O arranha-céus SEG Plaza, situado em Shenzhen, no sudeste da China, foi encerrado até novo aviso, após ter oscilado por três vezes esta semana.
O jornal oficial chinês The Paper noticiou que as autoridades decidiram encerrar o edifício até que a causa seja identificada e visando minimizar os riscos.
Na quinta-feira, vários funcionários de escritórios de diferentes andares voltaram a sentir o edifício de 355 metros tremer, o que levou à sua retirada.
Vídeos difundidos pela imprensa chinesa comprovam a vibração através de água contida nas chaleiras ou na oscilação das ventoinhas de teto.
O jornal acrescentou que o SEG Plaza não só vibrou pelo menos três vezes nos dias 18 e 20, mas que algumas das pessoas que trabalham no edifício também indicaram que sentiram tremores no dia 13.
As autoridades locais ainda não encontraram uma explicação para a vibração do arranha-céus, mas detalharam que o edifício não possui amortecedores de vibração, como é comum nas construções deste estilo.
Os tremores foram noticiados pela primeira vez, na terça-feira, quando centenas de pessoas fugiram do local, segundo vídeos difundidos nas redes sociais chinesas.
O SEG Plaza é o 104.º edifício mais alto da China e o 212.º mais alto do mundo.
Segundo o jornal, "não foram encontradas anomalias na estrutura do edifício ou no terreno envolvente e a estrutura principal está segura".
As autoridades excluíram ainda a ocorrência de um terramoto em Shenzhen ou áreas próximas.
A densa malha de arranha-céus de Shenzhen, uma das mais prósperas cidades da Ásia, é símbolo do "milagre económico" que transformou a China nos últimos 40 anos.
A cidade serviu como laboratório à abertura da China à economia de mercado, em 1979, e soma hoje um Produto Interno Bruto (PIB) superior a Hong Kong ou Singapura, dois importantes centros financeiros asiáticos.