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domingo, 11 de dezembro de 2022

MACRON E ZALENSKY FALAM POR TELEFONE PARA PREPARAR CONFERÊNCIA "PELA RESILIÊNCIA E RECONSTRUÇÃO DA UCRÂNIA"


O Presidente francês falou este domingo com o homólogo ucraniano Zelensky por telefone, para preparar a conferência de terça-feira, reafirmando o apoio de Paris "pelo tempo que for necessário" para recuperar a soberania e integridade territorial.

"Discutimos, com o Presidente Zelensky, a organização das conferências que a França irá acolher na terça-feira: primeiro, a conferência internacional de ajuda para apoiar a Ucrânia durante o inverno; e, em segundo, a conferência com empresas francesas que irão ajudar na reconstrução do país", escreveu este domingo Emmanuel Macron, na rede social Twitter.

"A Ucrânia pode contar com o apoio da França pelo tempo que for necessário para recuperar totalmente sua soberania e integridade territorial", acrescentou o Presidente francês.

Também Volodymyr Zelensky deu conta desta conversa telefónica, através da mesma rede social.

"Sincronizámos as nossas posições antes da cimeira virtual do G7 e da conferência de apoio a Paris. Discutimos a implementação do nosso plano de paz em 10 pontos, a cooperação na defesa e estabilidade energética", escreveu Zelensky no Twitter.

O Presidente ucraniano fará uma intervenção por vídeo durante a conferência de terça-feira "pela resiliência e reconstrução da Ucrânia", enquanto o seu primeiro-ministro estará presente.

De acordo com o Eliseu, participam "Chefes de Estado, chefes de governo e ministros" de 47 países, assim como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

A conferência acontece na sequência das declarações de Macron que sublinhou, no início deste mês, que seria necessário dar "garantias" à Rússia para encontrar um bom equilíbrio, uma vez terminada a guerra na Ucrânia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que será necessário um acordo "em última instância" para pôr termo ao conflito com Ucrânia, manifestando dúvidas sobre a "confiança" que Moscovo pode, segundo ele, conceder aos seus interlocutores.

Zelensky propôs-lhe, em meados de novembro, um plano de paz de 10 pontos, desde a integridade territorial até o destino dos prisioneiros, incluindo a segurança alimentar na Ucrânia.

Macron anunciou no início deste mês que falaria "em breve" com Putin, em particular sobre questões de segurança à volta do "nuclear civil" na Ucrânia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

RISCO DE UMA GUERRA NUCLEAR ESTÁ A AUMENTAR, AVISA VLADIMIR PUTIN

 


Numa reunião do Conselho russo dos Direitos Humanos, o Presidente Vladimir Putin disse que a Rússia "não enlouqueceu" mas garantiu que, perante um ataque inimigo, irá usar todos os meios disponíveis para se defender.

Ao contrário de Moscovo, criticou Putin, os Estados Unidos enviaram armas nucleares táticas para outros países. Mas a Rússia, acrescentou citado pela Associated Press, vê o próprio arsenal como "uma arma de defesa".

Convidado por um membro do Conselho de Direitos Humanos a prometer-se a que a Rússia não fosse a primeira a recorrer a armas nucleares, Putin objetou, sustentando que ao fazê-lo submeter-se-ia à possibilidade de ser ela alvo de um ataque nuclear.

“Se não usar primeiro em nenhuma circunstância, significa que também não será o segundo porque (nessa circunstância) a possibilidade de usá-las em caso de ataque nuclear ao nosso território será fortemente limitada”, disse Putin.

Neste sentido, o Presidente russo reiterou que a Rússia estava pronta para usar “todos os meios disponíveis” para proteger o seu território, incluindo as áreas anexadas da Ucrânia, e rejeitou as críticas ocidentais de que essas declarações equivalem a um golpe.

“Não enlouquecemos. Estamos plenamente conscientes do que são armas nucleares", declarou, referindo porém que as que a Rússia tem são das "mais avançadas, são a última geração da energia nuclear.”

Conflito será “longo”

Nesta reunião, o Presidente russo reconheceu que o conflito na Ucrânia é "longo", ao mesmo tempo que apresentou "resultados significativos" em referência à anexação que reivindica de quatro regiões ucranianas.

"Claro que é um processo longo", admitiu Putin, antes de saudar "novos territórios", um "resultado significativo para a Rússia". Ainda assim, descartou uma segunda mobilização de reservistas para reforçar as tropas que já combatem na Ucrânia.

"Dos nossos 300.000 combatentes mobilizados, os nossos homens, os nossos defensores da pátria, 150.000 estão na área de operações", disse Putin numa reunião do Conselho de Direitos Humanos anexado ao Kremlin. Destes, acrescentou, 77.000 estão destacados diretamente para os combates.

Pelo que, acrescentou, uma nova mobilização são “rumores”, até porque “atualmente, não há necessidade disso nem por parte do Estado nem do Ministério da Defesa”.

Em 21 de setembro, Vladimir Putin decretou a mobilização parcial de 300 mil reservistas perante o avanço da defesa ucraniana no leste e sul do país vizinho, as áreas mais atacadas e controladas até então pelos russos.

domingo, 4 de dezembro de 2022

MACRON ANUNCIA QUE FALARÁ COM PUTIN SOBRE SEGURANÇA NUCLEAR


O Presidente francês diz que o Ocidente tem de considerar uma forma de abordar as garantias de segurança que Putin precisa para negociar a paz na Ucrânia, nomeadamente as preocupações com o alargamento da NATO.

