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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

QUEDA DE AVIÃO DA ETHIOPIAN AIRLINES EM 2019 DEVEU-SE A FALHA NO SOFTWARE


A ministra dos Transportes da Etiópia anunciou, esta sexta-feira, que investigadores etíopes confirmam no seu relatório final que uma falha no software de voo é a causa da queda de um Boeing 737 MAX da Ethiopian Airlines em 2019.

Em 10 de março de 2019, seis minutos após a descolagem de Adis Abeba, o voo ET302 com destino a Nairobi caiu a sudeste da capital etíope, matando todos os 157 passageiros e tripulantes.

O acidente ocorreu menos de cinco meses depois, em condições semelhantes, da queda de um 737 MAX da empresa indonésia Lion Air, que provocou a morte de 189 pessoas.

As duas tragédias, que mergulharam a fabricante norte-americana de aeronaves Boeing na pior crise da sua história, evidenciaram uma falha no 'software' de controlo de voo, o sistema MCAS anti-stall.

Num relatório preliminar, em março de 2020, os investigadores etíopes já haviam apontado que o 'design' do sistema MCAS "o torna vulnerável a ativações indesejadas".

"Consistente com o relatório preliminar", o documento final confirmou que um sensor à esquerda da aeronave "falhou imediatamente após a descolagem, enviando dados errados para o sistema de controlo de voo", disse hoje a ministra Dagmawit Moges.

"Os dados errados acionaram o sistema MCAS, que repetidamente apontou o nariz da aeronave até que o piloto perdeu o controlo" da aeronave, continuou.

O relatório final deve ser divulgado nos próximos dias, acrescentou.

Após este segundo desastre aéreo em menos de cinco meses, a entrega e a produção do 737 MAX foram suspensas e todas as aeronaves existentes foram imobilizadas por 20 meses, antes de serem gradualmente autorizadas a voar novamente a partir do final de 2020, depois de correções introduzidas pela Boeing.

As companhias aéreas, incluindo a Ethiopian Airlines, devolveram em fevereiro passado mais de 200 dessas aeronaves que estavam ao seu serviço.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

VENDA DE ARMAMENTO ATINGE RECORDE EM TEMPO DE PANDEMIA


A venda de armamento em 2020, pelas 100 maiores empresas internacionais, totalizou 469 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 1,3% face ao ano anterior, mesmo em tempo da pandemia de covid-19.

Os dados constam do relatório sobre comércio de armas e serviços militares, divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa sobre a Paz de Estocolmo (SIPRI na sigla em inglês), e revelam que foi batido um novo recorde.

Segundo o SIPRI, em 2020 a faturação das cem maiores empresas do setor militar e da Defesa foi de 531 mil milhões de dólares (cerca de 469 mil milhões de euros), dos quais mais de metade diz respeito a empresas norte-americanas.

Significa que foi registado um aumento de 1,3% face a 2019, tendo em conta ainda que em 2020 a economia global sofreu uma contração de 3,1%, devido aos efeitos da propagação da covid-19, recorda aquele instituto.

"As despesas militares subiram em grande parte do mundo e em alguns casos os governos aceleraram os pagamentos à indústria do armamento, de forma a mitigar o impacto da crise provocada pela covid-19", afirmou a investigadora Alexandra Marksteiner, do SIPRI, citada no comunicado divulgado pelo instituto.

Os Estados Unidos mantêm a hegemonia mundial, com 41 empresas entre as 100 maiores cotadas neste mercado, representando 54% do total de faturação em 2020, ou seja, 285 mil milhões de dólares (cerca de 251 mil milhões de euros).

As cinco maiores empresas do setor são norte-americanas: Lockheed Martin, Raytheon, Boeing, Northrop Grumman e General Dynamics.

Destaque ainda para a presença de cinco empresas chinesas de comércio de armas, totalizando, em 2020, 66 mil milhões de dólares (59 mil milhões de euros) de faturação, o que representa uma fatia de 13% do total registado pelo SIPRI.

Na lista das cem empresas, 26 são do continente europeu, somando 109 mil milhões de dólares de faturação (96 mil milhões de euros) em 2020.

O SIPRI registou ainda uma quebra de 6,5% na soma das vendas das nove empresas russas presentes naquela lista, diminuindo a faturação de 28,2 mil milhões de dólares para 26,4 mil milhões.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

IGREJA CATÓLICA ABUSOU SEXUALMENTE DE MAIS DE 300 MIL MENORES EM FRANÇA


Mais de 300 mil menores foram abusados e agredidos em instituições da Igreja Católica francesa, segundo um relatório sobre pedofilia divulgado hoje e que responsabiliza diretamente clérigos e religiosos por 216 mil vítimas.

​​​​ De acordo com o relatório, cerca de 216 mil crianças ou adolescentes foram abusados ou agredidos sexualmente por clérigos católicos ou religiosos em França entre 1950 e 2020.

O número de vítimas sobe para 330 mil quando considerados "agressores leigos que trabalham em instituições da Igreja Católica", nomeadamente nas capelanias, professores nas escolas católicas ou em movimentos juvenis, disse o presidente da Comissão Independente sobre os Abusos da Igreja (Ciase), Jean-Marc Sauvé, durante a apresentação do relatório à imprensa.

