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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A "ÚNICA VACINA" É MANTER CUIDADOS DIZEM MÉDICOS DO HOSPITAL DE SÃO JOÃO

 





Já é muito difícil dizermos que não estamos numa segunda vaga se olharmos para a nossa curva. Está claramente a subir (...). A França está numa típica segunda vaga (...) e chegam-nos sinais preocupantes de Espanha, do mesmo país que nos antecipou o que estava a acontecer na primeira vaga. O que é que há de diferente neste momento em Portugal (em relação ao pico de marçoabril ou maio)? A população que é atingida e a taxa de letalidade que tem sido menor agora", referiu Nelson Pereira, médico do serviço de urgência do Hospital de São João.

"Tenho uma mágoa, uma angústia, que é os jovens não terem percebido que têm um papel social e fundamental a desempenhar. Não peço para que as pessoas fiquem fechadas dentro de casa, mas acho que não se conseguiu transmitir uma consciência de que, ainda assim e com algumas cautelas, é possível conviver".

"Vamos continuar a ter grupos que se reúnem sem máscara, às vezes apetece dar uns abanões, mas revolta não sinto. Se calhar fomos nós que não passamos a mensagem. Basta essa mensagem passar, esse comportamento melhorar, e isso refletir-se-á no tipo de população infetada e na (taxa de) letalidade (do vírus)", diz a diretora do serviço de urgência do mesmo hospital, Cristina Marujo.

"Parece que vivemos do oito ao 80. Só sabemos ou estar fechados em casa ou viver de forma normal. Claramente já deslumbrámos a preocupação de todos: dos políticos e dos técnicos", disse Nelson Pereira.

O médico diz que "parece estar a faltar habilidade" na explicação de conceitos como "risco" e "transmissão", observando que "a sociedade, incluindo muito os jovens, acha que risco é apenas evitar um sítio, quando risco pode ser ter comportamentos pouco seguros em casa".

"As pessoas perdem a noção do conceito de transmissão e apegam-se ao sítio como risco (...). O risco sério não é nas compras. No supermercado desinfetamos as mãos e estamos de máscara. O risco sério é quando se faz uma almoçarada em casa. Nas escolas cumprem-se as regras, a partilha fora é que é preocupante. As pessoas acham que dentro do seu ambiente de trabalho, condomínio, estão numa espécie de bolha e não estão", exemplifica o especialista.

"Dizem: 'oh, nós estamos sempre uns com os outros e só entre nós' quando é uma família que se junta ou um grupo que convive. O problema é que cada um desses 'uns com os outros' está com muitas outras pessoas porque vai trabalhar, faz compras, carrega no botão do elevador", descreve a diretora da urgência.

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