Emmanuel Macron considera que a NATO tem de preparar uma estratégia de segurança antes de se sentar à mesa com a Rússia.

Macron admite que a Europa precisa de preparar a arquitetura de segurança futura e definir uma forma de proteger os aliados, tendo em conta os receio do Kremlin.

"Isso significa que um dos pontos essenciais que devemos abordar como o presidente Putin sempre disse é o medo de que a NATO bata às suas portas e o desdobramento de armas que possam ameaçar a Rússia", disse Macron, citado pela Reuters.

O Presidente francês anunciou que falará em breve com Vladimir Putin sobre a segurança nuclear na Ucrânia.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

PAÍSES PRÓXIMOS DA SÉRVIA RECUSAM PASSAGEM DE AVIÃO DO MNE DA RÚSSIA


Os países em redor da Sérvia fecharam o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que deveria voar hoje para Belgrado, disse a sua porta-voz, Maria Zakharova.

“Hoje, os países em redor da Sérvia fecharam o canal de comunicação, recusando-se a autorizar o sobrevoo do avião de Serguei Lavrov, que ia para a Sérvia”, disse Zakharova ao canal de televisão italiano La7 no domingo à noite, segundo as agências noticiosas russas.

“A delegação russa deveria chegar a Belgrado para conversações. Mas a União Europeia (UE) e os países membros da NATO fecharam o seu espaço aéreo”, acrescentou Zakharova, citada hoje pela agência francesa AFP.

O jornal sérvio Vecernje Novosti noticiou que Bulgária, Macedónia do Norte e Montenegro se recusaram a fornecer um corredor aéreo para o avião de Lavrov, segundo a agência russa TASS.

Uma fonte diplomática russa citada pela agência noticiosa Interfax disse que a visita de Lavrov à Sérvia foi cancelada, segundo a AFP.

LAVROV CONSIDERA INCONCEBÍVEL SER IMPEDIDO DE VOAR PARA BELGRADO

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, considerou inconcebível o encerramento do espaço aéreo de três países europeus ao avião que o iria transportar para uma visita à Sérvia.

“O inconcebível aconteceu”, disse Lavrov numa conferência de imprensa em Moscovo, citado pela agência francesa AFP. “Esta é uma decisão sem precedentes de alguns membros da NATO”, considerou o ministro russo, segundo a agência espanhola EFE.

Lavrov disse que “se a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros russo for vista no Ocidente quase como uma ameaça global, então pode-se ver que as coisas no Ocidente são muito más”.

RÚSSIA CONDENA FECHO DO ESPAÇO AÉREO

O vice-presidente do Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, Konstantin Kossachev, denunciou o encerramento do espaço aéreo ao avião de Lavrov como um movimento dirigido “contra a Rússia como Estado e a Sérvia como Estado”.

“Espero que a reação seja conjunta e extremamente severa, não só sob a forma de protestos diplomáticos, mas também sob a forma de ações práticas e concretas”, escreveu Kossachev na rede social Telegram, citado pela AFP.

A primeira-ministra sérvia, Ana Brnabic, disse, no domingo, que a situação era “excecionalmente complicada” devido à impossibilidade de o avião de Lavrov sobrevoar certos países.

A chefe do Governo disse, na altura, que o próprio Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, estava a trabalhar na organização da visita.

Serguei Lavrov está sob sanções da UE desde 25 de fevereiro, no dia seguinte à invasão da Ucrânia, tal como o Presidente russo, Vladimir Putin.

Lavrov deveria encontrar-se em Belgrado com o Presidente sérvio, com o seu homólogo sérvio, Nikola Selakovic, e com o patriarca da Igreja Ortodoxa Sérvia, Porfírio.

terça-feira, 17 de maio de 2022

RÚSSIA FAZ NOVA AMEAÇA NUCLEAR: KREMLIN ADMITE LANÇAR O MÍSSIL BALÍSTICO INTERCONTINENTAL "SATAN II"


leksey Zhuravlyov, deputado da Duma (câmara baixa do parlamento), fez uma nova ameaça nuclear contra o ocidente.

Zhuravlyov foi entrevistado pelo Primeiro Canal (Piervy Canal, em russo) sobre o pedido de adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e sugeriu que Moscovo poderia lançar o seu míssil balístico intercontinental RS-28 Sarmat, apelidado de “Satan II”, para atacar o Reino Unido e os EUA, que considera ser os principais “orquestradores” da aliança militar que tem sido alegadamente hostil ao Presidente Vladimir Putin.

“Se a Finlândia quiser juntar-se a este bloco, então o nosso objetivo é absolutamente legítimo questionar a existência deste Estado. Isso é lógico”, disse Zhuravlyov.

O deputado russo afirma que “se os EUA ameaçarem o nosso Estado, isso é bom: aqui está o Sarmat, e haverá cinzas nucleares se acharem que a Rússia não deveria existir. E a Finlândia diz que está em sintonia com os EUA. Bem, entra na fila”.

“Podemos acertar com um Sarmat no Reino Unido, lançado da Sibéria”, explica Zhuravlyov.

