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sábado, 19 de março de 2022

PORTUGUESES NÃO ACEITAM PAGAR A FATURA DA GUERRA NOS COMBUSTÍVEIS


Os portugueses não estão dispostos a pagar um dos custos imediatos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia: 62% dizem que a subida da fatura da energia e dos combustíveis não é aceitável, de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. E apontam o dedo ao Governo: não está a fazer tudo o que devia para atenuar a subida dos preços (65%).

Marcelo Rebelo de Sousa fez, esta semana, um alerta ao país sobre os efeitos do conflito na Ucrânia, que já vai na quarta semana: "O que já se passou teve, tem e terá custos enormes sobre a vida de todos nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta que estes custos não cairão na nossa vida".

A sondagem, cujo trabalho de campo decorreu entre 10 e 14 de março, confirma a perceção do presidente: 59% dos portugueses já sentiram o impacto da guerra na sua vida particular, em especial os que vivem na Região Norte (67%) e os que têm entre 35 e 49 anos (64%). E sentiram-no sobretudo ao nível económico (nove em cada dez). Mas, se já sentiram o impacto, isso não significa que estejam disponíveis para suportar os custos.

Mais velhos aceitam o preço

As primeiras faturas a chegar foram as da energia e dos combustíveis. No caso da energia, é sentida de forma aguda pelas empresas do setor industrial (há fábricas a suspender a sua atividade). A segunda foi a mais imediata para as famílias (desde o início da guerra, o gasóleo subiu 32 cêntimos por litro e a gasolina 21). E os portugueses não estão disponíveis para as pagar (62%). O único segmento populacional em que há uma maioria que considera a fatura aceitável são os cidadãos com 65 ou mais anos (56%).

Mas nem entre estes o Governo merece o benefício da dúvida. Dois terços dos portugueses (65%) entendem que António Costa não está a fazer o suficiente para atenuar a escalada (apesar da redução do ISP para compensar o aumento da receita do IVA; ou do Autovoucher mensal de 20 euros). Os mais críticos são os que têm 35 a 49 anos (76%), que são também os que mais acusam o impacto da guerra.

Aumentos e escassez de bens

Quando se pergunta sobre o tipo de impactos que a guerra terá em Portugal, duas preocupações destacam-se sobre todas as outras: o aumento dos preços dos bens essenciais e o aumento dos preços dos combustíveis, ambos assinalados por 85% dos inquiridos (podiam selecionar três), numa resposta comum a todos os segmentos da amostra (geografia, género, idade e classe social).

Uma eventual escassez de alimentos é a preocupação seguinte na lista dos portugueses (36%), apesar das declarações recentes dos ministros da Economia e da Agricultura no sentido de tranquilizarem a população e evitarem o açambarcamento. Esta preocupação é particularmente aguda entre quem vive na Região Centro (45%) e entre os mais pobres (47%).

Aliás, quando se pergunta especificamente sobre uma possível escassez de bens essenciais, percebe-se que essa é uma "grande preocupação" de exatamente dois terços dos portugueses (66%), de novo com os que vivem na Região Centro (73%) e os mais pobres (80%) em destaque.

Os portugueses estão disponíveis para abrir as portas do país aos refugiados da guerra da Ucrânia: 81% concorda (pelo menos parcialmente) com a decisão do Governo de não impor qualquer limite à entrada no nosso país. Mas não mostram a mesma disponibilidade para receber os que fogem de outras guerras. Se forem afegãos, sírios ou de um país africano, a percentagem desce para os 57%.

Comparando as respostas, consoante as origens dos refugiados, percebe-se que os que "concordam totalmente" com um regime especial sem limitações à entrada cai para metade: 44% no caso de ucranianos, 22% no caso de pessoas de outras paragens, com cultura, religião e até cor de pele diferente.

Isso não significa que haja uma rejeição total do acolhimento a quem possa por aqui procurar refúgio. Feitas as contas, apenas um quinto dos portugueses (22%) mostra oposição à política de portas abertas para cidadãos de outros continentes que não o europeu (no caso ucraniano são 8%).

41% A aceitação de uma fatura mais elevada na energia e nos combustíveis é tanto maior quanto maior o rendimento: 30% dos mais pobres compreendem que há um preço a pagar e a percentagem vai subindo, até chegar ao 41% entre os dois escalões sociais mais altos.

