O diretor da Unidade de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ), Artur Vaz, explica, que há "uma redução drástica do número de correios humanos utilizados por organizações criminosas para o transporte de droga porque os correios, normalmente vêm em voos comerciais de linhas aéreas regulares, se não existirem esses voos, as organizações criminosas vão tentar fazer chegar essa droga por outra forma".
No último ano, os traficantes usaram essencialmente a via marítima. Artur Vaz sublinha que os traficantes "têm uma grande capacidade de adaptação, têm uma grande flexibilidade e com grande rapidez se adaptam à nova realidade e procuram formas alternativas recorrendo a novas formas de transporte da droga".
Com a pandemia e todas as limitações impostas na circulação, o diretor da Unidade de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ admite que a utilização de aviões privados pode estar a aumentar para o tráfico de droga.
Certo é que a PJ está cada vez mais atenta aos aeroportos mais pequenos. "Tem de haver necessariamente uma atenção em todos os pontos por onde possa entrar estupefacientes de forma ilícita."
Artur Vaz adianta que em 2020 houve um aumento significativo das quantidades de canábis e cocaína apreendidas, mas rejeita que Portugal seja a grande porta de entrada de droga na União Europeia, "muito longe disso".
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