Zhuravlyov acusa o Reino Unido e os EUA de provocarem a adesão da Finlândia à NATO.

“Quem precisa de lutar primeiro do que todos? Os finlandeses? Eles não têm medo de que a Rússia os ataque. Claro, mais cedo ou mais tarde, os norte-americanos vão forçá-los a fazer”. “Assim como eles forçaram a Ucrânia. Eles estão a tentar forçar a Polónia e a Roménia. E, como mostra a prática, eles têm sucesso”.

O regime de Putin realizou um teste de disparo do “Satan II” em 20 de abril, lançando-o de Plesetsk, no noroeste da Rússia.

O RS-28 Sarmat, apelidado de “Satan II”, mede aproximadamente 35 metros de comprimento, pesa 220 toneladas e pode transportar 15 ogivas nucleares leves de uma só vez. Um único míssil pode atingir uma série de alvos de uma só vez.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

RÚSSIA ALERTA NATO PARA RISCO DE GUERRA NUCLEAR TOTAL


A Rússia alertou esta quinta-feira que a ajuda militar ocidental à Ucrânia e os exercícios da NATO perto das suas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e o risco de uma guerra nuclear total.

O alerta, feito pelo vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, surgiu no dia em que o Presidente e a primeira-ministra finlandeses divulgaram o seu apoio à adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Medvedev não menciona a possibilidade de a Finlândia e a Suécia poderem aderir à NATO, mas acusa os países da Aliança Atlântica de estarem a aumentar o risco de uma guerra total com o seu apoio militar à Ucrânia na guerra com a Rússia.

“Os países da NATO a fornecer armas à Ucrânia, a treinar as suas tropas para utilizar equipamento ocidental, a enviar mercenários e os exercícios por países da Aliança perto das nossas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e aberto entre a NATO e a Rússia, em vez da ‘guerra por procuração’ que estão a travar”, escreveu Medvedev na rede social Telegram.

No texto, citado pela agências russa TASS e espanhola EFE, Medvedev avisa que “um tal conflito tem sempre o risco de se transformar numa verdadeira guerra nuclear”.

“Este será um cenário catastrófico para todos”, disse o ex-Presidente (2008-2012) e ex-primeiro-ministro da Rússia (2012-2020).

Medvedev, um aliado do líder russo, Vladimir Putin, acusou ainda o Ocidente de cinismo e de colocar no “topo da agenda” internacional a “tese de que a Rússia assusta o mundo com um conflito nuclear”.

Por isso, referiu, o Ocidente não deve enganar-se a si próprio ou os outros, mas “pensar nas possíveis consequências dos seus atos”.

Medvedev reafirmou a acusação ao Ocidente de travar uma guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia, como já tinha feito quando criticou os Estados Unidos de estarem a fornecer ajuda militar “sem precedentes” a Kiev.

Além de sanções económicas sem precedentes contra a Rússia, mais de 25 países, incluindo Portugal, já anunciaram o envio de material militar para a Ucrânia, num esforço conjunto para ajudar Kiev a resistir e a fazer recuar a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.

O objetivo de travar a expansão da NATO a leste foi um dos argumentos usados pela Rússia para entrar em guerra com a Ucrânia.

Antes da invasão, a Rússia exigiu a proibição da entrada da Ucrânia na NATO e o recuo de tropas e armas da Aliança Atlântica para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.

A guerra na Ucrânia levou, no entanto, a Finlândia e a Suécia a ponderar o abandono da sua neutralidade histórica para aderir formalmente à NATO.

A Rússia já ameaçou que tal decisão pode vir a ter “efeitos políticos e militares” para a Suécia e para a Finlândia.

Uma adesão da Finlândia à NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.

Durante o período da Guerra Fria, a Finlândia ficou longe da NATO para evitar provocar a União Soviética, optando por permanecer como país neutral, mantendo boas relações com Moscovo e também com Washington.

Nas últimas semanas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar acolheria a Finlândia e a Suécia países com Forças Armadas “fortes e modernas”, “de braços abertos” e que esperava que o processo de adesão fosse rápido e tranquilo.

domingo, 1 de maio de 2022

"OU PERDEMOS NA UCRÂNIA OU TERCEIRA GUERRA MUNDIAL COMEÇA"


Para além de ter partilhado a sua opinião num programa televisivo, uma jornalista russa questionou ainda nas redes sociais: "Que escolha nos deixam, idiotas? A destruição completa do resto da Ucrânia?"

Margarita Simonyan, uma editora da rede de televisão estatal russa RT e uma das porta-vozes mais conhecidas do Kremlin, declarou, na passada quarta-feira à noite, num programa televisivo que "a ideia de Putin apertar o botão vermelho é mais provável do que a ideia de permitir que a Rússia perca a guerra".

"Ou perdemos na Ucrânia ou a Terceira Guerra Mundial começa" disse, explicando: "Acho que a Terceira Guerra Mundial é mais realista, conhecendo-nos e conhecendo o nosso líder". Na opinião da jornalista, "tudo isto vai acabar com um ataque nuclear".

"Por um lado, é um horror", confessou, contudo acrescentou: "Mas, por outro lado, é o que é. Nós iremos para o céu, enquanto eles simplesmente morrerão. Todos vamos morrer um dia".

