A Câmara de Lisboa manifestou, estas segunda-feira, disponibilidade "logística e financeira" para receber refugiados afegãos, no âmbito da operação da União Europeia e da NATO para proteger cidadãos no Afeganistão.
Em comunicado, a autarquia lisboeta refere que já manifestou junto do Governo e ao presidente do Conselho de Representantes da Rede Internacional de Cidades Refúgio "total disponibilidade logística e financeira para a colaboração nestes esforços de apoio ao povo afegão, no contexto de uma resposta europeia que deve ser um exemplo de solidariedade e humanismo".
"Esta situação responsabiliza-nos a todos a agir e a tomar medidas para defender aqueles que lutam em todo o mundo pela democracia e pela liberdade, no sentido de convocar todas as ações possíveis para apoiar os afegãos que no seu país apenas encontram um clima de medo e repressão e que procuram uma vida melhor", realça a Câmara de Lisboa, liderada pelo socialista Fernando Medina.
Na nota de imprensa, a autarquia salienta ainda que "Lisboa é uma cidade comprometida com a defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão em todos os cantos do mundo", considerando "chocantes" as imagens de Cabul, "onde os talibãs estão a retomar o poder".
"Causa especial preocupação a situação das mulheres afegãs, neste novo quadro, e com caráter de especial urgência daquelas que mais se expuseram no espaço público nos últimos anos", lê-se ainda na nota.
Portugal vai integrar a operação da União Europeia (UE) e da NATO para proteger cidadãos no Afeganistão e está disponível para receber afegãos, disse no domingo o ministro da Defesa, sublinhando que o Governo acompanha a situação "com grande preocupação" .
"Acompanhamos com grande preocupação" a situação no Afeganistão, onde os talibãs estão prestes a retomar o poder, disse João Gomes Cravinho à "RTP". "O nosso objetivo imediato é apoiar, criar condições para que possam sair do país em segurança os funcionários que trabalharam com a NATO, com a UE, com as Nações Unidas e, nessa matéria, Portugal participará evidentemente num esforço coletivo que se está agora a desenhar", disse o ministro.
João Gomes Cravinho referiu também que, "neste primeiro momento", o Governo português está "a dar conta às autoridades da UE, da NATO e das Nações Unidas" da sua "disponibilidade para apoiar, para receber afegãos em território português".
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