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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

"É MUITO POUCO PROVÁVEL" QUE FENÓMENO DE MAU TEMPO NO PORTO ACONTEÇA NOVAMENTE


O meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Nuno Lopes disse, esta segunda-feira, à Lusa que "é muito pouco provável" que o sucedido no Porto no fim de semana volte a acontecer, sem descartar totalmente essa possibilidade.

"Que pode voltar a acontecer, pode. Que é provável, não. É muito pouco provável", disse hoje à Lusa, por Skype, o chefe da divisão de Previsão Meteorológica e Vigilância do IPMA.

Nuno Lopes explicou que para o fenómeno de fortes chuvas e enxurradas suceder novamente, "para além das condições estarem todas reunidas, tem de ser exatamente naquele sítio".

O concelho do Porto registou, no sábado, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse à Lusa fonte da Proteção Civil local.

As enxurradas causaram também danos em algumas habitações na zona das Fontainhas.

"Aquilo basta ser 10 quilómetros a norte que já não tem o mesmo efeito", explicou o responsável à Lusa, comentando que o fenómeno ocorreu "quase no ponto 'certo', onde podia dar" para causar as enxurradas, devido à impermeabilização dos solos na cidade e à capacidade de escoamento.

Nuno Lopes disse até que "podia ter sido um bocadinho pior, se tivesse sido mais afinado", considerando que "aquela zona impermeabilizada (da cidade) é muito complicada".

"Foi mesmo azar", resumiu, lembrando "um evento com muitas semelhanças em 2008".

Em causa está uma "passagem de um sistema frontal com convecção forte embebida, semelhante a um episódio de 07 de outubro de 2008", disse também fonte oficial do IPMA à Lusa.

"Já estava previsto que ocorresse muita precipitação, de forma persistente, ao longo do dia de sábado, e com um novo episódio ao longo de domingo", explicou Nuno Lopes à Lusa.

Associada à precipitação prevista estava um sistema frontal, que "normalmente tem uma frente quente e uma frente fria" e "a uma depressão que está algures", tendo as frentes "uma parte próxima da superfície, que se chama superfície frontal".

"Normalmente, a acompanhar a superfície frontal, e até a superfície frontal fria, há, digamos, um agravamento da situação", que sucede quando há "rajadas mais fortes" e se dá pico da precipitação.

No meio deste fenómeno há a convecção, que "tem a ver com movimentos verticais", e "quanto mais forte for essa convecção, quanto mais elevado for esse movimento vertical, maior a quantidade (de água) na atmosfera que ele pode apanhar para despejar".

Nos últimos eventos climatológicos em Lisboa e no Porto "tem havido convecção forte que não tem sido bem captada pelos modelos", disse Nuno Lopes à Lusa.

"Nós sabemos que ela pode existir, temos alguns parâmetros onde tentamos aferir se ela está lá, se podemos ter essa convecção forte ou não, mas é sempre difícil", acrescentou.

Segundo o meteorologista, "não há ciência, nesta altura, que identifique onde é que isso vai acontecer", mas parece haver "mais disponibilidade de água na atmosfera para despejar".

"O que aconteceu foi um bocadinho azar, se quiser. Ou seja, houve convecção forte exatamente sobre a cidade do Porto, que é uma zona impermeabilizada", resumiu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

NORTE EM SECA MODERADA COM PONTOS SEVEROS EM BRAGANÇA

 


A seca atingiu toda a região Norte, que subiu agora para um nível moderado, e há locais em Bragança que apresentam seca severa, disse hoje à Lusa fonte do IPMA, acrescentando que não há previsões de chuva para fevereiro.

O Norte do país "estava na classe fraca no final de dezembro e, neste momento, está toda a região na classe de seca moderada", adiantou à Lusa Vanda Pires, do Departamento de Clima e Alterações Climáticas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), acrescentando que "na zona de Bragança há já alguns locais que já estão a começar a ter seca severa".

Passa assim ao segundo nível de gravidade, de acordo com a escala utilizada pelo IPMA, que categoriza a seca como fraca, moderada, severa ou extrema.

A especialista afirmou que, "para já, infelizmente, não há previsão de precipitação, pelo menos até meados de fevereiro".

Vanda Pires detalhou que "há probabilidade (de chuva) nos dias 03 e 04 (quinta-feira e sexta-feira), mas são valores inferiores ao que é normal e, mesmo até ao final de fevereiro, as previsões não apontam para valores significativos de precipitação".

Se não chover este mês, "entramos numa situação muito complicada, porque vai haver um agravamento", avançou, concretizando que, "a região Norte, que agora está na situação de seca moderada, não havendo precipitação suficiente, irá naturalmente agravar para a classe de seca severa, que é uma das mais graves, e isso vai ter impactos ao nível do setor agrícola e hidrológico também".

Para além desses impactos, há um maior risco de incêndios florestais, "porque, além de termos situação de seca, estamos a ter temperaturas um bocadinho acima do normal para esta altura no ano, que ainda ajuda mais a secar o mato".

Acresce um "vento seco vindo de leste" que se deve ao facto de o anticiclone estar "sobre a Península Ibérica", referiu.

O Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental, revelou hoje o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa conjunta com a ministra da Agricultura após uma reunião da comissão de acompanhamento da seca, João Pedro Matos Fernandes afirmou que, de acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, há "80% de probabilidade" de 2022 ser um ano seco.

Para fevereiro não há expectativa de que chova o suficiente para inverter a situação de seca meteorológica, mas março ou abril poderão trazer alguma mudança, embora não seja possível de prever a esta distância.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

É "MUITO PROVÁVEL" QUE SECA SE AGRAVE EM FEVEREIRO


O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) considera que é "muito provável" que a seca meteorológica se agrave em Portugal continental durante fevereiro, assinalando que piorou durante o mês de janeiro.

Num boletim divulgado esta quinta-feira, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) indica que a seca que começou em novembro passado "mantém-se e agravou-se à data de 25 de janeiro": 54% do território está em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema.

A curto prazo, o IPMA não prevê que haja chuva significativa até 3 de fevereiro, por isso "será muito provável o agravamento da situação de seca meteorológica no final de fevereiro, em todo o território do continente".

Para "diminuir significativamente" ou acabar com a seca seria preciso que no norte e centro do país chovesse mais do que 200 a 250 milímetros e no sul mais de 150 milímetros, algo que "somente ocorre em 20% dos anos".

Atualmente, a seca está "ligeiramente inferior" ao que se verificava no final de janeiro de 2005, o ano de pior seca das últimas duas décadas.

Todos os meses desde outubro passado têm sido "muito secos" e apenas choveu 45% da média de precipitação para o mesmo período entre 1971 e 2000.

Entre 1 e 25 de janeiro choveu um quarto do que essa média e o mês está a caminho de se tornar um dos "três janeiros mais secos dos últimos anos".

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