O jornal luxemburguês que é escrito em português, Contacto, noticiou que "Há situações catastróficas".
"As pessoas vêm com contratos negociados em Portugal que não respeitam a legislação luxemburguesa, e quando pedimos informação dizem que descontam o alojamento, o material, tudo.
Um dos portugueses contou ao mesmo jornal que "tivemos de fujir. Éramos tratados como escravos".
"Estávamos nove homens num apartamento de dois quartos, com uma casa de banho, em Thil. Às vezes, ficávamos sem luz nem água. O verão foi muito quente e o calor lá dentro era insuportável", conta outro português.
"Quando percebi que tinha de trabalhar 60 horas para receber 1500 euros apenas, congelei. Mas eu não tinha dinheiro nem lugar para ir. Aguentei até estoirar", contou ao contacto um dos trabalhadores de 43 anos.
"O patrão até me disse que não me pagava mais para descontar os dias de baixa quando me aleijei num joelho. E eu aleijei-me numa obra, pois. Agora explique-me lá uma coisa: isto é humano?", questionou um outro português.