Um jovem de 17 anos foi detido pela Polícia Judiciária por suspeita de ter violado uma mulher e roubado uma outra na zona do Parque das Nações, Lisboa, em março de 2020. A divulgação do retrato robô terá sido decisiva para identificar o suspeito.
O primeiro crime ocorreu no dia 2 de março do ano passado junto ao Campus da Justiça. Uma mulher de 29 anos que regressava a casa após a prática de exercício físico foi violada. Cerca de 40 minutos depois, a um quilómetro de distância, o mesmo suspeito roubaria uma mulher com 47 anos de idade quanto esta entrava no prédio onde residia.
A Polícia Judiciária compôs um retrato robô do suspeito que viria a divulgar após a devida autorização das autoridades judiciárias junto das entidades policiais e também junto da população. Segundo o comunicado divulgado na altura, o suspeito era "negro, magro, com cabelo curto e uma "anomalia" a nível dos olhos", sendo que "terá entre 16 e 25 anos e estatura média/alta entre 1.75 m e 1.80 m".
Em comunicado, a PJ considera que "foi decisivo o papel da comunicação social na divulgação do retrato robot e na aquisição de elementos fundamentais para a identificação do suspeito e descoberta da verdade".
Após "aturadas diligências de investigação" o suspeito, que na altura dos factos tinha apenas 16 anos de idade, foi detido e encontra-se em prisão preventiva.
"Das diligências investigatórias desenvolvidas e dos elementos probatórios carreados para o inquérito, nomeadamente, dos resultados periciais obtidos, resultou a identificação cabal e inequívoca do presumível autor dos crimes em investigação e a conclusão da mesma com proposta, ao Ministério Público, de dedução de acusação", acrescenta a PJ, salientando que "para o alcance de tal desiderato e sucesso da investigação assim realizada, foram fatores determinantes a colaboração de outros OPC, de diversas instituições públicas e de muitos cidadãos".