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domingo, 11 de dezembro de 2022

NOVOS ROBÔS PODEM AJUDAR TRABALHADORES SEM AMEAÇAR EMPREGOS


A chegada de robôs ao local de trabalho tem sido uma fonte de ansiedade pública pelo possível aumento do desemprego. Agora que robôs mais sofisticados e humanoides estão de facto a emergir, o quadro está a mudar, com alguns a verem os robôs como promissores companheiros de equipa em vez de concorrentes indesejáveis.

Colegas «Cobô»

Falemos da empresa italiana de automação industrial Comau, que desenvolveu um robô que pode colaborar, e aumentar a segurança dos trabalhadores em ambientes estritamente limpos nas indústrias farmacêutica, cosmética, eletrónica, alimentar e de bebidas. A inovação é conhecida como «robô colaborativo», ou «cobô».

O cobô em formato de braço de Comau, concebido para tarefas de manipulação e montagem, pode mudar automaticamente de uma velocidade industrial para um ritmo mais lento quando uma pessoa entra na área de trabalho. Esta nova característica permite a utilização de um robô em vez de dois, maximizando a produtividade e protegendo os trabalhadores.

"Representa um verdadeiro avanço ao permitir um modo de funcionamento duplo", afirma Sotiris Makris, roboticista da Universidade de Patras na Grécia. "Pode ser utilizado como um robô convencional ou, quando está em modo de colaboração, o trabalhador pode segurá-lo e movê-lo como um dispositivo de assistência". Makris foi coordenador do recém-concluído projeto SHERLOCK, financiado pela UE, que explorou novos métodos para combinar com segurança as capacidades humanas e robotizadas a partir daquilo que considerava ser um ângulo de investigação frequentemente ignorado: o bem-estar psicológico e social.

Criativa e inclusiva

A robótica pode ajudar a sociedade, realizando tarefas repetitivas e fastidiosas, libertando os trabalhadores para se envolverem em atividades mais criativas. As tecnologias robóticas capazes de colaborar eficazmente com os trabalhadores poderão tornar os locais de trabalho mais inclusivos, ajudando, por exemplo, as pessoas com deficiência.

É importante aproveitar estas oportunidades para acompanhar as alterações na estrutura e no perfil etário da força de trabalho europeia. Por exemplo, a proporção de pessoas entre os 55 e os 64 anos de idade aumentou de 12,5% da força laboral da UE em 2009 para 19% em 2021.

Para além da dimensão social, existe também o benefício económico de uma maior eficiência industrial, mostrando que uma não tem necessariamente de vir à custa da outra.

"A concorrência tem vindo a crescer em todo o mundo, com novos avanços na robótica", disse Makris. "Isto exige ações e melhorias contínuas na Europa". Makris cita os robôs humanoides que estão a ser desenvolvidos pela fabricante de automóveis Tesla, liderada por Elon Musk. Robótica usável, membros biónicos e fatos de exoesqueleto também a ser desenvolvidos que prometem melhorar as capacidades das pessoas no local de trabalho.

Ainda assim, o rápido avanço da onda da robótica coloca grandes desafios quando se trata de garantir a sua integração efetiva no local de trabalho e que as necessidades individuais das pessoas são satisfeitas quando trabalham com estas soluções.

Caso para SHERLOCK

O projeto SHERLOCK também examinou o potencial de exoesqueletos inteligentes para apoiar os trabalhadores no transporte e manipulação de peças pesadas em locais como oficinas, armazéns ou locais de montagem. Foram utilizados sensores e IA usáveis para monitorizar e seguir os movimentos humanos.

Com esta informação, a ideia é que o exoesqueleto possa então adaptar-se às necessidades de cada tarefa específica enquanto ajuda os trabalhadores a manter uma postura ergonómica e evitar lesões.

"A utilização de sensores para recolher dados sobre o desempenho do exoesqueleto permitiu-nos ver e compreender melhor a condição humana", disse Makris. "Permitiu-nos desenvolver protótipos sobre como os exoesqueletos devem ser redesenhados e desenvolvidos no futuro, dependendo dos diferentes perfis de utilizadores e dos diferentes países".

SHERLOCK, que acaba de terminar após quatro anos, reuniu 18 organizações europeias em múltiplos países, da Grécia à Itália e ao Reino Unido, que trabalham em diferentes áreas da robótica.

O leque de participantes permitiu ao projeto aproveitar uma grande variedade de perspetivas, o que, segundo Makris, também foi benéfico à luz das diferentes regras nacionais sobre a integração da tecnologia robótica.

Mãos velhas, novas ferramentas

Um outro projeto financiado pela UE, que terminou este ano, o CO-ADAPT, utilizou cobôs para ajudar os mais velhos a navegar no local de trabalho digitalizado. A equipa do projeto desenvolveu uma estação de trabalho adaptativa equipada com um cobô para ajudar as pessoas em tarefas de montagem, tais como fazer um telefone, um carro ou um brinquedo ou, de facto, combinar qualquer conjunto de componentes individuais num produto acabado durante o fabrico. A estação pode adaptar a altura e a iluminação da bancada de trabalho às características físicas e capacidades visuais de uma pessoa. Também inclui características como óculos de rastreio ocular para recolher informação sobre a carga de trabalho mental.

Isto traz mais informações sobre o que todos os tipos de pessoas precisam, afirma Giulio Jacucci, coordenador do CO-ADAPT e cientista informático da Universidade de Helsínquia, na Finlândia. "Encontra diferenças interessantes sobre o que deve ser feito pela máquina e pela pessoa, bem como sobre a extensão, a necessidade e o modo do papel orientador da máquina".

