A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, quer introduzir uma “nova lógica de trabalho em que os migrantes têm o dever de contribuir e ser úteis”, caso queiram ter direito a subsídios.
“Se não conseguirem arranjar um emprego, terão de trabalhar para receberem o subsídio”, afirma a governante de 43 anos. Nem que isso passe por apanhar beatas de cigarros nas praias, acrescentou o ministro do Trabalho.
Por outras palavras, aqueles que estão há mais de três anos no país a receber subsídios vão ter de trabalhar, pelo menos, 37 horas por semana.
A alteração na lei visa sobretudo mulheres de “origem não ocidental” e pessoas que não falem fluentemente dinarmaquês.
O governo da Dinamarca defende que este plano serve para facilitar a integração dos migrantes na sociedade. O executivo daquele país refere igualmente que seis em cada dez mulheres oriundas do Médio Oriente, do Norte de África e da Turquia não trabalham.
“Durante muitos anos, prestámos um péssimo serviço a muitas destas pessoas ao não exigirmos nada delas”, aponta Mette Frederiksen.
“É um problema quando temos uma economia tão forte, onde a comunidade empresarial precisa de mão de obra, e temos um grande grupo, principalmente de mulheres com origens não ocidentais, que não fazem parte do mercado de trabalho”, advoga a primeira-ministra.
A Dinamarca tem endurecido as suas políticas de imigração e, em junho, aprovou uma lei que permite o envio de migrantes nos centros de asilo para países fora da Europa, com o objetivo de impedir que mais refugiados continuem a chegar ao país.
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