Na manhã desta quinta-feira, Simonyan fez uma publicação na sua página de Facebook mencionando as explosões e sirenes da Força Aérea em Belgorod, cidade russa junto à fronteira ucraniana, onde pode ler-se: "Anglo-saxónicos oferecem publicamente à Ucrânia a transferência de operações de combate para o território russo e fornecem-lhe os meios para implementar este plano". Informação que comentou: "Que escolha nos deixam, idiotas? A destruição completa do resto da Ucrânia? Um golpe nuclear?".

De recordar que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, o que provocou uma guerra com um número de baixas civis e militares ainda por determinar. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até à passada quarta-feira, contabilizou-se, pelo menos, a morte 2.787 civis e 3.152 feridos, contudo, a organização alerta para a possibilidade de os números serem bastante superiores.

A invasão russa levou já mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, nesta que é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, ocorrida de 1939 a 1945.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

A AMEAÇA RUSSA COM ARMAS NUCLEARES E A "MORTE POR TODA A PARTE" EM MARIUPOL


Ao 50.º dia de conflito, um ataque ao símbolo do poderio naval russo. As forças ucranianas atingiram com mísseis o navio Moskva, que lidera a frota da Rússia no mar Negro. O Kremlin voltou a falar em armas nucleares, prometendo "medidas" caso a Suécia e a Finlândia adiram à NATO. Entretanto, a Rússia acusou Kiev de ter atacado duas aldeias russas perto da fronteira, notícia que as autoridades ucranianas negaram.

As forças ucranianas atingiram com mísseis Neptuno o cruzador de mísseis russo Moskva, que lidera a frota da Rússia no mar Negro, causando "danos graves". Notícia confirmada, entretanto, pelo Ministério da Defesa russo. Saiba mais sobre este símbolo do poderio naval russo.

A Federação Russa anunciou que 398 congressistas americanos vão ser proibidos de entrar no seu território, em resposta a uma medida similar tomada pelos EUA para punir a invasão russa da Ucrânia.

A autarquia de Mariupol afirmou esta quinta-feira temer que, nos próximos dias, o número de mortos na cidade portuária chegue a 35 mil. "Devido à intensidade dos bombardeamentos, as pessoas não podem sequer sair para enterrar os entes queridos. Os serviços municipais não funcionam, o cemitério está localizado num território controlado pelo exército russo. A morte está em toda a parte, é visível", frisou o assessor do autarca da cidade, Petro Andryushchenko.

De acordo com o gabinete do procurador-geral da Ucrânia, 197 crianças morreram e 351 ficaram feridas desde o início da guerra.

O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que cerca de 300 pessoas foram mantidas reféns durante quatro semanas na cave de uma escola perto de Chernihiv, no norte da Ucrânia.

​​​O vice-presidente do Conselho de Segurança e ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, ameaçou hoje com o destacamento de armas nucleares no Báltico se a Suécia e a Finlândia aderirem à NATO.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, pediu aos habitantes que deixaram a cidade depois dos bombardeamentos russos que se mantenham afastados, já que a capital ucraniana não está totalmente segura.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, revelou esta quinta-feira que 30 prisioneiros de guerra ucranianos estão já em segurança na sequência de uma troca com a Rússia. Segundo revelou, em comunicado, cinco oficiais, 17 militares e oito civis foram libertados.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que para haver um encontro entre Putin e Zelensky é necessário um acordo escrito pronto a ser assinado. O responsável garantiu ainda que o chefe de Estado russo nunca recusou a tão aguardada reunião.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a União Europeia (UE) de desestabilizar o mercado da energia e provocar aumentos de preços com o debate sobre um embargo ao petróleo e gás russo, quando não tem fornecedor alternativo.

A Rússia acusou hoje a Ucrânia de bombardear duas aldeias fronteiriças russas, uma das quais com helicópteros, provocando sete feridos, incluindo um bebé. Kiev negou o ataque, garantindo que as forças de Putin atacam o próprio território para gerar "histeria anti-ucraniana" no país.

Mais de 4,7 milhões de ucranianos fugiram do país desde o início da invasão pela Rússia, há 50 dias, anunciou o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).

Um dia depois de o primeiro-ministro da Finlândia ter confirmado que uma decisão sobre a adesão à NATO será tomada "dentro de semanas", o ministro das Relações Exteriores disse à CNN que esperava uma reação da Rússia e que o país está "preparado para diferentes tipos de ameaças".

sábado, 9 de abril de 2022

REINO UNIDO OFERECE 120 BLINDADOS E MÍSSEIS ANTINAVIO E ANTITANQUE À UCRÂNIA


O primeiro-ministro britânico quer agravar as sanções económicas à Rússia. De visita a Kiev, Boris Johnson disse ainda que a Ucrânia pode contar com apoio económico e militar do Reino Unido.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou este sábado, depois de se reunir com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que o Reino Unido entregará a Kiev 120 veículos blindados e sistemas de mísseis antinavio e antitanque.

Durante o encontro, os dois líderes falaram sobre ajuda económica e militar e Boris Johnson anunciou um nove pacote de financiamento de 500 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de euros) para a Ucrânia através do Banco Mundial, o que eleva o montante total de fundos comprometidos por esse meio para 1.000 milhões de dólares (cerca de 910 milhões de euros).