71% Ainda que os mais pobres também critiquem a incapacidade do Governo em atenuar a subida de preços da energia e combustíveis (60%), o descontentamento também vai subindo à medida que se progride na escala social, chegando aos 71% nos dois últimos escalões.

domingo, 18 de julho de 2021

CARTÃO AMARELO PARA MARCELO. COSTA QUASE NO VERMELHO


Popularidade dos dois líderes políticos caiu a pique neste mês. Mas, enquanto o presidente se aguenta com um saldo positivo de 37 pontos, o primeiro-ministro fica-se por apenas seis, revela sondagem da Aximage.

É um verdadeiro cartão amarelo o que é mostrado, este mês, a Marcelo Rebelo de Sousa. Mas é ainda pior para António Costa, que se aproxima do vermelho. De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, a popularidade dos dois líderes cai a pique e o primeiro-ministro tem agora escassos seis pontos de saldo positivo (diferença entre avaliações positivas e negativas). Este mês, a queda do presidente foi mais acentuada, mas o facto de partir de um patamar muito elevado permite-lhe manter um generoso saldo positivo de 37 pontos.

O último mês e meio foi crítico na avaliação dos portugueses aos dois políticos (mas também para os que estão na Oposição). A sondagem não faz perguntas sobre as razões para a desilusão dos portugueses, mas o calendário dá pistas suficientes. Se, no início de junho, o Governo ainda mostrava surpresa com o alerta britânico para a variante delta, um mês e meio depois o país está em plena quarta vaga da pandemia.

Ao contrário de crises anteriores, faltou sintonia entre Costa e Marcelo. As divergências foram públicas, com o presidente a pedir uma abordagem menos "fundamentalista" e a recusar o regresso ao estado de emergência; e o primeiro-ministro a manter a rigidez de critérios, mas a ser atingido, mesmo assim, com os estilhaços da desconfiança que foram chegando do Reino Unido, Espanha, Alemanha e França.

SENIORES MUITO CRÍTICOS

O resultado final, para ambos, é uma queda sem precedentes, em todos os parâmetros, desde julho do ano passado (altura em que se iniciou esta série de barómetros). No caso do primeiro-ministro, a queda já se iniciara em maio, acumulando uma perda de 18 pontos nas avaliações positivas (são agora 41%) e uma subida de 16 pontos nas negativas (35%). O desgaste do seu Governo e a recorrente discussão sobre a necessidade de fazer uma remodelação (ver texto ao lado) ajudará a explicar o momento negativo.

A quebra reflete-se em todos os segmentos da amostra, mas há alguns que se destacam. Até abril, os mais velhos foram sempre uma das âncoras da popularidade do primeiro-ministro. Desde então, regista-se uma deserção em massa dos seniores, ao ponto de serem agora os mais descontentes: na população com 65 ou mais anos, o saldo de Costa é agora negativo. Em termos regionais, o primeiro-ministro já só tem o benefício da dúvida em Lisboa e no Centro. Na região Norte, no Porto e no Sul, o saldo também já é negativo. Na geografia partidária, o saldo positivo limita-se agora aos eleitores dos partidos à Esquerda.

PATAMAR ERA ELEVADO

A situação do presidente da República é diferente: caiu mais do que o primeiro-ministro este mês, mas partia de um patamar muito superior e continua, por isso, a ter uma popularidade sem paralelo. Perdeu 15 pontos de maio para julho nas avaliações positivas (tem agora 55%) e subiu oito nas negativas (18%), o que resulta num saldo positivo de 37 pontos (quase igual ao de julho do ano passado, no arranque dos barómetros).

Marcelo também foi castigado pelos mais velhos (baixa 29 pontos nas avaliações positivas), mas há uma diferença fundamental em relação a Costa: entre os inquiridos com 65 anos ou mais, o presidente ainda tem um saldo positivo de 41 pontos. A exemplo do primeiro-ministro, os piores resultados são nas regiões Norte e Sul e no Porto, mas com saldo positivo. Na geografia partidária, continuam a ser os socialistas os mais generosos (apesar da quebra), mas passa a ter saldo negativo entre quem vota CDU e Chega.

Números

73%

Cresce a percentagem dos que pedem mais exigência do presidente sobre o Governo, com mais cinco pontos do que em maio. Esta exigência é maioritária em todos os segmentos, incluindo os socialistas (51%).