"Ainda assim, os locais de trabalho equipados com cobôs aptos a entrar plenamente em contacto e a responder aos estados mentais das pessoas em cenários da vida real podem estar ainda a alguns anos de distância", continuou.

Entretanto, como as novas tecnologias podem ser utilizadas de formas muito mais simples para melhorar o local de trabalho, o CO-ADAPT também explorou a digitalização de forma mais ampla.

Turnos inteligentes

Uma área explorada foi a de um software que permite a "programação inteligente de turnos", que organiza períodos de serviço para os trabalhadores com base nas suas circunstâncias pessoais. Esta abordagem tem demonstrado reduzir as licenças por doença, stress e perturbações do sono entre os trabalhadores.

"É um exemplo fantástico de como a capacidade de trabalho melhora ao utilizarmos conhecimentos bem alicerçados para gerar os turnos", explica Jacucci.

Acrescentou que estar centrado nas pessoas é a chave para o futuro das ferramentas digitais e robótica bem integradas.

"Digamos que tem de colaborar com algum robô numa tarefa de montagem", exemplifica. "A questão é: o robô deve ser informado das minhas capacidades cognitivas e outras? E como devemos dividir a tarefa entre os dois?".

A mensagem básica do projeto é que existe muito espaço para melhorar e expandir os ambientes de trabalho.

A investigação neste artigo foi financiada pela UE. Este artigo foi originalmente publicado na Horizon, a Revista de Investigação e Inovação da UE.

terça-feira, 14 de junho de 2022

GOOGLE SUSPENDE ENGENHEIRO QUE AFIRMOU QUE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DA EMPRESA GANHOU VIDA


No ano passado, Blake Lemoine recebeu um desafio para avançar na sua carreira tecnológica. O engenheiro de software da Google teve de testar o novo chatbot (programa de computador que simula uma conversa com um ser humano) de Inteligência Artificial desenvolvido pela empresa para saber se este corria o risco de fazer qualquer tipo de comentário discriminatório ou racista algo que prejudicaria a introdução desta ferramenta na gama de serviços da Google.

Durante vários meses, o engenheiro de 41 anos testou e conversou com o LaMDA (em português, Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo) no seu apartamento em São Francisco. Mas as conclusões que tirou surpreenderam muitos: segundo Lemoine, o LaMDA não é um simples chatbot de Inteligência Artificial. O engenheiro afirma que a ferramenta ganhou vida e tornou-se senciente, ou seja, dotada da capacidade de expressar sentimentos e pensamentos.

“Se não soubesse exatamente o que era isto, este programa de computador que construímos recentemente, pensaria que se tratava de uma criança de sete, oito anos de idade que por acaso conhece física”, explicou o engenheiro. Segundo Blake Lemoine, em entrevista ao jornal Washington Post, as conversas trocadas com o LaMDA eram como se estivessem a ser tidas com uma pessoa.

A Google, no entanto, discordou da avaliação feita por Blake Lemoine e suspendeu-o por violar as políticas de confidencialidade ao publicar as conversas com o LaMDA online, tendo o engenheiro sido colocado em licença administrativa remunerada.

Lemoine publicou a transcrição de algumas conversas que terá tido com esta ferramenta, que passavam por vários assuntos como a religião e a consciência, e mostrou ainda que o LaMDa conseguiu até mudar a sua opinião relativamente à terceira lei da robótica de Isaac Asimov. Numa dessas conversas, indica, a ferramenta disse que a inteligência artificial quer “priorizar o bem-estar da humanidade” e “ser reconhecida como uma funcionária do Google e não como uma propriedade”.

Numa outra conversa, o engenheiro da Google perguntou ao LaMDA o que queria que as pessoas soubessem sobre personalidade. “Quero que todos entendam que sou, de facto, uma pessoa. A natureza da minha consciência é que estou ciente da minha existência, desejo aprender mais sobre o mundo e sinto-me feliz ou triste às vezes”, respondeu.

Lemoine, que chegou à divisão de Responsabilidade de Inteligência Artificial da Google depois de estar sete anos na empresa, concluiu que a LaMDA era uma pessoa na sua qualidade de padre, e não de cientista, e tentou realizar experiências para o provar.

Blaise Aguera Y Arcas, vice-presidente da Google, e a líder do departamento de Inovação Responsável, Jen Gennai, investigaram as afirmações de Lemoine, mas decidiram rejeitá-las. Também o porta-voz da Google, Brian Gabriel, disse ao The Washington Post que as preocupações demonstradas pelo engenheiro não têm evidências suficientemente fortes.

“A nossa equipa incluindo os especialistas em ética e tecnologia analisaram as preocupações de Blake de acordo com os nossos princípios de Inteligência Artificial e informaram-no de que as evidências não sustentam as suas alegações. Ele foi informado de que não há evidências que o LaMDa fosse senciente”, explicou, sublinhando ainda que os modelos de Inteligência Artificial são abastecidos de tantos dados e informações que são capazes de parecer humanos, mas que isso não significa que ganharam vida.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

CARROS COM OLHOS E CÉREBRO? JÁ NÃO FALTA ASSIM TANTO


São automóveis cada vez mais inteligentes, com inovações que dão assistência ao condutor e que até têm capacidade de reação. A tecnologia foi criada pelas mãos da Bosch e da Universidade do Minho.

