CEO do Benfica aponta o caminho, pedindo mais à equipa, nomeadamente no que toca às competições internacionais. Entre as dificuldades financeiras devido à covid-19, afirma que as transações terão de fazer parte do projeto de 2020/21 devido ao falhanço na Liga dos Campeões.
Em entrevista comemorativa pelos 12 anos de "BTV", Domingos Soares de Oliveira afirma que o Benfica está em crescendo mas longe do que pode alcançar desportivamente. "Já passaram seis meses desde que retomámos as competições e começa a criar-se uma dinâmica de força. Ainda não estamos onde queremos, podemos e devemos estar. Nenhum de nós, a começar pela equipa técnica e jogadores, diz que este é o Benfica que tem a dimensão do Benfica. Todos temos a consciência de que iremos fazer mais. Estamos num processo de crescendo e acredito que será possível regressar às grandes exibições do Benfica e, assim que possível, com público", considerou o CEO encarnado.
A saída de Rúben Dias após o Benfica ficar fora da Liga dos Campeões foi, como reconhecido, uma necessidade. E a estratégia de vender ativos na temporada 2020/21 será para manter: "Vamos ter o ano mais difícil das nossas vidas ao nível da geração de receitas e adaptação da estrutura de custos. Para explicar, temos três ou quatro fontes básicas de receitas. Os direitos televisivos mantém-se, perdemos as receitas europeias, cerca de 75 por cento por não nos termos qualificado para a Champions. As receitas de bilhética desapareceram e as de merchandising estão reduzidas a mínimo. Temos um conjunto de impactos que são significativos daqui até ao final do ano. Se não houver venda de passes de jogadores até ao final do ano não teremos capacidade para apresentar resultados em linha com o que aconteceu nos últimos anos. Efetivamente, a situação é mais complicada. Lançámos um empréstimo obrigacionista e do ponto de vista de tesouraria temos uma situação mais estável", acalmou no final.
Também a contratação de Pedro Pinto, ex-jornalista da TVI, para diretor de comunicação do clube foi explicada. "Queremos uma mensagem cada vez mais positiva. Não vamos inaugurar uma nova fase de comunicação, porque seria pôr em causa o que fizemos, mas queremos evoluir. Tenho relação de admiração com João Gabriel e Luís Bernardo. Fizeram ambos um trabalho excecional. No caso, Luís Bernardo viveu o período mais difícil comunicacionalmente pelos ataques de que o Benfica foi alvo. Tivemos uma estratégia de combate. Agora queremos uma afirmação da marca para um público-alvo distinto."
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