Os trabalhadores de uma fábrica que produz peças para carros da Renault "raptaram" sete gerentes, como forma de protesto contra a venda da fábrica. O episódio aconteceu esta terça-feira na fábrica da Fonderie de Bretagne, que fica junto a Lorient, no noroeste de França.
Os trabalhadores retiveram os gerentes, contra a vontade destes, na fábrica durante 12 horas. Mantiveram-nos presos desde a manhã, só os libertando pelas 22h30.
Citado pelo jornal The Guardian, um representante do sindicato dos trabalhadores, Mael Le Goff, afirmou que decidiram libertar os gerentes porque "eles continuavam a não querer dialogar e era inútil tentar falar com alguém que não quer falar".
A Renault já veio condenar fortemente o "rapto" dos gerentes e garantiu que está a procurar um comprador para a fábrica que mantenha a atividade da mesma e salvaguarde os postos de emprego. Atualmente, a unidade industrial emprega cerca de 350 pessoas.
Apesar de terem libertado os gerentes, os trabalhadores garantem que vão continuar a luta, até a Renault reconsiderar os planos de venda da fábrica, que se mantém encerrada.
Este não é o primeiro caso de "rapto de gerentes" a acontecer em França. Em 2014, os trabalhadores de uma fábrica de pneus no norte de França mantiveram os dois diretores presos na fábrica durante 300 horas, em forma de protesto contra o encerramento da mesma. E, em 2015, trabalhadores da companhia aérea Air France perseguiram vários líderes na sede da empresa, atacando-os em frente a câmaras de televisão, após a empresa ter anunciado o corte de 2900 postos de trabalho.
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