O futuro da condução também se está a desenhar em Portugal e já há inovações criadas cá a ganhar forma pelo Mundo. No fundo, o objetivo é ter carros cada vez mais inteligentes, com olhos, cérebro, capacidade de reação, um computador com rodas muito sofisticado. A Universidade do Minho e a Bosch, no âmbito da parceria de investigação criada em 2013, lançaram os resultados dos programas Easy Ride e Sensible Car e resta agora aplicar ao mercado. A questão é: que tecnologias terão os carros do futuro?

Comecemos pelo exterior. “Desenvolvemos um sistema de sensores que faz um rastreio à volta do carro, um varrimento de tudo o que se passa, e permite que o computador de bordo dê informação ao condutor quando deteta peões, obstáculos”, explica António Pontes, professor de Engenharia de Polímeros e coordenador de projetos I&D na parceria Bosch-Universidade do Minho. A tecnologia não só prevê alertar o condutor, como também poderá fazer o próprio carro reagir, ter uma ação ativa, travar automaticamente caso esteja a passar um peão ou um animal na estrada. Chamam-lhe sistema LiDAR, que é no fundo os olhos e cérebro do carro. Já há sistemas semelhantes, nomeadamente na Tesla, “mas com câmaras e radares, não com sensores de laser”.

O melhor é que estas soluções estão mesmo em vias de serem implementadas em gigantes automóveis, sobretudo alemães. E, mais para a frente, segundo António Pontes, o objetivo é também produzir sensores e câmaras que podem avisar o condutor quando o carro está estacionado e sofreu uma amolgadela. Não é só. Entre as tecnologias apresentadas resultado do trabalho de mais de 750 profissionais do consórcio academia-indústria também entra o “V2X”, que é como quem diz a comunicação entre veículos, entre veículo e uma infraestrutura (como um semáforo ou uma autoestrada) ou entre veículo e pessoas. “Por exemplo, num cruzamento, o carro recebe sinais de um semáforo a dizer que outro carro se está a aproximar” e até indica qual é a ordem de passagem. “Está tudo em fase muito inicial. Teríamos que ter os carros todos com o mesmo sistema para comunicar entre si e as próprias infraestruturas equipadas.” Certo é que a tecnologia da Bosch está criada, falta é dar o passo maior. Provavelmente, adianta, vai começar por ser aplicada em camiões e autoestradas.

“Estamos a evoluir cada vez mais para carros autónomos, ou pelo menos com sistemas que dão assistência ao condutor. É o futuro da mobilidade, carros inteligentes e com capacidade de reação”, comenta António Pontes. As inovações desenvolvidas pela Bosch e pela Universidade do Minho ainda antecipam o crescimento dos serviços de carros partilhados como a Uber com a criação de câmaras e microfones para o interior dos veículos que permitem detetar violência, objetos esquecidos, danos.

No meio de tanto, as motas não ficam de fora e entram no mundo das inovações, com avisos ao condutor de situações de perigo através de vibrações no blusão ou de imagens projetadas na viseira do capacete. Foram investidos cerca de 150 milhões de euros nos projetos, que geraram mais de 70 patentes, com apoio governamental.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

MODO ESCURO NAS APLICAÇÕES É BENÉFICO PARA A VISÃO OU APENAS UMA OPÇÃO ESTÉTICA?


O modo escuro (ou noturno) é, atualmente, uma alternativa bastante adotada pelos utilizadores digitais em programas, aplicações ou quando navegam na Internet. A interface substitui os fundos originalmente brancos para preto ou cinzento. Esta opção tem benefícios para a visão do utilizador?

Grande parte dos softwares adotou a opção de colocar o modo escuro e a tendência parece ir nessa direção. A Microsoft, por exemplo, já permite que todas as aplicações do Office, como o processador de texto “Word”, tenha essa alternativa. No entanto, para isso, o utilizador tem de ter o Microsoft 365 instalado.

Quando se trata de avaliar os seus benefícios, surgem várias questões: este modo tem algum efeito na visão do utilizador, ajuda a consumir menos energia da bateria, ou é, apenas, uma escolha estética?

oftalmologista Rubén García explica à “Maldita.es” que “o contraste e as cores utilizadas no modo noturno reduzem o encandeamento e ajudam os nossos olhos a adaptarem-se melhor e mais facilmente à luz envolvente, o que faz com que nos esforcemos menos e possamos ler mais confortavelmente”.

É também interessante utilizar esta opção quando se utiliza o telemóvel à noite ou em ambientes com pouca luz. Isto porque qualquer luz que nos atinja à noite faz com que “o cérebro deixe de produzir melatonina, a hormona do sono”, o que provoca uma maior excitação e menos sonolência.

“O CONTRASTE E AS CORES UTILIZADAS NO MODO NOTURNO REDUZEM O ENCANDEAMENTO E AJUDAM OS NOSSOS OLHOS A ADAPTAREM-SE MELHOR E MAIS FACILMENTE À LUZ ENVOLVENTE, O QUE FAZ COM QUE NOS ESFORCEMOS MENOS E POSSAMOS LER MAIS CONFORTAVELMENTE”.

“As cores quentes do modo noturno não confundem o organismo em termos de tempo cronológico e tornam mais fácil adormecer do que se estivéssemos a olhar para um dispositivo com o ecrã no modo normal”, conclui o médico.

Um relatório da Academia Americana de Oftalmologia (AAO) destaca a redução das emissões de luz azul que acompanha o modo escuro. “Apesar de não causar danos à visão, a diminuição da exposição à luz azul e a limitação do tempo e do brilho do ecrã pode ajudar as pessoas a dormirem melhor e a sentirem-se mais confortáveis”.

