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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

DOENTES COM REAÇÕES ALÉRGICAS ADVERSAS VÃO SER VACINADOS NOS HOSPITAIS


Os alérgicos com reações anafiláticas prévias a medicamentos (incluindo vacinas) ou a alimentos vão ser vacinados contra a covid-19 nos hospitais. De acordo com a norma publicada esta quarta-feira pela Direção Geral de Saúde relativa à campanha de vacinação, quem sofrer de uma doença aguda grave, com ou sem febre, terá de aguardar até à sua recuperação completa para ser vacinado para se evitar a sobreposição de sintomas com eventuais efeitos adversos à vacina.

O esquema vacinal será de duas doses com intervalo mínimo de 21 dias e só pode ser completado com uma dose de vacina da mesma marca. "Em caso de reação anafilática prévia a medicamentos (incluindo vacinas) ou alimentos - a vacinação deve ser realizada em meio hospitalar e por indicação do médico assistente", lê-se na norma publicada na página na Internet da DGS.

Os doentes com suspeita de reação alérgica à vacina irão ser referenciados pelos "serviços de imunoalergologia de acordo com a rede de referenciação hospitalar em imunoalergologia", com caráter prioritário.

As pessoas com sintomas compatíveis com covid-19 não se devem dirigir aos pontos de vacinação e devem entrar em contacto com o SNS 24.

No caso das grávidas, não existindo estudos sobre a administração da vacina durante a gravidez, a norma prevê que possam ser vacinadas por prescrição do médico assistente.

A vacinação contra a covid-19 é voluntária mas sendo "fundamental para a proteção da saúde pública e para o controlo da pandemia é fortemente recomendada", sublinha a DGS, que especifica que os jovens com 16 ou 17 anos que se apresentem para a vacinação "devidamente informados" dão o seu consentimento, ou seja, sem ser obrigatória a autorização dos pais por serem menores.

Reações adversas

"As reações adversas muito comuns são ligeiras ou moderadas em intensidade e resolvidos alguns dias após vacinação: dor no local da injeção, fadiga, cefaleias, mialgia e calafrios" são alguns dos sintomas apontados na norma pela DGS, que frisa que esses efeitos "podem ser menos intensos com a idade". Náuseas também podem ser comuns. Já insónias, mal-estar e prurido no local da injeção são efeitos pouco comuns e a paralisia facial aguda é uma reação adversa rara.

Os ensaios clínicos incluíram pessoas com comorbilidades, como obesidade, asma, doença pulmonar crónica, diabetes mellitus ou hipertensão e os resultados revelaram uma eficácia similar comparativamente a quem não tem qualquer patologia. Já relativamente aos imunodeprimidos, a vacina pode ter uma resposta mais reduzida pelo que, nestes casos, a vacinação deve ser prescrita pelo médico assistente e estes doentes "devem ser sempre considerados potencialmente suscetíveis à doença mesmo que tenham completado o esquema vacinal".

As primeiras 9750 doses de vacinas vão chegar a Portugal este sábado e serão da BioNTech/Pfizer. O plano arranca domingo com a vacinação dos profissionais de saúde dos centros hospitalares do PortoSão JoãoCoimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central. Dia 28 devem chegar mais 70200 doses. A primeira fase de vacinação, para os grupos prioritários, decorrerá até abril.

5 minutos à temperatura ambiente

As vacinas recebidas em Portugal vão ser guardadas num único armazém central preparado para a conservação de medicamentos à temperatura de frio (entre -90ºC e -60ºC), certificado pelo INFARMED. Daqui serão distribuídas para as Administrações Regionais de Saúde (ARS) que serão responsáveis pela gestão da distribuição na respetiva área de abrangência.

O transporte será feito em caixas térmicas (shipper da empresa) a temperatura ultrabaixa (entre -90ºC e -60ºC), cada "shipper" contém cinco tabuleiros e cada uma destas embalagens secundárias 195 frascos, sendo que cada frasco contém uma solução suficiente para cinco doses de vacina. As caixas térmicas não podem ser empilhadas e quando a carga chega ao destino e os tabuleiros são retirados não podem ser abertos e só podem estar à temperatura ambiente (inferior a 30ºC) até ao máximo de 5 minutos até serem mudados para os frigoríficos de temperatura ultrabaixa.

A validade das vacinas nestas condições de temperatura ultrabaixa é de seis meses mas as vacinas também podem ser conservadas nas caixas térmicas desde que estas sejam acondicionadas com gelo seco, mudado de cinco em cinco dias até um máximo de 30 dias.

Para serem administradas, a solução terá de descongelar, as doses passam para frigoríficos a uma temperatura entre 2ºC e 8ºC até um máximo de 120 horas (até cinco dias).

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