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domingo, 25 de abril de 2021

MILHARES VOLTARAM A ENCHER A AVENIDA DA LIBERDADE


Vários milhares voltaram a descer da Praça Marquês de Pombal aos Restauradores, em Lisboa, para celebrarem o 25 de Abril. A Avenida da Liberdade encheu como há vários anos não acontecia, apesar do contexto pandémico e de, pela primeira vez, ter havido dois desfiles divididos pela ideologia.

No ano passado Carlos Ferreira desfilou sozinho com a sua bandeira mas este ano o JN encontrou-o completamente rodeado de pessoas. "A união faz a força", disse-nos, contente por voltar a ver a avenida cheia para celebrar Abril. A comissão organizadora apelou ao distanciamento social e para se voltar a cantar a Grândola à janela mas foram milhares os que decidiram ir à avenida assistir ao desfile. Eram tantos que só as máscaras foram a prova do contexto pandémico.

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e a coordenadora do Bloco, Catarina Martins que também foram ao desfile também desvalorizaram a polémica. Mas apesar dos argumentos de que Abril é de todos, pela primeira vez o desfile estava dividido em dois, consoante a ideologia de Esquerda ou Direita. No primeiro cantava-se "Grândola Vila Morena" e gritava-se "fascismo nunca mais". No segundo, o Iniciativa Liberal juntou algumas centenas que também gritaram "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais" mas também pela primeira vez, "comunismo nunca mais".

Neste segundo desfile, a polémica não foi desvalorizada, antes gritada com recados diretos à Esquerda: "Não é minha, não é tua, é de todos esta rua"; "custa muito mas é verdade, não tem dono a liberdade".

"Ninguém estava à espera disto, tantos e tão jovens mas fizeram questão de vir celebrar a liberdade. Ninguém quer voltar para trás. Não estamos agarrados ao passado, os liberais estão a olhar para o futuro", defendeu ao JN.

Os dois desfiles estavam separados por carros e agentes da PSP. No meio, um pequeno grupo: André Silva do PAN, que já anunciou a sua retirada em junho do Parlamento e da liderança do partido, optou por não deixar de desfilar na avenida com família e amigos, incluindo Nelson Silva que lhe irá suceder na bancada mas sem integrar o "tanto o desfile dos partidos de Esquerda como o da Direita. A divisão é factual", defendeu ao JN.

"Livres em casa"

Luciana Emauz, de 83 anos, só falhou o desfile no ano passado nestes 47 anos desde a revolução. "É um bocadinho de liberdade, não toda mas alguma", diz ao JN, rejeitando no entanto que a pandemia tenha reduzido direitos. "É preciso. E depois desde que sejamos livres em casa nunca estamos sós", defendeu, sublinhando que uma pandemia é menos limitadora do que uma ditadura.

De bandeira ao ombro, Alfredo Fernandes (93 anos) também voltou este ano a descer a avenida. "É um prazer muto grande. A pandemia tem-nos tirado liberdade, muitos têm morrido". Por isso, "é bom voltar", insiste. Referindo-se às "conquistas imperfeitas", apontadas pelo presidente da República, no seu discurso no Parlamento, Alfredo concorda. "Ainda há muito por fazer" mas olhando para trás, sublinhou, quando era criança "muitos morriam com fome, sem subsídios ou reformas. Quem nascia pobre morria cedo. E hoje não se estando bem é quase o paraíso".

Para Lurdes Aguiar, que também fez questão de voltar ao desfile com toda a família, o que mais a "assusta é o agravamento das desigualdades. Vamos sair muito pobres disto".

Já Madalena Coelho e Francisco Ferreira, ambos de 19 anos, foram pela primeira vez à avenida celebrar Abril. Para os dois estudantes universitários a pandemia não reduziu direitos. Os dois encaram as medidas restritivas como temporárias e necessárias a bem da saúde pública. Ao contrário dos anteriores não desvalorizam a polémica com a participação do Iniciativa Liberal e o Volt. "Não foi uma boa decisão. O 25 de Abril é de todos".

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