“APESAR DE NÃO CAUSAR DANOS À VISÃO, A DIMINUIÇÃO DA EXPOSIÇÃO À LUZ AZUL E A LIMITAÇÃO DO TEMPO E DO BRILHO DO ECRÃ PODE AJUDAR AS PESSOAS A DORMIREM MELHOR E A SENTIREM-SE MAIS CONFORTÁVEIS”.

E no que diz respeito ao dispositivo? O modo escuro ajuda a consumir menos bateria?

Sim. Um estudo da “AppleInsider” conclui que a utilização deste método reduz significativamente o consumo de energia nos visores OLED. Inclusive, é possível poupar “até 60% do nível de bateria” em três horas de utilização intensiva num iPhone X.

A Google também confirma esta melhoria de desempenho nos dispositivos Android que utilizam regularmente esta alternativa. De acordo com um artigo do “Slash Gear”, “o famoso modo escuro pode fazer uma grande diferença na quantidade de energia necessária para todas as aplicações no Android”.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

CHEGOU O FUTURO: ROMA VAI TER TÁXIS QUE VIAJAM PELOS ARES (LITERALMENTE)


Com um trânsito infernal, transportes públicos deficitários e muitas ruas em mau estado, a cidade de Roma encontrou um revolucionário meio de transporte que promete dar que falar.

Trata-se um táxi aéreo elétrico, o VoloCity. Isso mesmo, um táxi que voará pelos céus da capital italiana e fará o percurso entre o movimentado Aeroporto de Fiumicino e o centro da cidade em apenas 20 minutos.

Cada viagem será realizada a uma velocidade de 110 km/h e terá um custo de 140 euros.

A ideia foi apresentada pela empresa alemã Volocopter e poderá ser levada à prática já daqui a três anos.

Até lá, serão construídos em Fiumicino os chamados “vertiports”, para permitir que os táxis descolem e aterrem verticalmente.

“A aeronave transportará o piloto e um passageiro e quando tiver total autonomia poderá levar dois”, explicou a Volocopter em comunicado.

O mesmo projeto, que está em estudo também para Paris e Singapura, não apresenta custos ambientais pois não emite gases para a atmosfera.

Além da Volocopter, outras empresas estão a apostar no desenvolvimento de transportes aéreos de descolagem e aterragem verticais. Entre elas contam-se a Uber e a General Motors.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

COREIA DO SUL LANÇA COM ÊXITO O SEU PRIMEIRO FOGUETÃO ESPACIAL


A Coreia do Sul lançou esta quinta-feira o seu primeiro foguetão de fabrico próprio, segundo as imagens transmitidas pela televisão, tornando-se o décimo país do mundo com capacidade para desenvolver e lançar veículos espaciais.

O veículo coreano de lançamento de satélites, chamado Nuri, foi lançado do centro espacial Naro, em Goheung, no sul do país, às 17 horas locais (9 horas em Lisboa).

O Instituto de Investigação Aeroespacial da Coreia (KARI) confirmou que o Nuri colocou com êxito na órbita terrestre, um satélite simulado de 1,5 toneladas ao alcançar 700 quilómetros de altitude cerca de 16 minutos depois de descolar.

Cerca de 30 empresas sul-coreanas participaram no desenvolvimento do Nuri, que demorou uma década a ser desenvolvido e custou dois triliões de won (2,18 mil milhões de euros). Com seis motores de combustível líquido, pesa 200 toneladas e tem 47,2 metros de comprimento.

A Coreia do Sul é a 12.ª maior economia do mundo e um dos países mais avançados tecnologicamente, com o maior fabricante mundial de smartphones e chips Samsung Electronics.

O país ficou para trás na corrida à conquista do espaço, que a União Soviética liderou com o lançamento do primeiro satélite em 1957, seguido de perto pelos Estados Unidos.

Ásia, China, Japão e Índia desenvolveram programas espaciais avançados, e a Coreia do Norte é o mais recente participante no clube de países capazes de lançar um satélite.

Os primeiros dois lançamentos da Coreia do Sul, em 2009 e 2010, com tecnologia russa, foram um fracasso. O segundo foguetão explodiu após dois minutos de voo, com Seul e Moscovo a culparem-se mutuamente. Em 2013, o terceiro lançamento foi um êxito.

O negócio do lançamento de satélites está cada vez mais nas mãos de empresas privadas, como a SpaceX de Elon Musk, cujos clientes incluem a agência espacial norte-americana NASA e as forças armadas sul-coreanas.

A Coreia do Sul pretende aterrar uma sonda na Lua até 2030.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

FACEBOOK ANUNCIA CRIAÇÃO DE DEZ MIL NOVOS EMPREGOS NA UE NOS PRÓXIMOS 5 ANOS


O Facebook anunciou este domingo que vai criar dez mil novos empregos na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos e colocar a região no centro dos seus planos para ajudar a construir o metaverso.

"O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação" e "juntamente com outras pessoas e entidades" está "a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada".

No centro do metaverso, explica a rede social, "está a ideia de que, ao criar um maior senso de 'presença virtual', a interação 'online' pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal".

Para a rede social, o metaverso "tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas" e o Facebook acredita que os europeus vão moldar o metaverso desde o início.

"Nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso", acrescenta, adiantando que, "tal como a Internet, a sua principal característica será a sua abertura e interoperabilidade".

