Os dois jovens, de 16 e 17 anos, detidos pelo homicídio de Lucas Miranda, encontrado morto num poço junto à instituição onde estava acolhido em Palmela, foram libertados pelo Tribunal de Setúbal.
A Juiz de Instrução Criminal decidiu pela medida de coação menos gravosa para os dois jovens colegas de Lucas na instituição. Os suspeitos de homicídio e profanação de cadáver, naturais de Setúbal e Moita, terão que se apresentar diariamente no posto da sua residência até conclusão da investigação.
Lucas Miranda faleceu no dia 15 de outubro e o seu corpo enrolado num lençol e jogado dentro de um poço duma antiga adega junto à instituição. Os homicidas taparam depois o poço com galhos de árvore e regressaram à instituição.
A Polícia Judiciária de Setúbal recuperou no dia 16 de fevereiro as ossadas humanas de Lucas Miranda, após denúncia que apontava para a sua localização. A informação dava conta de que foi assassinado por um grupo de amigos e o corpo abandonado.
Lucas tinha sido institucionalizado no dia 2 de outubro a pedido da sua mãe adotiva que sentia receio pelo comportamento violento do filho. Fugiu seis vezes do Centro de Jovens Tabor, em Brejos do Assa, Palmela, mas era sempre localizado e regressava ao espaço.
No dia 15 de outubro, novo desaparecimento, mas sem regresso. Tanto os arguidos como a vítima já se tinham ausentado, injustificadamente e por diversas vezes, da instituição, o que fez pressupor que o desaparecimento da mesma se tivesse devido a mais uma das suas fugas.