A ajuda financeira, ainda sujeita à aprovação do Parlamento britânico, pretende “continuar a manter os serviços humanitários vitais em funcionamento”, segundo um comunicado do Governo do Reino Unido.

Boris Johnson prometeu ainda fornecer à Ucrânia 120 veículos blindados e mísseis antinavio, bem como 800 projéteis antitanque, para fazer frente às forças invasoras russas.

“A Ucrânia desafiou as probabilidades e afastou as forças russas dos portões de Kiev”, disse o primeiro-ministro britânico, classificando a resistência ucraniana como “o maior feito de guerra do século XXI”.

“Esta visita é uma manifestação do apoio resoluto, forte e contínuo do Reino Unido à Ucrânia”, explicou Boris Johnson.

terça-feira, 22 de março de 2022

FORÇAS RUSSAS ESTÃO A PERDER TERRENO E "EM APUROS"


O exército ucraniano está a realizar ofensivas que permitiram, em particular no sul, recuperar terreno às tropas russas, que se debatem com dificuldades de comunicação, indicou esta terça-feira o Pentágono.

Os militares ucranianos “estão agora, em certas situações, na ofensiva”, disse John Kirby, porta-voz do Pentágono, em declarações a uma estação televisiva, acrescentando que “estão a perseguir os russos e a expulsá-los de áreas onde estes estiveram anteriormente”.

“Sabemos que realizaram contra-ataques especialmente nos últimos dias, em Mykolaiv”, uma cidade importante no sul da Ucrânia, precisou.

“Vimos (estes ganhos territoriais) aumentarem nos últimos dias. É uma prova real da sua capacidade de lutar de acordo com os seus planos, adaptando-se e, novamente, tentando repelir as forças russas”, disse Kirby.

Sobre as tropas russas, o porta-voz do Pentágono disse que “os seus comandantes nem sempre falam, nem sempre coordenam as forças aéreas e terrestres”.

“Vimos tensões entre as forças aéreas e terrestres russas. Sobre como se apoiavam com dificuldade”, explicou Kirby, acrescentando que as mesmas falhas podem ser observadas na Marinha, onde disse haver “problemas com o comando e controlo” dos militares.

Kirby referiu que os russos “têm dificuldade em falar uns com os outros” e que as forças “estão a ficar sem gasolina e sem comida”, considerando que “estão em apuros”.

segunda-feira, 21 de março de 2022

RÚSSIA REJEITA ENCONTRO COM ZELENSKY E INTENSIFICA BOMBARDEAMENTOS


Ao 26.º dia de guerra, o Kremlin defendeu que as negociações com a Ucrânia ainda não justificam um encontro entre os líderes dos dois países. A capital ucraniana acordou com bombardeamentos, mortes e destruição. Em Kherson, as tropas russas dispersaram um protesto disparando sobre os manifestantes e a estratégica cidade de Odessa registou os primeiros bombardeamentos a atingir edifícios residenciais.

- Um centro comercial situado numa área residencial de Kiev foi bombardeado pelas forças russas, esta madrugada, matando pelo menos oito pessoas. O ataque provocou uma cratera de vários metros de largura no parque de estacionamento junto ao edifício. A Rússia confirmou o bombardeamento, afirmando que o centro comercial era utilizado pelos ucranianos para o armazenamento de armas.

- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai visitar a Polónia na viagem que vai fazer à Europa a partir de quarta-feira, para discutir com os aliados europeus a invasão russa da Ucrânia, anunciou a Casa Branca.

- O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta segunda-feira à União Europeia que interrompa "todo o comércio" com a Rússia e que rejeite os recursos energéticos do país. "Nenhum euro para os ocupantes, fechem todas as portas, não enviem produtos, rejeitem os recursos energéticos", pediu. "Sem comércio, sem as suas empresas e os seus bancos, a Rússia não terá dinheiro para esta guerra", acrescentou.

- Apesar da disponibilidade demonstrada por Zelensky, o Kremlin afirmou que os avanços nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia ainda não são suficientes para um encontro entre os líderes dos dois países.

- O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um novo recolher obrigatório na capital ucraniana a partir da noite desta segunda-feira até à manhã de quarta-feira. O último recolher foi decretado na semana passada e durou 35 horas.

- A Amnistia Internacional comprovou pelo menos 11 ataques potencialmente criminosos e violadores de direitos humanos na Ucrânia, como bombardeamentos de escolas e hospitais e o uso de munições proibidas.

- As tropas russas acabaram, esta segunda-feira, com um protesto na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, disparando sobre os manifestantes. Há relatos de feridos.

As forças navais russas no Mar Negro bombardearam prédios residenciais em Odessa. É o primeiro ataque do género à cidade portuária, considerada um importante alvo estratégico para o Kremlin.

- Portugal aceitou, até esta segunda-feira, 16.806 pedidos de proteção temporária a pessoas chegadas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

- As escolas portuguesas já receberam a inscrição de 500 alunos ucranianos refugiados da guerra, revelou o ministro da Educação.

- Negociações não oficiais entre os dois lados da barricada, com a mediação de civis, conduziram a uma inusitada troca: seis corpos russos foram trocados por dois ucranianos vivos.

- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu que o seu país não poderá aceitar o ultimato feito pela Rússia para entregar a cidade estratégica de Mariupol, porque o povo ucraniano rejeita a presença das forças russas.

sábado, 19 de março de 2022

HIPERSÓNICAS E INVISÍVEIS: AS ARMAS QUE A RÚSSIA SE ORGULHA


A Rússia usou este sábado, em território ucraniano, uma nova geração de mísseis, descritos por Moscovo como invencíveis, hipersónicos e de alcance ilimitado. Conheça o poderio militar e tecnológico da Rússia, que está a deixar o Mundo em alerta.

1-Avangard, o míssil "invencível"

Os mísseis hipersónicos Avangard são capazes de mudar de rumo e altitude a velocidades muito altas, o que os torna "praticamente invencíveis". Putin chegou mesmo a comparar o desenvolvimento deste míssil "à criação do primeiro satélite artificial da Terra", o famoso Sputnik.

Testado com sucesso em dezembro de 2018, o Avangard atingiu a velocidade de Mach 27 ou seja, 27 vezes a velocidade do som e atingiu um alvo localizado a cerca de seis mil quilómetros de distância, segundo o ministério da Defesa da Rússia. Estão operacionais desde dezembro de 2019.

2-Kinjal, o "punhal" hipersónico

Foram usados pela primeira vez na história este sábado e destruíram um depósito de armas subterrâneo no oeste da Ucrânia. Os mísseis hipersónicos Kinjal ("punhal" em russo) são o mais recente protagonista da guerra.

Esse tipo de míssil, bastante manobrável, desafia todos os sistemas de defesa antiaérea, segundo Moscovo. Durante os testes, atingiram alvos a uma distância de mil até dois mil quilómetros.

3-Sarmat, do Pólo Norte ao Pólo Sul

O míssil balístico intercontinental de quinta geração foi projetado para escapar a todas as defesas antimísseis.

Pesa mais de 200 toneladas, é mais eficiente que seu antecessor o míssil Voevoda com alcance de onze mil quilómetros e "praticamente não tem limites em termos de alcance". Segundo Putin, o Sarmat é capaz de "atingir alvos do Pólo Norte ao Pólo Sul".

4-Peresvet, laser de combate

As características técnicas dos sistemas de laser de combate Peresvet são confidênciais. A única coisa que se sabe até é que estão prontos para combate desde dezembro de 2019, segundo o ministério da Defesa da Rússia.

5-UGM-73 Poseidon, drone submarino

O UGM-73 Poseidon, um drone submarino movido a energia nuclear, é capaz de se movimentar a mais de um quilómetro de profundidade, a uma velocidade de 60 a 70 nós. Segundo a agência oficial russa TASS, o Poseidon é "invisível" aos sistemas de deteção.

Foi testado na primavera de 2020 a partir do submarino Belgorod. Vladimir Putin reforçou no "alcance ilimitado" desta nova arma.

6-Burevestnik, o "pássaro"

Pouco se sabe sobre o míssil de cruzeiro Burevestnik ("pássaro da tempestade" em russo), movido a energia nuclear. Segundo Putin, é mais um míssil com "alcance ilimitado" e capaz de contornar quase todos os sistemas de intercetação. Todas as outras características técnicas são secretas.

7-Zircon, míssil subaquático "invisível"

O lançamento oficial do míssil hipersónico Zircon foi em outubro de 2020. Sabe-se que viaja a Mach 9, ou seja nove vezes a velocidade do som, para atingir alvos marítimos e terrestres.

quarta-feira, 16 de março de 2022

EUA VÃO ENVIAR ARMAMENTO, DRONES E MAIS DE 700 MILHÕES DE EUROS EM ASSISTÊNCIA MILITAR À UCRÂNIA


O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou esta quarta-feira o envio de mais armas antiaéreas e drones para ajudar a Ucrânia a defender-se da Rússia, assim como mais 800 milhões de dólares (727,7 milhões de euros) em assistência militar.

“O mundo está unido no nosso apoio à Ucrânia e na nossa determinação de fazer (o Presidente russo, Vladimir) Putin pagar um preço muito alto”, disse Biden, aquando do anúncio de mais apoio à Ucrânia e horas após o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter pedido ao Congresso dos Estados Unidos uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia e sistemas de defesa aéreos.

“Vamos dar à Ucrânia as armas para lutar e se defender durante todos os dias difíceis que virão”, acrescentou Biden.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

domingo, 13 de março de 2022

RÚSSIA ENFRENTA DEFAULT "IMINENTE" COM INVASÃO À UCRÂNIA


A Rússia enfrenta uma recessão sem precedentes na história recente do país, na sequência das pesadas sanções económicas impostas ao país liderado por Vladimir Putin em resposta à invasão da Ucrânia. As agências de notação financeira preveem um default “iminente” da dívida russa. O país corre o risco de enfrentar uma recessão ainda pior do que a provocada pela pandemia ou pela crise de dívida dos anos 90.

Na terça-feira, a agência de notação financeira Fitch voltou a baixar a classificação da dívida de longo prazo da Rússia de “B” para “C” indicando que um incumprimento financeiro por parte do país é “iminente”. Também a Moody’s voltou no domingo a baixar a classificação atribuída à Rússia para “Ca”, isto é, o segundo degrau mais baixo da sua escala de classificação, alertando que os controlos de capital impostos pelo banco central tornam muito provável o incumprimento do país no pagamento das suas dívidas ao estrangeiro.

A invasão da Rússia à Ucrânia está a gerar uma grande condenação a nível internacional, com o Ocidente a aplicar pesadas sanções económicas, que incluem limites ao acesso aos mercados de capitais primários e secundários da UE para certos bancos e empresas russas e que estão ter reflexos nas relações comerciais e financeiras com Moscovo. O rublo já desvalorizou mais de 40% face ao dólar desde a invasão. O Credit Default Swap do título russo a cinco anos disparou e quase atingiu 3.000 pontos, o que significa que para segurar 1.000 euros de dívida russa são necessários 300 euros.

Certo é que as pesadas sanções vão provocar um forte impacto na economia russa. Na semana passada, o Goldman Sach cortou as projeções da economia russa: se antes apontava para um crescimento do PIB de 2%, as novas previsões ditam que poderá ter uma contração de 7%. Já os economistas da Bloomberg antecipam que a economia russa poderá encolher cerca de 9%.

A confirmar-se estas projeções, a recessão poderá ainda ser pior do que a verificada durante a crise de dívida russa em 1998, período em que o PIB contraiu 5,3%, ou a provocada pela Covid, quando a economia cedeu pouco mais de 3% em 2020.

sexta-feira, 11 de março de 2022

"NOITE HISTÓRICA EM VERSALHES": LÍDERES EUROPEUS ACEITAM INTEGRAÇÃO DA UCRÂNIA NA UE


O Presidente da Lituânia escreveu na madrugada desta sexta-feira no Twitter que os líderes europeus aceitaram a integração da Ucrânia na União Europeia, depois de cinco horas de conversações em Versalhes, França.

“Noite histórica em Versalhes. Depois de cinco horas de discussão acesa, os líderes da União Europeia aceitaram a integração da Ucrânia na UE. O processo (de adesão) já começou. Cabe agora aos ucranianos a sua rápida conclusão. A Ucrânia é uma nação heroica que merece saber que é bem-vinda à UE”, escreveu Gitanas Nausėda.

Também o Conselho Europeu informou, em comunicado, que “reconhece as aspirações europeias” da Ucrânia e que irá, “sem atraso”, fortalecer os nossos laços e aprofundar a nossa parceria para apoiar a Ucrânia no seu caminho europeu”. 

O Conselho Europeu garantiu ainda que “não vai deixar o povo ucraniano sozinho” e acrescentou que os Estados-membros vão continuar a prestar apoio político, financeiro, material e humanitário durante a guerra.

Os chefes de Estado e de Governo da UE iniciaram na quinta-feira, em Versalhes, França, uma cimeira de dois dias originalmente consagrada à economia, mas que se focará agora na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia.   

A 28 de fevereiro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou o pedido formal para a entrada do país na União Europeia (UE). “É um momento histórico”. 

Na altura, a Comissão Europeia abriu a porta à entrada da Ucrânia na UE, mas lembrou que o processo é longo, apesar do pedido de Kiev de um procedimento especial para integrar o país “sem demora”.

TÓQUIO DENUNCIA MANOBRAS MILITARES RUSSAS EM ARQUIPÉLAGO JAPONÊS


O Ministério da Defesa japonês denunciou esta sexta-feira o trânsito de uma dúzia de navios da Marinha russa por um estreito ao norte do arquipélago japonês, em manobras que descreveu como “preocupantes” no contexto da guerra na Ucrânia.

A flotilha russa, que incluía contratorpedeiros da classe Udaloy, foi detetada por aviões de vigilância das Forças de Autodefesa do Japão na quinta-feira, a cerca de 180 quilómetros do Cabo Erimo, na ilha de Hokkaido.

Os navios russos cruzaram o Estreito de Tsugaru, com menos de 19 quilómetros de largura e que separa a ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, e a de Hokkaido, em águas não territoriais, por serem consideradas uma passagem marítima internacional.

O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, descreveu como “preocupante” a “ativação das atividades militares russas no Japão enquanto (Moscovo) está a invadir a Ucrânia”.

Kishi garantiu que o Japão “monitoriza cuidadosamente” os movimentos dos navios russos e acrescentou que Tóquio transmitiu a sua “preocupação” a Moscovo, através dos canais diplomáticos.

O Ministério da Defesa japonês já tinha manifestado a sua preocupação, nos últimos meses, com a intensificação das manobras militares russas e chinesas à volta do arquipélago japonês, antes da guerra na Ucrânia.

As mais recentes manobras russas ocorreram perto do arquipélago das Curilas do Sul (apelidado Territórios do Norte, no Japão) pertencente à Rússia e cuja soberania é reivindicada por Tóquio.

A disputa por esses territórios é o principal obstáculo para a não assinatura de um acordo de paz entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Na aplicação de sanções contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia, o Japão juntou-se ao G7 e à UE, o que já provocou ameaças de Moscovo contra Tóquio.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

quarta-feira, 9 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: POLÓNIA PRONTA PARA ENTREGAR TODOS OS SEUS CAÇAS MIG-29 AOS EUA


O governo polaco garantiu esta terça-feira que está preparado para enviar todos os seus aviões de combate MiG-29 para uma base aérea dos Estados Unidos na Alemanha, abrindo caminho ao uso dos aparelhos pelas forças militares ucranianas, conforme solicitado pelo Governo de Kiev.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia revelou, em comunicado, que o país está preparado para enviar os caças da era soviética, solicitando ao mesmo tempo aos Estados Unidos que forneçam à Polónia aviões de combate com “capacidades operacionais correspondentes”.

