Pilar de estrutura na Maia ruiu esta semana. Câmara garante que vai reabilitar. Obra sem data para avançar
Em ruínas há mais de cinco anos, a ponte centenária dos Moinhos do Pisão, em Ardegães, na Maia, começa a dar sinais de degradação. Esta semana, ruiu um dos pilares da estrutura sobre o rio Leça, aumentando o receio dos moradores pelo possível desmoronar da ponte.
Aliás, João Pereira, de 35 anos, afirma que, no momento em que as pedras do pilar se soltaram, levando consigo parte do tabuleiro, "foi uma sorte não estar ninguém a passar".
A estrutura vai ser reabilitada e "está interdita há cerca de dois anos", justifica a Câmara da Maia, "com barras de ferro nas duas extremidades, placa com aviso de interdição e, ultimamente, fitas da Polícia Municipal". Nada disto impede a circulação pedonal, que foi testemunhada pelo JN.
A placa - onde se pode ler "Passagem Proibida. Ponte a ser intervencionada" -, e as barras de ferro, confirma o morador, estão lá há dois anos. Até hoje, "não houve qualquer intervenção". Após o ruir do pilar, a Polícia Municipal visitou o local e acrescentou duas fitas em cada uma das margens.
As barras de ferro não impedem que, quem por lá passa, as ultrapasse e atravesse para o outro lado. Se houver crianças por perto, esclarece o morador, o perigo aumenta, uma vez que a altura da barra permite a passagem sem grandes dificuldades. Mais: com o ruir do pilar, parte do tabuleiro, numa das margens também se soltou, havendo ainda o risco de alguém colocar o pé em falso.
A Autarquia garante que "iniciou já os estudos com vista à reabilitação da ponte" e que a estrutura será para uso pedonal. Mas, acrescenta o Município, "não está ainda definida uma data para o arranque das obras".
Com as cheias, a água arrastou muito lixo para junto dos pilares da ponte, incluindo o tronco de uma árvore de grandes dimensões que ainda hoje lá está, observa o morador, descrevendo o entulho que se deposita naquela zona.
João Pereira acrescenta que a estrutura nunca recebeu trabalhos de manutenção e que, em 2018, enviou um requerimento à Câmara, "a avisar que a ponte está degradada desde 2016". Até à data, ainda não recebeu uma resposta.
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