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sábado, 31 de outubro de 2020

BRIGADA ESTUDANTIL EXIGE QUE AUTORES DE MENSAGENS DE ÓDIO SEJAM PUNIDOS

 


Os atos de vandalismo aconteceram durante a madrugada desta sexta-feira e foram retirados durante a manhã.

A Brigada Estudantil, grupo que defende os direitos dos estudantes, exigiu hoje que todas as faculdades e estabelecimentos de ensino afetadas por mensagens de ódio e xenófobas apresentem queixa no Ministério Público para que os autores sejam punidos.

Num comunicado, o grupo de coletivos de estudantes que procura trazer para as ruas, para os movimentos e para as lutas uma visão coesa e determinada do movimento estudantil, sustenta que as mensagens, sob a forma de "graffitis", são "absolutamente inaceitáveis e não podem ter espaço numa sociedade que se quer democrática".

"Reivindicamos que todas as faculdades afetadas apresentem queixa junto do Ministério Público, impedindo que os perpetuadores destes atos intoleráveis saiam impunes. É necessária uma demarcação pública e forte destes atos, cuja índole não pode ser tolerada", lê-se no documento.

Para a Brigada Estudantil, quem gere as instituições e academias "tem de as querer como palcos de experimentação democrática, fortes no combate às assimetrias sociais".

"São precisas políticas vigorosas para combater o discurso de ódio, tornando os espaços seguros e inclusivos", acrescenta-se no documento, em que se lembra que se vivem "tempos de insegurança e instabilidade" que permitem que "o ódio ganhe mais espaço para se espalhar na sociedade".

"Sabemos, no entanto, que o racismo está entranhado nas nossas culturas e que, por isso, deve ser estruturalmente combatido. Os nossos currículos perpetuam a desresponsabilização histórica, O que nos impede de estabelecer a conexão entre o passado e o presente", refere a associação.

Nesse sentido, a Brigada Estudantil defende uma "educação descolonizada e antirracista", que "lute contra os entraves que, todos os anos, marginalizam estudantes afrodescendentes, afastando-os da ascensão social".

"Como Brigada Estudantil, cá estaremos, intransigentemente, a defender os interesses dos estudantes e a apelar para que as nossas instituições façam o mesmo", termina o comunicado.

Pelo menos duas universidades, a Católica e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e várias instituições de ensino secundário em Lisboa e Loures foram vandalizadas com frases racistas e xenófobas.

A Universidade Católica Portuguesa já fez saber que avançou com uma denúncia ao Ministério Público.

Sexta-feira, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, repudiaram as mensagens no Parlamento, considerando-as "um nojo" e escritas por "tristes".

Tiago Brandão Rodrigues começou por classificar de "tristes" quem escreveu as mensagens para depois saudar todos os alunos que rejeitaram tais atitudes.

"Hoje [sexta-feira], tristemente, aqui em Lisboa, uns tristes resolveram pichar escolas com frases racistas, xenófobas, e foi de coração cheio, e também com um olhar atento, tanto como ministro como cidadão, que vi os alunos daquelas escolas responderem de forma imediata, com rejeição imediata, a este insulto à sua condição de cidadãos, todos eles da República Portuguesa ou migrantes que vivem cá, e todos eles repudiaram automaticamente aquilo que estava a acontecer", salientou o ministro.

Tiago Brandão Rodrigues saudou estes alunos por terem dado "a melhor lição" e serem "a melhor prova de que o exercício pleno de cidadania democrática é sempre a melhor obra" que se pode doar às novas gerações.

"Eu gostava de deixar aqui - e sei que me acompanham, todos - a minha homenagem a estes estudantes e a estas comunidades educativas, quer sejam do ensino básico, secundário e universitário, porque são eles que todos os dias nos dão lições a nós. Só temos de agradecer as lições que nos dão", concluiu.

Também o secretário de Estado repudiou as atitudes racistas, considerando-as um "ato de cobardia e fraqueza".

"A mim só me mete uma coisa: nojo. E este nojo só contrasta com a vitalidade", sublinhou João Costa, lembrando que os alunos das instituições em causa se recusaram a entrar nas escolas e que "foram eles próprios pintar" e assim apagar as mensagens.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

FRASES RACISTAS EM MUROS DE UNIVERSIDADE EM LISBOA

 


Os muros da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e de uma instituição de ensino secundária em Lisboa foram pichados com insultos racistas e xenofóbicos na madrugada desta sexta-feira, 29. As inscrições falam em uma “Europa branca” e pedem que os imigrantes brasileiros “voltem para as favelas”.

Uma das pichações faz referência direta aos imigrantes brasileiros. “Zucas, voltem para as favelas. Nos vos queremos aqui”, diz a inscrição, usando o apelido pelo qual os brasileiros são conhecidos em Portugal.


Outras mensagens de conteúdo racista também fora identificadas, como “Viva a raça branca” e “Fora com os pretos”. Segundo alunos da instituição, os muros da universidade amanheceram com as pichações. As paredes de uma escola secundária de Lisboa também foram vandalizadas.


Esta não é a primeira vez que alunos da Católica Portuguesa relatam casos de racismo e xenofobia entre os portugueses da instituição. Em junho, conteúdos da mesma natureza foram postados em um grupo nas redes sociais formado por estudantes do curso de Direito.

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Na época, a universidade afirmou que abriu um processo disciplinar interno para investigar os responsáveis. “Do mesmo modo, irá apresentar uma queixa ao Ministério Público por crime de discriminação racial”, afirmou a instituição em nota.

“Desde que cheguei em Lisboa já tinha passado várias situações complicadas por ser brasileira, por exemplo, um queridíssimo professor falou para eu tomar cuidado para não passar nenhuma doença tropical para a sala”, relata a estudante de direito Ana Luisa Tinoco. Segundo a brasileira natural de São Paulo, situações como essa se tornaram recorrentes.

Em nota sobre o caso desta sexta, a reitoria da UCP afirmou que foi realizada uma queixa e que as imagens da pichação estão sendo analisadas. Uma denúncia formal foi protocolada no Ministério Público português.

A universidade rejeita este ato, que atenta contra os princípios basilares do que a universidade enquanto espaço de abertura e diálogo representa e reafirma que continuará, firmemente, a desenvolver a sua ação educativa assente no respeito pela dignidade da pessoa, nos valores da liberdade e do diálogo”, afirmou a instituição na nota enviada a VEJA.


Em abril de 2019, um caso semelhantes aconteceu na Universidade do Porto. Um caixote de madeira com pedras amanheceu em um corredor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) com a seguinte frase: “Grátis se for para atirar em um ‘zuca’ (que passou na frente no mestrado)”. A inscrição foi interpretada como um convite ao apedrejamento dos brasileiros.

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