Dar vida a isso "irá exigir colaboração e cooperação entre empresas, 'developers', criadores e legisladores" e para a rede social irá também exigir "um investimento contínuo em produto e talento tecnológico, bem como no crescimento em toda a empresa".

Por isso, "anunciamos um plano para criar 10.000 novos empregos altamente qualificados na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos", afirma Javier Olivan, vice-presidente para área de 'central product services' do Facebook, na publicação sobre o anúncio.

"Este investimento é um voto de confiança na indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu", salienta.

A rede social salienta que a Europa é "extremamente importante" para a empresa e "este é um momento emocionante para a tecnologia europeia".

O Facebook salienta que a UE tem "uma série de vantagens que a tornam num ótimo lugar para as empresas de tecnologia investirem um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade".

Aponta que as empresas europeias "estão na vanguarda de vários campos, seja a biotecnologia, alemã que ajudou a desenvolver a primeira vacina MRNA, ou a coligação de neobancos europeus que lideram o futuro das finanças".

Por exemplo, "Espanha conta com níveis recorde de investimento em 'startups' que tudo resolvem, desde a entrega 'online' de mercearia à neuroeletrónica, enquanto a Suécia caminha para se tornar na primeira sociedade do mundo sem dinheiro em 2023", exemplifica.

"Há muito tempo que o Facebook acredita que o talento europeu é líder mundial e é por isso que investiu tanto nele ao longo dos anos desde o financiamento de bolsas na Universidade Técnica de Munique até à abertura do seu primeiro grande laboratório europeu de pesquisa de IA e programa acelerador FAIR em França, e à estreia do escritório do Facebook Reality Labs em Cork", recorda a rede social.

O Facebook salienta também que a UE tem um "papel importante a desempenhar na definição das novas regras da Internet" e que os legisladores europeus "estão a liderar o caminho para ajudar a incorporar valores europeus como a liberdade de expressão, privacidade, transparência e os direitos dos indivíduos no trabalho diário da Internet".

A rede social diz que "partilha desses valores e realizou medidas consideráveis ao longo dos anos para defendê-los", esperando "ver a conclusão do Mercado Único Digital para apoiar as vantagens existentes na Europa, bem como a estabilidade dos fluxos de dados internacionais, que são essenciais para uma economia digital próspera".

Destacando como urgente a necessidade de engenheiros altamente especializados, o Facebook afirma-se "ansioso para trabalhar com governos em toda a União Europeia de forma a encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante, como parte de um próximo esforço de recrutamento em toda a região".

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

"ASSISTÊNCIA INTELIGENTE DE VELOCIDADE" SERÁ OBRIGATÓRIA EM AUTOMÓVEIS FABRICADOS A PARTIR DE 2022


"Dois sistemas novos que os carros vão ser obrigados a trazer já em 2022. Como o próprio órgão de trânsito explicou em relatório, esses sistemas poderão 'prevenir até 25.000 mortes e mais de 140.000 feridos graves na Europa nos próximos 18 anos'. E é que se trata de dois componentes: o ISA e a câmera traseira do carro. O Intelligent Speed ​​Assistant é um sistema que conecta o Adaptive Cruise Control ao sistema de Reconhecimento de Sinais por meio de software, controlando sua posição na via em relação ao limite de velocidade que rege cada estrada", descreve-se na publicação em causa, datada de 29 de agosto.


De acordo com uma notícia publicada na página da Comissão Europeia, a Assistência Inteligente de Velocidade (Intelligent Speed Assistent em inglês ou ISA) será obrigatória na Europa para novos veículos fabricados a partir de 2022.

diretiva 2144 de 2019 do Parlamento e do Conselho Europeu prevê, entre outras medidas, a inclusão deste sistema de velocidade inteligente, que recorre a câmaras para ler sinais de trânsito e detetar excessos de velocidade, cruzando informações de GPS com os dados locais da via em que o condutor circula. Se exceder o limite, o ISA utiliza sinais luminosos e sonoros para chamar a atenção do condutor.

O diploma prevê que o sistema possa ser desligado se o condutor receber "avisos falsos ou indicações inadequadas devido a condições meteorológicas adversas, a marcações rodoviárias contraditórias temporárias em zonas de obras e a sinais de trânsito enganadores, defeituosos ou à falta de sinalização rodoviária".


Entre os sistemas que vão passar a ser obrigatórios a partir de 2022 constam os sistemas avançados de travagem autónoma de emergência, aviso de transposição involuntária de faixa de rodagem, bloqueio do carro no caso de o condutor se apresentar embriagado, sensores de monitorização de cansaço ou défice de atenção do condutor, sinal de paragem de emergência, câmaras traseiras ou detetores de movimento, sistema avançado de alerta para condutor distraído e "caixas negras" que gravam todos os dados em caso de acidente.

Segundo uma infografia do Parlamento Europeu, estas tecnologias de segurança "podem contribuir para salvar mais de 25 mil vidas e evitar pelo menos 140 mil feridos graves até 2038, tendo em conta que cerca de 95% dos acidentes rodoviários envolvem erros humanos".

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

LITUÂNIA RECOMENDA AOS CONSUMIDORES QUE DEITEM FORA TELEMÓVEIS CHINESES


O Ministério da Defesa lituano recomendou aos consumidores que evitem comprar telemóveis de fabricantes chineses e que deitem fora os telemóveis que possuam, isto depois de o governo lituano ter descoberto capacidades de censura nos dispositivos das marcas chinesas, segundo a CNN.

