
Esta segunda-feira, a Jerónimo Martins Polska, que detém os supermercados Biedronka e é líder do retalho alimentar na Polónia, foi acusada de ter lucrado mais de 135 milhões de euros ao longo dos últimos três anos. Esta prática, de acordo com autoridade polaca da concorrência, terá afetado mais de 200 empresas, a maior parte das quais fornecedores de frutas e vegetais. Nesse sentido, o regulador decidiu aplicar uma multa de 723 milhões de zlotys (cerca de 160 milhões de euros).
Em reação, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CMVM) a retalhista diz que “não acolhe a decisão”, por considerar que esta “é tendenciosa, carece de fundamentos jurídicos e factuais e, portanto, é injusta e imerecida“. Neste contexto, a Jerónimo Martins diz que esta decisão revela “uma compreensão errónea da natureza do negócio e da dinâmica das negociações inerentes”, mencionando que os descontos mencionados pelo regulador polaco “é, na realidade, previamente acordado entre as partes e aplicado à faturação do período definido”.
Assim, a retalhista defende que os negócios da Biedronka foram sempre pautados por serem “transparentes e justos”, tendo por isso “confiança que os tribunais polacos tratarão deste caso com objetividade e imparcialidade e que será feita justiça”. Por fim, a Jerónimo Martins lamenta “profundamente que esta decisão injusta, e a agressividade na forma e no conteúdo do seu anúncio, surjam num momento marcado por circunstâncias particularmente desafiantes, numa altura em que a Biedronka está na linha da frente de apoio aos consumidores num esforço comum da luta contra a pandemia, contribuindo para fortalecer a economia polaca”, lê-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário