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domingo, 8 de agosto de 2021

BRITÂNICOS E ESPANHÓIS QUEREM VIAJAR, MAS PORTUGUESES SALVAM VERÃO


Algarve espera retoma ténue nos meses de verão. Destinos europeus vão ser os preferidos dos habituais "clientes".

Britânicos e espanhóis anseiam por viajar como nos tempos pré-pandémicos, mas essa vontade ainda está longe de se espelhar na procura pela principal região turística portuguesa. Este verão, mais uma vez, quem vai atenuar os efeitos nefastos da covid-19 no Algarve serão os portugueses. Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), admite que julho, agosto e setembro poderão ser um pouco melhores que em 2020, mas as certezas são poucas.

Para já, as previsões para agosto apontam para uma taxa de ocupação dos alojamentos turísticos da ordem dos 65%, um aumento em 2,5 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2020. "É uma recuperação residual", diz Elidérico Viegas, lembrando que em agosto de 2019 a taxa de ocupação estava nos 92,9%. A garantir esta pequena retoma do setor está o mercado doméstico. "São os portugueses que estão a segurar o verão, o mercado externo tem pouco significado", frisa.

Menos viagens

Os turistas dos principais países emissores, de que se destacam o Reino Unido, a Alemanha e Espanha, estão a viajar muito menos. Só "40% dos britânicos estão a viajar para o exterior comparativamente com os que viajavam na pré-pandemia, o Governo alemão está a recomendar aos seus cidadãos para não viajarem para o exterior". E ainda há que contar com as diferentes políticas sanitárias nos países que concorrem diretamente com Portugal. "Espanha e Grécia têm menos restrições à entrada de turistas; em Espanha, os britânicos entram sem restrições".

Apesar da prevista retoma nos meses de verão, a onda de otimismo no setor é ténue. É que entre janeiro e julho, a taxa de ocupação média dos hotéis do Algarve baixou 17,4% e o volume de vendas caiu 18,7% face aos primeiros sete meses de 2020. Neste mês, que marca o início da época forte de verão, o mercado nacional aumentou 40% e o externo diminuiu 76% face a julho de 2019. Elidérico Viegas, que prefere comparar os dados de 2019, revela que entre janeiro e julho registou-se uma quebra de 85,4% de ingleses face ao ano pré-pandémico, 90,3% de alemães, 86,9% de holandeses e 59% de espanhóis.

Na sua opinião, a falta de coordenação da Europa no que toca às medidas para conter o surto pandémico não tem ajudado. "Cada país adota as medidas à sua medida, nós pedimos testes PCR, vacinação, testes rápidos à chegada aos hotéis. São contraditórias, ineficazes, desajustadas e influenciam negativamente a procura".

Segurança

Segundo um estudo da Oliver Wyman sobre a perceção de segurança por parte dos viajantes, 71% dos britânicos querem cumprir os planos antigos de viagens no próximo ano e meio. Já nas viagens a curto prazo, são muito mais cautelosos, com apenas 17% a sentirem que é seguro viajar nesta altura.

Europa

Os vizinhos ibéricos apresentam-se muito confiantes, com 33% dos inquiridos no estudo a considerarem seguro viajar nesta altura. Destinos europeus são a preferência para 62% dos espanhóis. 56% dos franceses também consideram seguro viajar de imediato. Os alemães apresentam-se quase tão cautelosos como os britânicos, só 35% estão dispostos a fazer as malas para férias.

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