O juiz Carlos Alexandre rejeitou os recursos apresentados pelo ex-presidente do Benfica e do filho que pediam a devolução das cauções apresentadas. Os advogados vão reclamar para o presidente da Relação de Lisboa.
O Tribunal Central de Instrução Criminal entendeu que os recursos apresentados pelos advogados de Luís Filipe Vieira e de Tiago Vieira apresentam os recursos fora de prazo pelo que não foram admitidos.
Magalhães e Silva, advogado do ex-presidente do Benfica, confirmou ao JN que já foi notificado da decisão e que vai contestá-la. O advogado garante que o recurso foi apresentado dentro do prazo e vai reclamar para o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa.
Em causa estão entendimentos diferentes do prazo. Para os advogados, a partir do momento que Luís Filipe Vieira deixou de estar em prisão preventiva, o processo deixou de ser urgente pelo que a contagem do prazo foi suspensa durante as férias judiciais.
Já para o Ministério Público e para o juiz Carlos Alexandre, o processo foi sempre urgente pelo que o prazo continuou a ser contado durante as férias judiciais.
O juiz tinha determinado uma caução no valor de três milhões de euros para o ex-presidente do Benfica sair em liberdade. Luís Filipe Vieira entregou a hipoteca de dois imóveis no Dafundo, no valor de 1,4 milhões cada e, ainda, um depósito-caução de 240 mil euros.
Já Tiago Vieira, tinha entregado a penhora de um imóvel de 600 mil euros.