De acordo com o presidente da Comissão, composta por 22 membros, os números citados baseiam-se numa estimativa estatística que tem uma margem de erro, por excesso ou defeito, de cerca de 50 mil pessoas.

"Estes números são mais do que preocupantes, são condenáveis e não podem de forma alguma ser ignorados", disse Jean-Marc Sauvé, explicando que a estimativa revelou que cerca de 80% são vítimas masculinas.

"As consequências são muito graves", disse Sauvé, adiantando que "cerca de 60% dos homens e mulheres que foram abusados sexualmente revelam grandes problemas na sua vida sentimental ou sexual".

O relatório de 2500 páginas identifica cerca de três mil abusadores dois terços dos quais padres que trabalharam na igreja francesa durante 70 anos.

A Igreja Católica mostrou "até ao início dos anos 2000 uma profunda e até cruel indiferença para com as vítimas", considerou Jean-Marc Sauvé, que lidera a comissão independente desde 2018.

De 1950 a 2000, "as vítimas não foram acreditadas ou ouvidas", acrescentou, durante a apresentação das conclusões do seu trabalho, perante o episcopado, ordens religiosas e representantes de associações de vítimas.

Para a comissão, as conclusões do relatório revelam um fenómeno de "natureza sistémica", cuja responsabilidade a Igreja Católica deve reconhecer, assegurando "reparação" financeira para todas as vítimas.

A comissão trabalhou durante dois anos e meio, ouvindo vítimas e testemunhas e estudando os arquivos da igreja, tribunal, polícia e imprensa a partir dos anos 50.

Uma linha telefónica criada no início da investigação recebeu 6500 chamadas de alegadas vítimas ou de pessoas que disseram conhecer uma vítima.

De acordo com Sauvé, há 22 alegados crimes que ainda não prescreveram e foram encaminhados para as autoridades judiciais.

Mais de 40 casos demasiado antigos para serem processados, mas que envolvem suspeitas sobre abusadores ainda vivos, foram encaminhados para análise dentro da própria Igreja.

A comissão emitiu 45 recomendações sobre a forma de prevenir abusos, incluindo formação de padres e outros clérigos, a revisão do Direito Canónico o código legal que o Vaticano utiliza para governar a igreja e a promoção de políticas de reconhecimento e compensação das vítimas.

Olivier Savignac, líder da associação de vítimas "Parler et Revivre", que contribuiu para a investigação, sublinhou, que a elevada proporção de vítimas por agressor é particularmente "aterradora para a sociedade francesa e para a Igreja Católica".

O relatório surge depois do escândalo que envolveu o agora ex-padre Bernard Preynat, condenado, no ano passado, por abuso sexual a uma pena de prisão de cinco anos, por ter abusado de mais de 75 rapazes durante décadas.

Uma das vítimas de Preynat, François Devaux, líder do grupo de vítimas "La Parole Libérée", considerou que "com este relatório, a igreja francesa vai, pela primeira vez, à raiz deste problema sistémico".

Adiantou, por outro lado, que o número de vítimas identificadas no relatório "é mínimo".

"Algumas vítimas não ousaram falar ou confiar na comissão", disse, considerando que a igreja deve não só reconhecer os abusos, mas também compensar as vítimas.

"É indispensável que a igreja reconheça os danos causados por todos estes crimes, e a compensação (financeira) é o primeiro passo", disse.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

NÍVEL DO MAR CONTINUA A SUBIR A RITMO ALARMANTE


O nível dos oceanos continua a subir, a um ritmo alarmante de 3,1 milímetros por ano, devido ao aquecimento global e ao derretimento do gelo na Terra, revelou, esta quarta-feira, o Serviço de Monitorização do Meio Marinho do programa Copernicus.

A extensão do gelo marinho do Ártico tem vindo a diminuir. Entre 1979 e 2020 perdeu o equivalente a seis vezes o tamanho da Alemanha, de acordo com o relatório de peritos divulgado esta quarta-feira.

A extremada variação entre períodos de frio e ondas de calor no Mar do Norte está relacionada com mudanças na captura de linguado, lagosta europeia, robalo, salmonete e caranguejos.

A poluição causada pelas atividades em terra, como a agricultura e a indústria, está a ter impacto nos ecossistemas marinhos, reforçaram os especialistas na quinta edição do relatório sobre o estado dos oceanos.

O aquecimento dos oceanos e o aumento de salinidade intensificaram-se no Mediterrâneo, na última década.

"Estima-se que o aquecimento do oceano Ártico contribua com quase 4% para o aquecimento global dos oceanos", lê-se no relatório.

Mais de 150 cientistas, de cerca de 30 instituições europeias, colaboraram no trabalho. De acordo com as conclusões, o oceano está a passar por "mudanças sem precedentes", o que terá "um enorme impacto" no bem-estar humano e nos ambientes marinhos.

