Equipa de campanha de Joe Biden considera ameaça de Trump de levar o desfecho das presidenciais ao Supremo Tribunal dos EUA "escandalosa" e "sem precedentes", e promete uma resposta à mesma.
“Escandalosas”, “sem precedentes” e “incorretas”. Foi assim que a diretora de campanha de Joe Biden, Jen O'Malley Dillon, se referiu às declarações de Donald Trump na noite de terça-feira sobre uma eventual paragem na contabilização de votos.
As palavras exatas de Trump foram estas: “Eu previ isto: não iam ganhar e iam levar-nos para tribunal. Isto é uma fraude ao povo americano. Nós ganhámos esta eleição. Agora vamos assegurar a integridade do povo. E vamos para o Supremo, queremos que todos os votos parem. Não queremos que descubram votos. Para mim é uma fraude. Para mim, já ganhámos. Quero agradecer a todos”.
Palavras que, para a campanha de Biden, são um ultraje, “uma vez que violam os direitos democráticos dos cidadãos americanos”. “Nunca, na nossa história, um presidente dos EUA tentou roubar aos americanos a sua voz numa eleição nacional. Antes das eleições, Trump tentou de diversas maneiras impedir que os boletins de votos fossem contados. Agora, está a sugerir que nem após as eleições eles podem ser contados”, lê-se no comunicado citado por vários meios de comunicação internacionais, em que se garante que a contagem dos votos “não irá parar”. “As nossas leis assim o determinam.”
Jen O’Malley diz ainda fazer suas as palavras de Biden: “Não cabe a Trump, nem mesmo a Biden, decidir o resultado destas eleições. Cabe, sim, ao povo americano. O processo democrático deve e tem de continuar”.
A equipa de campanha de Biden mostrou-se também, em comunicado, pronta para responder à ameaça de Trump de levar o desfecho das presidenciais ao Supremo Tribunal dos EUA. “Temos equipas jurídicas a postos para resistir a essa tentativa”, refere a nota.
Ainda não é conhecido o vencedor das eleições presidenciais. Em alguns estados cruciais, a contagem de votos, milhões deles enviados pelo correio (assim ditou a pandemia de covid-19) ainda não terminou.
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