do grupo empresrial que José Roquette, ex-presidente do Sporting, e Dias Loureiro venderam à Sociedade Lusa de Negócios - a dona do BPN, por 58 milhões de euros no ano 2000. Com o colapso do BPN, a OMNI está agora a cargo da Parvalorem - a sociedade criada pelo Estado para gerir os ativos do banco.
É aqui que entra Joana Lima, deputada do PS e ex-presidente da Câmara da Trofa. Escreve o Correio da Manhã que Joana Lima, a pedido de alguém que não quer identificar, ajudou empresários brasileiros a reunirem-se com a Parvalorem para agilizar a venda da empresa.
A deputada confirmou à SIC que o fez, convencida de que estava a ajudar um investimento em Portugal. Não consegue precisar se houve uma ou duas reuniões, que julga terem acontecido em setembro ou outubro do ano passado.
"Enquanto deputados, nós ajudamos as empresas. Procurei apenas o interesse público, desbloquear processos e arranjar reuniões. É para isso que somos eleitos", disse.
A Parvalorem recusou a proposta porque, de acordo com o CM, a empresa recusou libertar os avales pessoais dos donos da OMNI, porque duvidava do pagamento de 17 milhões de euros.
No Brasil e em Portugal prossegue a investigação à apreensão de 578 kg de cocaína escondida nos locais mais invulgares na fuselagem do Falcon.
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