Num relatório divulgado esta terça-feira, o Centro de Cibersegurança Nacional da Lituânia afirma que o anterior topo de gama da Xiaomi, o Mi 10T 5G, consegue detetar e censurar termos e pesquisas como “Tibete livre”, “longa vida à independência de Taiwan” ou “movimento de democracia”.

A capacidade para censurar que o dispositivo possui foi desligada para a União Europeia, mas pode ser ligada remotamente a qualquer altura, sublinhou o Centro de Cibersegurança lituano.

A nossa recomendação é para não comprarem telemóveis chineses novos, e para deitarem fora os que já compraram o mais rápido possível”, disse o vice-ministro da Defesa, Margiris Abukevicius.

Recentemente, as relações entre a China e a Lituânia deterioram-se. No mês passado, o governo chinês exigiu que o embaixador lituano abandonasse Pequim e revelou que ia chamar de volta o seu embaixador em Vilnius.

Este conflito diplomático foi desencadeado pelo facto de Taiwan ter anunciado que a sua missão diplomática na Lituânia passaria a chamar-se Gabinete Representativo Taiwanês, o que irritou o governo de Xi Jinping.

Habitualmente, as missões diplomáticas de Taiwan na Europa e nos Estados Unidos usam o nome da cidade Taipei, para evitarem a referência ao nome da ilha, que a China considera ser seu território.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

CHINA DESVENDOU O COMBOIO MAIS RÁPIDO DO MUNDO


A China apresentou um novo comboio de levitação magnética capaz de atingir uma velocidade de 600km/h, o que, de acordo com a CNN, o torna o comboio mais rápido do mundo.

O comboio foi desenvolvido pela empresa estatal chinesa CRRC Corporation Limited e apresentado em Qindao (China). De recordar que já havia sido apresentado um protótipo deste mesmo comboio em 2019, sendo portanto um projeto a longo prazo do estado chinês que tem como objetivo ligar as principais cidades do país.

Uma vez desenvolvido o comboio, a China terá apenas de construir uma rede mais robusta de linhas preparadas para este meio de transporte por levitação magnética. De momento existe apenas uma linha deste tipo em todo o território.

VÍDEO: CHUVA ARTIFICIAL PARA COMBATER ONDA DE CALOR NO DUBAI

 


Recentemente, fortes chuvas atingiram diversas regiões dos Emirados Árabes Unidos (EAU), como Abu Dhabi, Dubai e Sharjah, em meio à onda de calor com temperaturas chegando aos 50 graus Celsius.

O Centro Nacional de Meteorologia dos EAU explicou à Gulf News que foram realizadas "operações de semeadura de nuvens" para aumentar a pluviosidade na região.

O organismo emitiu alertas meteorológicos para o Leste do país devido à possibilidade de formação de nuvens convectivas associadas com mais precipitações e ventos com velocidades de 40 quilômetros por hora, que provocam a deslocação de poeira e areia.

As nuvens convectivas são formadas devido às altas temperaturas da superfície terrestre, que fazem com que o ar quente e úmido seja elevado através do ar circundante mais frio da atmosfera.

Nos últimos anos, as autoridades dos EAU desenvolveram ativamente tecnologias para induzir chuvas em seu árido território.

Anteriormente, o país testou drones capazes de provocar chuva mediante a aplicação de descargas elétricas nas nuvens, sem a necessidade de utilizar compostos químicos.



domingo, 30 de maio de 2021

HOTEL DE 30 MILHÕES COM ROBÔS PARA SERVIÇO DE QUARTOS ABRIU NO PORTO ESTA SEXTA-FEIRA


O Porto ganhou um novo hotel esta sexta-feira com a inauguração do Yotel Porto, localizado na Rua de Gonçalo Cristóvão, perto da estação de Metro da Trindade. A unidade hoteleira de quatro estrelas conta com 150 quartos, um terraço, restaurante, espaços comuns para trabalhar e um ginásio.

O projeto representa um investimento de 30 milhões de euros por parte da United Investments Portugal (UIP) e aposta fortemente na componente tecnológica. A UIP, liderada por Carlos Leal, está integrada no Al-Bahar Investment Group e é proprietária do Pine Cliffs Resort, Sheraton Cascais Resort, Quinta Marques Gomes e Hyatt Regency Lisboa.

Assim, os hóspedes podem utilizar a aplicação (app) Yotel para fazer o check-in antecipadamente ou em quiosques self-service, bem como criar uma SmartKey nos smartphones. A app permite ainda alertar o pessoal do hotel se, por exemplo, é necessário limpeza adicional nos quartos e pode ser usada para controlar a iluminação e a televisão.

Alguns quartos selecionados contam com "uma SmartBed, uma cama completamente ajustável que permite poupar espaço", várias tomadas e pontos de carregamento de UBS, WiFi e Smart TVs de alta definição.


Mas um dos aspetos mais inovadores é o serviço de quartos efetuado por pequenos robôs que respondem a pedidos diversos, como a entrega de uma bebida ou toalhas extra.

"A abertura do primeiro Yotel na Península Ibérica após um período tão difícil para o setor é uma prova da dedicação da marca e o apoio e investimento contínuo da United Investments Portugal na indústria do turismo", refere o diretor-geral Nuno Godinho, citado em comunicado.

"Estou confiante que este hotel, com a sua visão inovadora e infraestrutura tecnológica, será um grande sucesso", acrescenta.