Esta decisão será o finalizar de um acordo que permite à Ucrânia utilizar aqueles caças contra as forças russas, pois os pilotos ucranianos estão treinados para pilotar caças da era soviética, enquanto a Polónia recebe caças F-16 norte-americanos para compensar esta perda, segundo a agência AP.

quarta-feira, 2 de março de 2022

QUATRO CAÇAS RUSSOS VIOLAM ESPAÇO AÉREO DA SUÉCIA


Quatro caças russos violaram, esta quarta-feira, o espaço aéreo sueco a leste da ilha de Gotland, no mar Báltico, adiantou o Exército, numa altura em que crescem as tensões entre a Rússia e o Ocidente devido à invasão da Ucrânia.

“Dois Sukhoi Su-27 e dois Sukhoi Su-24 violaram o espaço aéreo sueco”, disse o Exército da Suécia em comunicado.

A invasão russa da Ucrânia reacendeu o debate sobre a adesão da Suécia à NATO.

Em janeiro, a Suécia enviou tanques e dezenas de militares armados para as ruas de Visby, uma cidade portuária na ilha de Gotland, no mar Báltico, numa ação incomum tomada em resposta ao aumento da “atividade russa” na região.

“As Forças Armadas estão a tomar as medidas necessárias para proteger a integridade da Suécia e demonstrar a nossa capacidade de proteger a Suécia e os interesses dos suecos”, adiantou à agência de notícias AFP o ministro da Defesa, Peter Hultqvist, através de ‘e-mail’, na ocasião.

A medida surgiu depois de três navios russos terem navegado no mar Báltico, cruzando o estreito do Grande Cinturão na Dinamarca.

Num comunicado, os militares disseram que as tropas seriam enviadas para “reforçar as operações em muitos locais”, devido ao “aumento da atividade russa no mar Báltico”.

Hutqvist disse também à agência de notícias TT que as patrulhas na ilha de Gotland mostravam que a Suécia estava a levar a situação a sério e que não seria “apanhada de surpresa”.

As Forças Armadas da Suécia disseram ter detetado uma crescente atividade russa no mar Báltico, ao indicarem a existência de “elementos que se desviam no quadro normal” e decidiram reforçar a preparação militar no país escandinavo.

A Defesa sueca considerava, no entanto, que o risco de ataque ao país escandinavo era “baixo”.

TENSÃO SUÉCIA-RÚSSIA TEM AUMENTADO

A tensão entre a Suécia e a Rússia acentuou-se nos últimos anos, coincidindo com o início do conflito russo-ucraniano, com denúncias mútuas de violações do espaço aéreo, em particular pela parte sueca.

O incidente mais grave ocorreu em 2014, quando Estocolmo se referiu a uma violação do seu território por um alegado submarino estrangeiro, responsabilizando indiretamente a Rússia, mas a principal prova, diversas fotos disponibilizadas por civis, foi abandonada alguns meses depois.

Nos últimos anos, a Suécia intensificou a sua colaboração com a NATO, com quem mantém um acordo de associação, e aprovou várias medidas para aumentar o orçamento da Defesa.

O Governo de Estocolmo decidiu ainda enviar um destacamento permanente para Gotland, restabelecer o serviço militar obrigatório, permitir a presença de tropas da NATO em território sueco e reeditar um guia com informação sobre a forma de atuar em caso de emergência ou invasão militar.

Em 2018, as Forças Armadas suecas convocaram os 22 mil membros da Guarda nacional, um corpo permanente de reservistas voluntários, para comprovar a sua capacidade de mobilização, medida que não era adotada desde 1975.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

MATAR ZELENSKY É A MISSÃO DE MAIS DE 400 MERCENÁRIOS APÓS ORDEM DO KREMLIN


Mais de 400 mercenários russos operam em Kiev com ordens diretas do Kremlin para assassinar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os membros do Governo, tendo como outra missão a preparação no local para que o regime de Vladimir Putin assuma o controlo do país, apurou o Times.

O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos do Presidente russo e que opera como braço do Estado, trouxe mercenários de África, há cerca de cinco semanas, numa missão para fazer cair o Governo de Zelensky em troca de um valor monetário elevado.

Informações sobre esta missão terão chegado ao Governo ucraniano na manhã deste sábado. Horas depois, Kiev declarou um recolher obrigatório de 36 horas para procurar estes elementos por toda a cidade, alertando os civis de que estes seriam vistos como agentes do Kremlin e correriam o risco de serem “abatidos” se fossem encontrados na rua após o toque de recolha para casa.

A OFENSIVA RUSSA NA UCRÂNIA

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

"QUEM O AVISA" SAIBA ONDE VÃO ESTAR OS RADARES EM FEVEREIRO

QUEM O AVISA. FEVEREIRO - OPERAÇÕES DE CONTROLO DE VELOCIDADE - RADAR AVEIRO 04/fev/25   08h00   AVENIDA EUROPA . Aveiro 06/fev/25   08h00  ...