Mais de 500 animais, entre veados e javalis, foram mortos na passada semana, numa montaria na Quinta da Torre Bela, no concelho da Azambuja. O abate, divulgado nas redes sociais pelos caçadores, gerou uma onda de indignação e levou políticos e ambientalistas a criticarem a situação.
A notícia foi avançada pelo jornal online "Fundamental", que adianta que a montaria – ato de caçar - foi levada a cabo por cerca de 16 caçadores que abateram 540 animais.
"Conseguimos de novo! 540 animais com 16 caçadores em Portugal, um recorde numa super montaria", diz na publicação nas redes sociais, citada pelo jornal. Esta ação não terá sido do conhecimento das autoridades locais.
A publicação foi acompanhada de várias imagens que mostram os animais estendidos no chão, mortos.
Num comunicado, a autarquia da Azambuja esclareceu que não foi informada sobre esta montaria e que "só tomou conhecimento da mesma através das redes sociais". Adiantou ainda que a autorização para caça no local tem de ser dada pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
A autarquia já avançou com "uma comunicação" ao ICNF e ao Ministério da Agricultura, para que "estas entidades verifiquem a legalidade" desta situação.
As críticas
O PAN recorreu às redes sociais para criticar a situação, apelando à "regulamentação apertada" para o setor da caça.
"Matar por regozijo e desporto é desumano", disse a direção nacional do Partido Pessoas Animais e Natureza, adiantando que vão questionar as entidades competentes para exigir responsabilidades pelo acontecido.
Também o PSD da Azambuja reagiu no Facebook, onde exigiu garantias da preservação animal.
A Juventude Socialista da Azambuja condenou a "chacina":
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