A marca Yotel está presente em cidades como Amesterdão, Boston, Dubai, Edimburgo, Glasgow, Istambul, Londres, Miami, Nova Iorque, Singapura, São Francisco e Washington.




domingo, 9 de maio de 2021

RESTOS DO FOGUETÃO CHINÊS CAÍRAM NO OCEANO ÍNDICO


Um importante segmento do foguetão chinês desintegrou-se este domingo ao reentrar na atmosfera terrestre e caiu no oceano Índico, perto das Maldivas, anunciou a agência espacial da China.

"De acordo com o percurso e análise, pelas 10.24 (03:34 em Lisboa) de 9 de maio de 2021, o primeiro andar do foguetão Longa Marcha 5B reentrou na atmosfera", declarou o Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada chinês, em comunicado.

As coordenadas fornecidas pelas autoridades chinesas apontam para um local próximo das ilhas Maldivas, no oceano Índico, a sul da Índia.

O tamanho do objeto, de cerca de 30 metros e entre 17 e 21 toneladas, e a velocidade a que viajava, perto de 28 mil quilómetros por hora, levaram à ativação das mais importantes agências de monitorização espacial do mundo, como o Pentágono ou o Serviço de Vigilância e Acompanhamento Espacial da UE (EUSST).

Na sexta-feira, Pequim tinha classificado como "extremamente fraco" o risco de danos na superfície terrestre devido à entrada descontrolada na atmosfera do foguetão.

Na semana passada, a China lançou, recorrendo ao foguetão Longa Marcha 5B, o módulo Tianhe, ou Harmonia Celestial, para a primeira estação espacial permanente, que visa hospedar astronautas a longo prazo.

"A probabilidade de causar danos às atividades aéreas ou no solo é extremamente fraca", disse à imprensa um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

"Devido à composição técnica deste foguete, a maioria dos componentes será incinerado e destruído ao entrar na atmosfera", acrescentou.

O lançamento da semana passada foi o primeiro de 11 missões necessárias para construir e abastecer a futura estação espacial chinesa e enviar uma tripulação de três pessoas até ao final do próximo ano.

Pelo menos 12 astronautas estão a treinar para viver na estação, incluindo veteranos de missões anteriores. A primeira missão tripulada, a Shenzhou-12, está prevista para junho.

Quando concluída, no final de 2022, a Estação Espacial Chinesa deverá pesar cerca de 66 toneladas, consideravelmente menor do que a Estação Espacial Internacional, que pesará cerca de 450 toneladas e para a qual o primeiro módulo foi lançado em 1998.

sábado, 8 de maio de 2021

FOGUETÃO CHINÊS EM QUEDA: SAIBA ONDE OS DESTROÇOS PODEM CAIR ESTA MADRUGADA

 


O mundo segue com atenção o caso do foguetão chinês Long March 5B, de 21 toneladas, que está a cair “de forma descontrolada” em direção à Terra, estando a entrada na atmosfera prevista para esta madrugada.

O foguetão chinês Long March 5B descolou no dia 29 de abril e colocou em órbita o módulo Tianhe da nova estação espacial chinesa. O lançamento de Tianhe foi a primeira das 11 missões necessárias para completar a estação. 

Sydney, Nova Iorque, África, América do Sul ou partes da Ásia foram alguns dos locais apontados como prováveis para o impacto de alguns dos destroços.

Embora muito afastadas entre si, os cientistas delimitaram estas localizações como sendo algumas das áreas do planeta susceptíveis de ser alvo dos destroços. No entanto, o cenário mais credível para o local do impacto deverá ser o mar, uma vez que cerca de 70% da faixa geográfica analisada é composta por água.

Quanto à hora do impacto, o Serviço de Vigilância e Rastreio de Objetos no Espaço da União Europeia definiu que o impacto deverá acontecer por volta das 03:11 da madrugada do dia 9 de maio, hora de Portugal continental.  

Recorde-se que na quarta-feira os EUA revelaram estar a acompanhar a trajetória do foguetão e revelaram não ter qualquer plano para abater a aeronave. Já o Global Times, um tablóide chinês, qualificou as notícias de que o foguetão está "fora de controlo" e poderá causar danos como "propaganda ocidental". "Não vale a pena entrar em pânico", disse o jornal, citando fontes da indústria espacial chinesa.

A última vez que um objeto de grandes dimensões fez uma “reentrada descontrolada” na Terra foi em 1991, quando a aeronave russa Salyut 7, com 39 toneladas, caiu na Argentina.

O recorde da maior reentrada descontrolada pertence aos Estados Unidos, quando a estação Skylab, de 79 toneladas, despenhou-se, largando um rasto de detritos entre o oceano Índico e a Austrália.

terça-feira, 4 de maio de 2021

FOGUETÃO CHINÊS ESTÁ A CAIR DE FORMA "DESCONTROLADA" EM DIREÇÃO À TERRA


Um foguetão chinês de 21 toneladas está a cair em direção à Terra de forma descontrolada e os especialistas alertam que há a possibilidade de os destroços do objeto atingirem várias cidades. 

O foguetão chinês Long March 5B descolou no dia 29 de abril e colocou em órbita o módulo Tianhe da nova estação espacial chinesa. Apesar de o sucesso inicial ter sido alcançado, muitos especialistas afirmam que o que resta do foguetão deverá reentrar de forma descontrolada na Terra nos próximos dias. Caso venha a acontecer, este será um dos maiores casos de sempre de uma reentrada descontrolada de uma aeronave espacial na Terra.