"As temperaturas da superfície e subsuperfície do mar estão a aumentar em todo o mundo e os níveis do mar continuam a subir a taxas alarmantes: 2,5 mm por ano no Mediterrâneo e até 3,1 mm por ano globalmente", escreveram os peritos.

O documento é apresentado como uma referência para a comunidade científica, decisores e público, em geral.

A combinação destes fatores pode causar "eventos extremos" em áreas mais vulneráveis, como Veneza, onde em 2019 uma subida do nível das águas fora do comum, uma forte maré e condições climatéricas extremas na região provocaram a chamada "Acqua Alta" quando o nível da água subiu para um máximo de 1,89 metros.

"Este foi o nível de água mais alto registado desde 1966 e mais de 50% da cidade foi inundada", recordaram os autores do documento.

Os cientistas explicaram também que a poluição por nutrientes, oriundos de atividades terrestres, como agricultura e a indústria, tem "um efeito devastador na qualidade da água" do oceano.

Através da eutrofização, o aumento do crescimento das plantas pode levar à redução dos níveis de oxigénio na água do mar e até mesmo bloquear a luz natural, "com efeitos potencialmente graves" nos ambientes costeiros e na biodiversidade marinha.

No Mar Negro, por exemplo, a percentagem de oxigénio tem diminuído desde o início das medições, em 1955.

O aquecimento da água do mar faz com que algumas espécies de peixes migrem para águas mais frias, levando à introdução de espécies não nativas num determinado habitat, como aconteceu em 2019 quando o peixe-leão migrou do Canal do Suez para o Mar Jónico, devido ao aumento das temperaturas na Bacia do Mediterrâneo.

Segundo o relatório, o gelo marinho do Ártico continua muito abaixo da média e diminui "a um ritmo alarmante".

Nos últimos 30 anos, o gelo marinho do Ártico diminuiu continuamente em extensão e espessura. Desde 1979, a cobertura de gelo em setembro reduziu 12,89% por década, com mínimos recordes nos últimos dois anos.

A perda contínua do gelo marinho do Ártico pode contribuir para o aquecimento regional, a erosão das costas árticas e as mudanças nos padrões climáticos globais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

É AOS 13 ANOS QUE A MAIORIA DOS PORTUGUESES COMEÇA A BEBER

 


Jovens de 16 anos não são os piores na Europa mas, quando bebem, ingerem mais. Ao nível da canábis, Portugal é o 5.º com mais consumidores de risco.

Os jovens portugueses são dos que começam a beber mais cedo (com 13 ou menos anos) e dos que mais preferem bebidas destiladas, revela um estudo hoje divulgado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

O relatório "European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs", feito de quatro em quatro anos, em 35 países europeus entre jovens de 16 anos, conclui que, apesar de a prevalência de álcool ser inferior à média europeia, os jovens portugueses ingerem maior quantidade.

"Em relação ao álcool, a percentagem de jovens portugueses de 16 anos que iniciaram o consumo de álcool aos 13 anos ou menos é consideravelmente superior à média europeia, embora a percentagem que se embriagou tão precocemente seja inferior à média europeia", lê-se no estudo. Os portugueses são os segundos (a seguir aos espanhóis) a responder preferir bebidas destiladas (59%), na última vez que consumiram, por oposição à cerveja, ao vinho ou à cidra.

Comparativamente a 2015, Portugal foi dos países que registaram uma evolução "menos positiva". Enquanto a média europeia, entre os jovens de 16 anos que ingeriram pelo menos uma bebida alcoólica ao longo da vida desceu de 82% para 80%, estando essa percentagem a cair desde 2003; em Portugal, entre 2015 e 2019, aumentou de 71% para 77%.

No indicador do consumo referente aos últimos 30 dias não há praticamente diferença em relação à média europeia, que se manteve nos 48%, enquanto em Portugal subiu ligeiramente dos 42% para os 43%. Na maior parte dos fatores analisados, Portugal fica abaixo da média, "destacando-se mais vezes pela positiva do que pela negativa".


CONSUMO PROBLEMÁTICO

Portugal é dos países com maior número de ocasiões de consumo de canábis no último ano e o quinto com maior percentagem de consumidores recentes (24%) com padrão de consumo de alto risco, alerta o relatório. Apesar de a percentagem de jovens de 16 anos que consomem aquela substância ser inferior à média europeia, "aqueles que o fazem tendem a consumir de uma forma mais problemática do que se verifica na maior parte dos outros países".

Quanto ao consumo de outras drogas ilícitas, os jovens portugueses estão em linha com a média europeia - por exemplo, na experimentação de anfetaminas e ou metanfetaminas -, mas é o 7.o país com a prevalência mais elevada de consumo de ecstasy.

Mais tempo na net

A percentagem de portugueses que assumiram ter problemas decorrentes da utilização da Internet em redes sociais e em jogo online é um pouco superior à média europeia. Portugal é dos países onde mais jovens de 16 anos passam mais tempo em redes sociais.

Tabaco

Portugal apresenta prevalências de consumo bastante inferiores à média europeia, especialmente nos cigarros eletrónicos.

Jogo a dinheiro

Os portugueses jogam menos online do que a média europeia, preferem apostar em lotarias e apostas desportivas.

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