51%

Sem surpresa, Marcelo continua a liderar no "jogo" da confiança, ainda que perca um ponto relativamente a maio. Costa sobe dois para 14%. A maior diferença continua a ser no eleitorado PSD, com vantagem para Marcelo (76%).

domingo, 11 de abril de 2021

MAIS DE METADE DOS PORTUGUESES NÃO TENCIONA FAZER FÉRIAS


Entre aqueles que afirmam o contrário, a maioria vai gozá-las em Portugal numa casa alugada, hotel ou segunda residência e prevê gastar tanto como no ano passado.

Mais de 50% da população portuguesa não tenciona fazer férias este ano - é, sobretudo, no Norte e na Área Metropolitana do Porto (AMP) que essa tendência se verifica com valores acima da média nacional. A sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF revela também que, entre aqueles que planeiam fazer férias, a grande maioria vai gozá-las dentro das fronteiras nacionais (90%) e estima realizar os mesmos gastos do que no ano passado (64%).

Num tempo em que a pandemia condiciona fortemente a mobilidade, não espanta que apenas 5% dos inquiridos pretendam viajar para o estrangeiro durante o descanso anual.

O mesmo princípio de prudência observa-se nas despesas previstas para o verão. Dos 48% que tencionam fazer férias, só 11% admitem gastar mais do que no ano passado, valor que sobe para 21% quando se consideram aqueles que admitem despender uma quantia menor. É no Centro, na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e no Sul e ilhas que cerca de um quarto das pessoas pretende poupar face a 2020, enquanto no Norte 21% pensam gastar mais, quase o dobro ou mesmo o triplo em relação às outras regiões.

O estudo conclui que, dos 43% que farão férias no país, a maior parte vai fazê-lo em casa alugada (24%), num hotel (23%) ou em segunda residência (19%). É interessante verificar que é sobretudo no Norte (43%) e na AMP (23%) que vive quem escolhe uma unidade hoteleira para o descanso.

44% a perder rendimento

Nestas circunstâncias tão incertas, 52% dos habitantes da Grande Lisboa pensam tirar férias, percentagem igual ao do total nacional. Já o Norte (59%) e a AMP (55%) encontram-se acima da tendência nacional dos que não tencionam fazê-lo, tal como as pessoas com 65 ou mais anos (59%).

A sondagem debruça-se, também, sobre o impacto da crise sanitária nos rendimentos, que se cruza com os planos dos portugueses para este verão. Os dados apurados indicam que 44% dos inquiridos declararam ter tido quebra nos seus rendimentos, sendo que a AML está claramente acima da média (50%). São mais os homens (47%) do que as mulheres (42%) que afirmaram ter visto os rendimentos afetados e provêm, sobretudo, do grupo etário entre os 35 e 49 anos.

Em relação ao nível de poupança, manteve-se para 70% daqueles que não perderam dinheiro. Dos 30% que afirmaram o contrário, o Grande Porto apresenta um desempenho assinalável (43%) e a AML também se destacou (32%). Ou seja, foi nos dois maiores centros urbanos onde se pôs mais dinheiro de lado.

As outras regiões ficaram abaixo da média nacional, sendo de sublinhar que a população mais jovem, entre os 18 e os 34 anos, foi a que mais se empenhou em poupar (49%).

A sondagem da Aximage avalia, ainda, o comportamento face a uma despesa ou compra de valor importante: 56% responderam que não a adiaram. Dos 44% que tomaram decisão contrária, esses deixaram de adquirir equipamentos para o lar e a viagem de férias.

Ainda assim, uma percentagem significativa (40%) espera concretizar essa despesa importante até ao final deste ano.

Classes baixas adiaram menos compras avultadas

A decisão de adiar uma despesa avultada afetou menos a classe D (63%), a mais vulnerável, e as pessoas com 65 ou mais anos (86%). Foi na Área Metropolitana de Lisboa que a maior percentagem de inquiridos declarou ter tido quebras nos rendimentos (50%) e afirmou ter adiado esse gasto (51%). Foi também nesta zona do país que menos pessoas disseram ter condições para fazer, ainda em 2021, esse gasto importante (39%).

"QUEM O AVISA" SAIBA ONDE VÃO ESTAR OS RADARES EM FEVEREIRO

QUEM O AVISA. FEVEREIRO - OPERAÇÕES DE CONTROLO DE VELOCIDADE - RADAR AVEIRO 04/fev/25   08h00   AVENIDA EUROPA . Aveiro 06/fev/25   08h00  ...