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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

BIDEN E XI FALARAM DA UCRÂNIA E CONCORDARAM QUE GUERRA NÃO PODE NUNCA SER NUCLEAR


O presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, reuniram em Bali, na Indonésia, esta segunda-feira. O encontro, que durou cerca de três horas, abordou a rivalidade entre os dois países, a questão de Taiwan e o conflito na Ucrânia, que sentou os dois líderes do mesmo lado da mesa: nuclear não é uma opção.

O presidente dos EUA, Joe Biden, definiu como uma "conversa franca e honesta", o encontro de mais de três horas que o sentou na mesma sala de reuniões com o líder chinês, Xi Jinping, à margem do G20. Uma cimeira, que segundo o líder norte-americano, deve servir para unir os vários Estados numa "coligação alargada" para atacar um vasto leque de "grandes desafios mundiais", incluindo o clima, discutido na semana passada durante a 27.ª edição das Nações Unidas da Conferência do Clima, a COP27.

A Casa Branca revelou, entretanto, os tópicos da conversa entre os líderes das duas principais economias mundiais, EUA e China, esta segunda-feira, em Bali. A guerra na Ucrânia, que marca a atualidade mundial desde 24 de fevereiro, quando o exército russo invadiu território ucraniano, foi um dos temas discutidos entre os dois líderes. O assunto foi levado à mesa de negociações pelo presidente dos EUA, que sublinhou a importância, verdadeiramente vital, de evitar a escalada do conflito.

Segundo a BBC, Xi Jinping concordou que uma guerra nuclear nunca pode ser travada. De acordo com a imprensa oficial de Pequim, o líder chinês expressou "grande preocupação" com o conflito na Ucrânia, o que parece ser uma subida do tom face a declarações anteriores em que Pequim pediu moderação a Moscovo, um dos principais parceiros económicos do "império do meio".

China uma responsabilidade com a Coreia do Norte

Ainda com o tema nuclear em cima da mesa, Biden expressou preocupação sobre o comportamento "provocador" da Coreia do Norte, que nos últimos dois meses disparou dezenas de mísseis balísticos, vários sobre o Japão. "É difícil dizer que estou certo que a China pode controlar a Coreia do Norte. Mas a china tem a obrigação de tentar", disse Biden, em conferência de imprensa, no fim o encontro.

Na eventualidade de um teste nuclear de Pyongyang, Biden disse que os EUA não deixariam de reagir, "tomando certas medidas que seriam mais defensivas" mas "nunca visando diretamente a China". Para evitar "mal-entendidos", o presidente do EUA sublinhou: "Disse o que queria e o que disse era o que queria dizer."

Segundo a agência de notícias AFP, Biden levantou também a questão Taiwan no encontro, e expressou objeções face "às ações crescentemente agressivas e coercivas" de Pequim em relação a Taipé. Xi Jinping, que tinha o assunto em agenda também, definiu as chamadas linhas vermelhas, relata a imprensa oficial chinesa, incomodado com as palavras do homólogo norte-americano, que repete desde que chegou à Casa Branca que se juntará à defesa daquele território em caso de invasão chinesa.

"Acredito piamente que não haverá uma Guerra Fria com a China", disse Biden, numa referência ao conflito que dividiu o mundo em dois blocos antagónicos, os EUA e a antiga União Soviética, durante mais de 40 anos, entre o fim da II Guerra Mundial, em 1945, e a queda do muro de Berlim, em 1989, sob o espetro de um conflito nuclear.

"Acho que não está iminente uma tentativa da China de invadir Taiwan", disse Biden, salientando que a posição dos EUA não mudou, mas que Washington quer "uma solução pacífica" para a questão. "Estou convencido de que Xi Jinping entendeu perfeitamente o que disse", acrescentou o presidente norte-americano.

EUA vão "continuar a competir vigorosamente" com a China

O assunto que parece ter serenado, pelo menos, durante o encontro, em que os líderes das delegações chinesa e norte-americana acenaram, ainda antes do início da reunião, com o compromisso de fazer esforços para "evitar um conflito" entre China e EUA. Biden garantiu a Xi que os "states" vão "continuar a competir vigorosamente" com o "império do meio", mas que essa competitividade, que é também política, além da económica, "não deve nunca degenerar num conflito" entre as duas potências.

Da reunião saiu, segundo a BBC, uma nota na agenda do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que vai visitar a China em data a definir. Questionado pelos jornalistas no fim do encontro, Joe Biden disse que acordou com Xi Jinping que ambos manterão encontros para aprofundar muitos dos assuntos debatidos na reunião.

Segundo Biden, o líder chinês "foi direto e frontal, como sempre". O encontro foi franco, "sem rodeios" e, garante o presidente norte-americano, o homólogo chinês mostrou-se disponível a colaborar em certos assuntos, que não determinou.

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