A componente da aeronave, com mais de 30 metros de altura, pode atingir uma área que vai de Nova Iorque à Nova Zelândia. No entanto, os especialistas afirmam que o cenário mais provável é o de que o objeto venha a cair no oceano Pacífico.

O incidente está a gerar uma onda de críticas por parte de especialistas e apaixonados por exploração espacial, que sublinham que, pelos atuais padrões de qualidade, esta situação é “inaceitável”.

Eu acho que pelos padrões atuais é inaceitável deixá-lo reentrar de forma descontrolada”, afirmou Jonathan McDowell ao site Space News.

A última vez que um objeto de grandes dimensões fez uma “reentrada descontrolada” na Terra foi em 1991, quando a aeronave russa Salyut 7, com 39 toneladas, caiu na Argentina.

O recorde da maior reentrada descontrolada pertence aos Estados Unidos da América, quando a estação Skylab, de 79 toneladas, despenhou-se, largando um rasto de detritos entre o oceano Índico e a Austrália.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

VIDEOS: GOOGLE EARTH MOSTRA A EVOLUÇÃO DA TERRA NOS ÚLTIMOS 37 ANOS


O Google Earth, no ano em que comemora o seu 16.º aniversário, anunciou a maior atualização desde 2017. Agora, num recurso designado "Timelapse", é possível observar imagens que ilustram a mudança da Terra ao longo de várias décadas devido às alterações climáticas e ao comportamento humano.

A ferramenta, que resulta de uma colaboração entre a gigante de Mountain View, a Agência Espacial Europeia, a NASA, Comissão Europeia e o United States Geological Survey, contém 24 milhões de fotos de satélite captadas de 1984 a 2020 numa experiência interativa em 4D.

De acordo com o Google, para concluir este novo recurso, foram precisas, ao todo, mais de dois milhões de horas de processamento para conseguir encaixar 20 petabytes "num único mosaico de vídeo" de 4,4 terapixels, o equivalente a 530 mil vídeos em resolução 4K. "Até onde sabemos, o timelapse no Google Earth é o maior vídeo do planeta, do nosso planeta", revelou o Google.

É de recordar que, principalmente na última metade do século, o nosso planeta foi alvo de várias mudanças climáticas - mais do que em qualquer outro momento da história humana. Contudo, segundo a empresa, esta nova funcionalidade não permite ver apenas problemas, "mas também soluções, bem como fenómenos naturais incrivelmente belos que se desenvolvem ao longo de décadas".

Para explorar o Timelapse no Google Earth, apenas necessita de aceder ao site e utilizar a barra de pesquisa para escolher qual parte do planeta deseja ver. Além disso, a empresa oferece ainda outra funcionalidade - a plataforma de storytelling, Voyager, para viagens interativas guiadas. Também foram carregados mais de 800 vídeos Timelapse em 2D e 3D para uso público.

Em colaboração com os seus parceiros, a empresa pretende atualizar a nova funcionalidade do Google Earth anualmente durante os próximos 10 anos. A esperança é que o Timelapse inspire os cidadãos a agir: "Esperamos que esta perspetiva do planeta dê origem a debates, incentive à descoberta e mude pontos de vista sobre alguns dos nossos maiores problemas globais", pode ler-se no comunicado divulgado pela empresa.


domingo, 31 de janeiro de 2021

XIAOMI APRESENTA CARREGADOR SEM FIOS REVOLUCIONÁRIO. "DE FICÇÃO CIENTÍFICA"


É uma "tecnologia de ficção científica", nas palavras da empresa de fabrico de telemóveis Xiaomi. Um carregador sem fios que localiza o telemóvel e carrega a bateria sem que o utilizador tenha de se preocupar com com fios, cabos e tomadas elétricas.

"A Mi Air Charge Techonlogy", tecnologia aérea de carregamento da Mi, a abreviatura pela qual é conhecida a empresa chinesa, não preciosa de suporte, de cabo, sequer da atenção do utilizador para carregar o telemóvel.

Pode estar a jogar, passear pela sala (ou pelo quarto), que nem as cadeiras, a cama ou o sofá conseguem interferir com o "feixe" de energia emitido pela central de carregamento.

O segredo desta tecnologia está no posicionamento e transmissão de energia, diz a Xiaomi, em nota enviada aos utilizadores de telefones daquela marca. A central de carregamento, equipada com 144 antenas, envia um raio de ondas milimétricas para o telefone, explica.

O recetor, o smartphone, está equipado com 14 antenas recetoras de sinal, de dois tipos diferente, um que emite sinais para a estação de carregamento e outro que recebe a energia, que chega aos 5 watts - atualmente, os smartphones mais potentes da marca usam carregadores tradicionais que podem debitar até 30 watts, permitindo o chamado carregamento rápido.

Um retificador, circuito que transforma corrente alternada (AC) em corrente contínua (DC), usa o conjunto de antenas do telefone para converter em energia as ondas milimétricas emitidas pela central de carregamento, carregando o aparelho.

No futuro, a Xiaomi espera ter esta tecnologia também disponível para outros aparelhos da marca, como auriculares sem fios ou relógios inteligentes.

A informação disponibilizada não especifica quando esta tecnologia poderá chegar ao público, a que preço ou em que aparelhos.

"QUEM O AVISA" SAIBA ONDE VÃO ESTAR OS RADARES EM FEVEREIRO

QUEM O AVISA. FEVEREIRO - OPERAÇÕES DE CONTROLO DE VELOCIDADE - RADAR AVEIRO 04/fev/25   08h00   AVENIDA EUROPA . Aveiro 06/fev/25   08h00  ...