A PSP vai reforçar o policiamento nos hospitais e unidades de saúde. A medida faz parte de uma estratégia global a implementar a nível nacional. O objetivo é responder a casos de insegurança, adaptando as medidas à realidade de cada unidade de saúde.
O programa chama-se "Saúde em segurança" e vai ser lançado esta semana em todo o território nacional, com cinco pontos-chave, nomeadamente prevenir e monitorizar a ocorrência de episódios de violência no Sistema Nacional de Saúde (SNS), bem como promover uma cultura de segurança e fomentar a criação de parcerias ao nível regional e local. Os objetivos passam ainda por promover formação para polícias, bem como para profissionais de saúde e aumentar a visibilidade policial junto dos centros hospitalares.
"As respostas serão adequadas à realidade de cada uma das unidades de saúde", explicou fonte da PSP.
Em 2021 foram registadas 961 situações de violência nas unidades de saúde, o que corresponde a um aumento de 16% face ao ano de 2020, no qual foram registadas 825 situações, apesar do contacto pandémico e das fortes restrições de circulação impostas pela covid-19.
"Atendendo a que cerca de 86% da violência é cometida por utentes e seus familiares ou acompanhantes, a PSP pretende, através do aumento da presença policial, contribuir para a redução e prevenção de ocorrências desta tipologia", precisa a PSP.
A violência psicológica representa a principal tipologia de violência, seguindo-se a violência física e o assédio moral. Cerca de 65% da violência registada é cometida por utentes, 21% pelos seus familiares ou acompanhantes, 13% por profissionais de saúde e 1% por visitantes ou outras pessoas.
Em fevereiro, um segurança e dois profissionais de saúde foram agredidos na urgência do hospital de Famalicão por um grupo de cerca de dez pessoas.