O primeiro-ministro António Costa revelou, esta terça-feira, que o Natal de 2020 será diferente e que não haverá festas de Ano Novo. O calendário escolar mantém-se inalterado, sem a antecipação de férias de que se tem falado.
"Não vai poder ser um Natal normal", disse António Costa, sublinhando que "não haverá seguramente festas de fim de ano", com a despedida de 2020 a ser feita "com todas as restrições".
O primeiro-ministro anunciou que o plano de vacinação será anunciado na quinta-feira, dois dias antes de serem anunciadas as medidas de combate à pandemia que vão vigorar por um mês, em vez de uma quinzena, até 6 ou 7 de janeiro.
"O Governo propôs ao Presidente da República, e o senhor Presidente da República aceitou que desta vez, quando anunciarmos a renovação do estado de emergência, possamos anunciar não só as medidas para a próxima quinzena como as medidas para a quinzena seguinte, ou seja, até 6, 7 de janeiro", revelou António Costa, em entrevista à rádio Observador.
"É fundamental que as pessoas possam ter uma noção antecipada do que vai ser o Natal", sendo esta semana decisiva para a decisão sobre essas medidas, que irá anunciar no próximo sábado. "Vamos todos fazer o esforço para podermos ter o Natal com as melhores condições possíveis, mas logo a seguir, há uma coisa que posso antecipar desde já, é que a passagem do ano vai ter todas as restrições porque aí não pode haver qualquer tipo de tolerância", avisou.
António Costa garantiu que não há atrasos na preparação logística do plano de vacinação e que o país vai bem a tempo, um vez que a vacinas só devem chegar em janeiro. Uma firmação em linha com o anunciado, esta terça-feira, pela Agência Europeia do Medicamento, que disse esperar pronunciar-se sobre as vacinas da Moderna e da Pfizer até 29 de dezembro, o mais tardar.
O primeiro-ministro disse que "o ritmo dos novos casos está a diminuir", o que quer dizer que as medidas de contenção "estão a produzir o efeito". Na mesma entrevista, António Costa que "a queda da pandemia vai ser mais lenta mas os danos económicos serão menos duros" em Portugal, porque, entre outras coisas, Portugal é dos "pouquíssimos" países na Europa onde a restauração funciona.
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